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Channel: RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA
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RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ II ]

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 Rua de Dona Estefânia - (2012) (A entrada da extensa "Rua de Dona Estefânia" pelo lado Norte) inGOOGLE EARTH
 Rua de Dona Estefânia - (2012) (A "Rua de Dona Estefânia" no seguimento do muro do "Hospital" à direita e na esquerda a "Travessa de Dona Estefânia") inGOOGLE EARTH
 Rua de Dona Estefânia - (2012) (A "Rua de Dona Estefânia" no sentido Sul para Norte, junto ao muro do "Hospital dona Estefânia" na nossa direita) in GOOGLE EARTH
 Rua de Dona Estefânia - (2012) - (A "Rua de Dona Estefânia" na parte Norte junto da "Avenida Duque de Ávila") inGOOGLE EARTH 
Rua de Dona Estefânia - (1961) Foto de Arnaldo Madureira (Edifício na "Rua de Dona Estefânia" nº 17, esquina com a "Rua Joaquim Bonifácio") inAFML 
 Rua de Dona Estefânia - (1961) - Foto de Artur Goulart (Antiga "Agência do Banco Pinto & Sotto Mayor" na "Rua de Dona Estefânia, número 48-A) inAFLM
Rua de Dona Estefânia - (ant. a 1961) Foto de Arnaldo Madureira - (Prédio para demolir, revestido de azulejos, com varandas de sacada em ferro forjado assentes em mísulas, na "Rua de Dona Estefânia" número 19, esquina para a "Rua Joaquim Bonifácio") inAFML

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ II ]

«A RUA DE DONA ESTEFÂNIA E SEU ENQUADRAMENTO(2)»

A Quinta da rainha«D. CATARINA DE BRAGANÇA» era realmente muito espaçosa, faziam parte dela o«BAIRRO ESTEFÂNIA» e ainda seguia para os lados do "Matadouro" (hoje "Praça José Fontana") esta quinta beneficiava de um grande pitoresco com ares aprazíveis.
A família de «D. PEDRO IV» não pretenderam habitar o "Palácio da Bemposta" mandado construir possivelmente no ano de 1701, por vontade de "D. CATARINA" (Infanta de Portugal e Rainha de Inglaterra, viúva de "CARLOS II") para sua residência. Apenas «D. PEDRO IV» ali permaneceu algum tempo, embora pouco, pois optou pelo «PALÁCIO DASNECESSIDADES».
No ano de 1853 o governo entregou o edifício para a «ESCOLA DO EXÉRCITO», e a grande «QUINTA DA BEMPOSTA», parte dela passou para o «INSTITUTO AGRíCOLA» e para o «HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA», fundado pelo rei «D. PEDRO V» em 1860, como homenagem à gentilíssima e ideal princesa que tão breve tempo compartilhou o trono, mas que passou nesta terra portuguesa como um meteoro de amorosa luz. 
Com a edificação do «PAÇO DA BEMPOSTA» começou a afluir concorrência ao local, e de campo propriamente dito, com terras de semeadura e raros moradores, veio a fazer-se um sítio aristocrático, procurado pela fidalguia, que começou a construir casas para si e para os familiares.
A "ESCOLA DO EXÉRCITO" tem sido aumentada e é um bom Instituto, perfeitamente instalado, porquanto, apesar da qualidade de prédios, uns de boa aparência, outros nem tanto, o sítio é agradável e desafogado. De há uns anos para cá tem-se realizado grandes melhoramentos. A actividade da segunda metade do século XIX produziu obras que nem sonhadas foram durante séculos.
À uniformidade pesada, matemática, das edificações pombalinas, sucedeu a arquitectura ligeira, caprichosa e sorridente de Lisboa. Quem viu aqueles terrenos do «BAIRRO ESTEFÂNIA» nem quase os reconhece! Terras de semeadura, aqui e além uma pequena habitação de caseiros, noras gemendo melancolicamente em noites de luar. 
Belas ruas cruzam agora aquelas propriedades agrícolas; palacetes de gracioso aspecto, estabelecimentos de todos os géneros, é uma pequena cidade aquele bairro sadio e vistoso.
Mas também existiram tempos que passar por aqueles sítios era muitíssimo arriscado, principalmente de noite.
Passando o belo «HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA», era nesse tempo quase tudo deserto. Existiu um determinado anúncio dessa época, no qual se oferecia uma professora para estabelecer residência por ali, caso lhe assegurassem determinado número de aulas. Era como se fosse questão de ir assentar arraiais nos sertões africanos... Hoje as dificuldades para estabelecimentos de colégios no «BAIRRO ESTEFÂNIA» são justamente motivados pela concorrência, tantas são as casas de ensino particular que por ali se instalaram.
Se da «RUA DE DONA ESTEFÂNIA», descendo, tomarmos a direcção da "ESCOLAAGRÍCOLA", e nos orientarmos para "S. SEBASTIÃO DA PEDREIRA", passando pelo "LARGO DO MATADOURO" (hoje "Praça José Fontana"), onde existe um jardim elegante. No cimo estava um grande edifício, onde eram abatidas as reses para consumo público. Dizem que era o estabelecimento à altura dos melhores que existia, e o processo usado para matar os animais nada deixava a desejar. 
Por esses sítios encontra-se agora o gigante das comunicações a "PORTUGAL TELECOM, SGPS, S.A." ou "Grupo PT".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ III ] - A RAINHA DONA ESTEFÂNIA».  

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ III ]

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 Rua de Dona Estefânia - (2012) - (Uma relação de paixão e cumplicidade com D. Pedro, dizia a autora do livro "SARA RODI", publicação da "a esfera do livros") inFAMILIA REAL PORTUGUESA
 Rua de Dona Estefânia - (2007) - (Vista panorâmica do "Hospital de Dona Estefânia" de nascente para poente. A entrada principal fica virada para a "Rua Jacinta Marto" (antigo troço da "Rua Joaquim Bonifácio" in GOOGLE EARTH
 Rua de Dona Estefânia - (Século XIX) (Escudo bipartido com o Brasão "Real Português" à esquerda e o Brasão da casa "Hohenzollern" à direita, na parte de cima da entrada principal do "Hospital Dona Estefânia") inCENTRO HOSPITALAR DE LISBOA
 Rua de Dona Estefânia - (Início do séc. XX) Foto de autor não identificado (O "Hospital Dona Estefânia" entrada principal pela "Rua Jacinta Marto") inAFML 
Rua de Dona Estefânia - (Século XIX) Gravura de J. Novaes Jr (O Hospital de Dona Estefânia" gravura do século dezoito) in LISBOA ANTIGA e LISBOA MODERNA

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ III ]

«A RAINHA DONA ESTEFÂNIA»

A «D. ESTEFÂNIA JOSEFINA FREDERICA GUILHERMINA ANTÓNIA» era princesa com um título de pronúncia quase impossível nestas paragens meridionais: de HOHENZOLLERN - SIGMARINGEN. 
Nascida em 1837, era dois meses mais velha que o seu futuro marido. Viveu boa parte da sua juventude na SUÍÇA, mas foi já depois do regresso à Alemanha que viria a ser pedida em casamento pelo rei português em 1857.
Claro que, à boa maneira da época, os noivos praticamente não se conheciam antes da chegada de D. ESTEFÂNIA a Portugal.
O pedido foi feito pelo CONDE DE LAVRADIO, depois, o casamento foi celebrado em BERLIM, por procuração, sendo o nosso «D. PEDRO» representado por seu cunhado o príncipe "LEOPOLDO", irmão da noiva, a seguir a princesa ainda passou por várias cortes europeias, acompanhada por uma embaixada portuguesa, chefiada pelo «DUQUE DA TERCEIRA».
Só em 18 de Maio de 1858, na IGREJA DE SÃO DOMINGOS, amplamente engalanada para o efeito, o monarca e a noiva se encararam finalmente, perante o cardeal-patriarca "D. GUILHERME", para confirmarem os votos nupciais. 
Rezam as crónicas que, milagrosamente, se apaixonaram. e, convenhamos, com as idades que tinham e não tendo nenhum deles muito por onde escolher, o milagre não era difícil.
O certo é que, no escasso ano e pouco em que viveram juntos, deram sempre ideia de um casal unido. Lenda ou realidade, diz-se que muitas vezes "D. ESTEFÂNIA" tratava o marido por "São Pedro".
Ao moço rei (subiu ao trono aos 16 anos, embora até aos 18 fosse seu pai, "D. FERNANDOII", a assumir a regência) não sobrou muito tempo para devaneios amorosos antes dos esponsais com "D. ESTEFÂNIA". No entanto, os bisbilhoteiros da época anotaram (ou inventaram) uma breve inclinação por uma cantora do "São Carlos", a bela "Emília Ranzi". Dizia-se nos mexericos que a real figura, sentada no seu camarote, só tinha olhos para a italiana e que esta até se distraia na execução dos papeis, a ponto de lhe ser chamada a atenção pelo director de cena. O actor "João Anastácio Rosa".
Verdade? Mentira? Fica a historieta.
O certo é que o casal PEDRO/ESTEFÂNIA ficou nas memórias e nos corações deste povo. A pobre Rainha, casada havia um ano, contraiu, durante uma permanência em «VENDAS NOVAS», uma angina diftérica.
Durou nove dias, morrendo em LISBOA, a 17 de Julho de 1859, completava 22 anos e dois dias. O marido durou mais dois anos; o seu temperamento nervoso, a sua propensão para a tristeza e para as doenças, facilitaram o trabalho da moléstia que o vitimou. 
Poucos casais - reais e não só - se terão entranhado tanto no gosto popular como este jovem par formado por el-Rei "D. PEDRO V" (O Esperançoso) e pela menina que foi sua mulher.  Tiveram juntos uma daquelas histórias que muito bem se enquadrou ao gosto romântico da época, ambos novos, ambos bonitos, ambos bondosos, ambos mortos de prematura idade - ela aos 22, ele aos 24 anos.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ IV ]-O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA ( 1 )» 

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ IV ]

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 Rua de Dona Estefânia - (2007) (Panorâmica do "Hospital Dona Estefânia" com a sua entrada principal pela "Rua Jacinta Marto", antigo troço da "Rua Joaquim Bonifácio") inGOOGLE EARTH
 Rua de Dona Estefânia - (2012) - (Entrada lateral do "Hospital dona Estefânia", pela "Rua de Dona Estefânia") inGOOGLE EARTH 
 Rua de Dona Estefânia - (A entrada do "Hospital Dona Estefânia") inCIDADANIA LX
 Rua de Dona Estefânia - (Quarto quartel do séc. XIX) (A Planta do "Hospital Dona Estefânia" o  edifício estava dividido  em quatro corpos principais, formando uma Cruz, autoria do arquitecto Humbert) in CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA
 Rua de Dona Estefânia - (Quarto quartel do séc. XIX) (Uma das enfermarias do primitivo "Hospital dona Estefânia", cada enfermaria tinha 32 camas) inCENTRO HOSPITALAR DE LISBOA
 Rua de Dona Estefânia - (Quarto quartel do séc. XIX) (Parte inferior em abóbadas sobre as quais assenta o Hospital) inCENTRO HOSPITALAR DE LISBOA
Rua de Dona Estefânia - (Quarto quartel do século XIX) (Claustro com fonte ao centro e capela no topo Norte, do primitivo "Hospital de Dona Estefânia") inCENTRO HOSPITALAR DE LISBOA

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ IV ]

«O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA ( 1 )»

Habituada a outras condições económicas e sanitárias, «DONA ESTEFÂNIA» impressionou-se vivamente com o estado de pobreza e abandono em que veio encontrar muitas crianças portuguesas
Daí lhe veio a ideia de promover (contribuindo materialmente para isso) a construção de um HOSPITAL MODERNO, destinado exclusivamente às crianças. «D. PEDRO V» logo abraçou a ideia e mandou pedir para INGLATERRA, ao "Príncipe Alberto" marido da "RAINHA VITÓRIA", o respectivo projecto. Por isso se pensa que era da autoria de um arquitecto inglês. No entanto, "CURRY CABRAL", que considerava o projecto como "o que de mais perfeito a ciência da época aconselhava", refere-se a ele como originário da ALEMANHA, o que não parece impossível se tivermos presente que o príncipe "ALBERTO" tinha, tal como "D. ESTEFÂNIA", ascendência germânica.
Foi destinada para o efeito uma parte da «REAL QUINTA DA BEMPOSTA», a chamada "QUINTA VELHA" (supostamente ter sido adquirida no reinado de "D. PEDRO II" à família da mulher de "ANTÓNIO JOSÉ DA SILVA(O JUDEU)". Mas a rainha morreu sem ver concretizado o seu sonho.
"D. PEDRO V" pagou do seu bolso a fase inicial da construção. Com o seu desaparecimento em 1861, vítima de uma febre tifóide, a obra foi continuada por seu irmão.
Só no dia em que se completavam 18 anos sobre o falecimento de "D. ESTEFÂNIA" (em 17 de Julho de 1877), os novos soberanos, «D. LUIS» e«D. MARIA PIA», inauguraram o hospital que teve o nome da triste princezinha alemã que o desejou.
O edifício original estava dividido em quatro corpos principais, formando uma Cruz e era constituído por dois pisos de enfermarias. Com quatro enfermarias destinadas a 32 camas. Cada enfermaria tinha cerca de 45 metros de comprimento, por 12 metros de largura e 6 metros de altura. Estas dimensões proporcionam a cada doente 60,3 metros de espaço. Existem 20 janelas por enfermarias, 18 nas paredes laterais e 2 num dos topos, cabendo duas camas a cada janela.
Tratou-se, em LISBOA, do primeiro edifício construído propositadamente para ser hospital: até aí, só se tinham aproveitado antigos Conventos. Conservando o núcleo da construção primitiva, embora tenha sido alvo de sucessivas remodelações que tentam adaptá-lo às sempre a crescentes necessidades e às técnicas que constantemente se vão renovando. 
O Ministro "DUARTE PACHECO" tinha para ali grandes ideias, que a morte não o deixou concretizar. No início dos anos 60, a "FUNDAÇÃO GULBENKIAN" deu largo contributo para a reestruturação de serviços, inaugurados em 15 de Agosto de 1962. As melhorias continuaram, como se impunha. Poucos lisboetas se podem gabar de nunca ter passado, em meninos, "pela Estefânia", nem que fosse para um tratamento ou para uma vacina... Ou até, como agora volta a acontecer, para nascer...
Quanto à rainha-menina, bondosa e romântica, ficou sempre no coração dos lisboetas.
Além do Hospital com seu nome, a cidade quis perpetuá-la numa RUA, num LARGO, numa TRAVESSA, e até um BAIRRO. Lá temos pois por edital de 18 de Agosto de 1879, a "RUA DONA ESTEFÂNIA", a servir de fronteira entre as freguesias da «PENA» (hoje ARROIOS) e de "S.JORGE DE ARROIOS" (hoje simplesmente ARROIOS), o LARGO "baptizado" em Abril de 1893 e uma TRAVESSA mais moderna, devida a edital de Março de 1965. 
Nenhuma rainha, em oito séculos de Monarquia, deu azo a tantas memórias. Efeitos de morrer nova e deixar lenda...

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ V ]- O HOSPITAL DE D. ESTEFÂNIA (2)»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ V ]

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 Rua de Dona Estefânia - (2012) - (Entrada principal do "HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA" pela "Rua Jacinta Marto"(antigo troço da "Rua Joaquim Bonifácio") inGOOGLE EARTH
 Rua de Dona Estefânia - (2007) (Panorama do "Hospital Dona Estefânia" de nascente para poente, vendo-se depois da "Rua Joaquim Bonifácio"(indicação errada da Google, devia ser "Rua Jacinto Marto") as instalações da Academia Militar. Mais para poente destacado um edifício todo branco a "Polícia Judiciária" e mais para trás a "Escola Sup. de Medicina Veterinária e a "Praça José Fontana") in GOOGLE EARTH
 Rua de Dona Estefânia - (2012) (A fachada da entrada principal do Hospital Dona Estefânia) inNOTÍCIAS GRANDE LISBOA
 Rua de Dona Estefânia - (2011) Foto de Mário Plácido (Entrada do "Hospital Dona Estefânia" pela "Rua Jacinta Marto") inTERTÚLIA DO GARCIA
Rua de Dona Estefânia - (2011) -Foto de Ivo Firmino (Fonte dentro do "Hospital Dona Estefânia") inCENTRO HOSPITALAR DE LISBOA

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ V ]

«O HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA ( 2 )»

Os custos que a manutenção do HOSPITAL e sucessivas obras de ampliação, representavam um grande encargo para a "CASA REAL", que levou o Rei a doá-lo ao ESTADO em 1872,  «com todos os direitos de propriedade e todas as suas pertenças».
O edifício, de estrutura quadrangular, possuía um vasto claustro interior e estava implantado num parque arborizado com jardim.
A entrada principal foi encimada por uma decoração em pedra lioz a qual incluía um escudo bipartido com o brasão "Real Português" à esquerda e o brasão da "Casa Hohenzollern" à direita.
A intenção inicial de destinar o Hospital ao internamento exclusivo de crianças doentes ou órfãos das epidemias de febre amarela e de cólera,  não pode ser respeitada porque o excesso de doentes no «HOSPITAL REAL DE SÃO JOSÉ» obrigou a transferir parte deles para lá. Apesar disso o rei "D. LUÍS" ordenou que no novo hospital continuasse a funcionar pelo menos uma enfermaria para crianças.
Quando, no início do século vinte, "CURRY CABRAL" foi nomeado enfermeiro-mor, era ainda um Hospital muito bom, mas encontrava-se já um pouco deteriorado. Possuía casa mortuária e casa de autópsias e dois "PAVILHÕES-BARRACAS" erguidos no parque.
No Regulamento Geral dos Serviços Clínicos de 1901, estava definido que o hospital tivesse enfermaria de Pediatria, três enfermeiras de Medicina e três de Cirurgia só para mulheres, e um Banco de curativos. Posteriormente o serviço de Cirurgia passou a ter uma secção masculina.

A partir da década de sessenta do século passado foram iniciadas obras importantes com vista a transformar o "HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA" numa unidade hospitalar destinada exclusivamente ao internamento de crianças. Em consequência destas obras desapareceu o claustro que existia no edifício, cuja área foi transformada numa ampla sala de reuniões. O belo fontanário que existia no centro do claustro foi transferido para o jardim que circunda o hospital.
Na época da construção do "HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA" a decoração com azulejos - que tiveram um período áureo no século XVIII - já se encontrava numa fase de franca decadência. As INVASÕES FRANCESAS, as LUTAS LIBERAIS e a instabilidade política, provocaram uma crise profunda no nosso sistema produtivo durante a primeira metade do século XIX, e o fabrico de azulejos foi, por isso, seriamente afectado. É talvez por essa razão que não existe no "HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA" nenhuma zona decorativa com azulejos.
Nos anos 60 estava o HOSPITAL tal como desejava «DONA ESTEFÂNIA», o corpo principal estava ocupado apenas com especialidade de pediatria. Em pavilhões anexos funcionava a "MATERNIDADE MAGALHÃES COUTINHO", transferida do "HOSPITAL DESÃO LÁZARO" em 1970, e um "SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA" destinado também a crianças.
O «CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA CENTRAL,-EPE» foi criado em 28 de Fevereiro de 2007 através do Decreto-Lei 50-A/2007 e juntou o «CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA - ZONA CENTRO», compreendido pelos hospitais: «SÃO JOSÉ»; «SANTO ANTÓNIO DOS CAPUCHOS»; «SANTA MARTA» e o«HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA».

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ VI ]-O CINEMA - TRIANON-PALÁCIO-AVIS».

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ VI ]

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 Rua de Dona Estefânia - (2012) -(O edifício construído no local onde tinha existido um cinema de bairro nos anos 30 do século passado, de nome -"TRIANON",  "PALÁCIO"  e "AVIS") inGOOGLE EARTH 
 Rua de Dona Estefânia - (2010) Foto de Luís Aguiar (Edifício no local do antigo cinema, na esquina da "Avenida Duque D'ÁVILA" com a "Rua de Dona Estefânia") inPANORAMIO
 Rua de Dona Estefânia - (anos 50) (Planta do "Cinema Palácio" no início dos anos cinquenta do século passado) inAFML
 Rua de Dona Estefânia - ( c. 1960) foto de Arnaldo Madureira (Cinema Avis, antes Palácio na "Avenida Duque d'Ávila", 45 esquina para a "Rua de Dona Estefânia") in AFML
 Rua de Dona Estefânia - (1956) - (O interior do cinema AVIS nos anos cinquenta) inAFML
Rua de Dona Estefânia - (1932) (Anúncio da programação no cinema "TRIANON-PALÁCIO" nos anos trinta) inLISBOA 
 Rua de Dona Estefânia - (1930) (Notícia num jornal da época, da inauguração do novo cinema "TRIANON-PALACE", publicado no dia 2 de Janeiro de 1930) inLISBOA
Rua de Dona Estefânia - (1956) (Anúncio do Cinema AVIS na estreia de "A TIRANA" com a espanhola "Paquita Rico" e o actor português "Virgílio Teixeira". A vida, os amores e a glória da "Severa" espanhola) inRESTOS DE COLECÇÃO

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ VI ]

«O CINEMA - TRIANON - PALÁCIO - AVIS»

O edifício grande na esquina da «RUA DE DONA ESTEFÂNIA» mas com entrada principal já na «AVENIDA DUQUE DE ÁVILA» no número 45,  ficava o cinema uma casa de espectáculos que foi mudando de nome com os anos, mas se manteve até à década de 80 como atracção do «BAIRRO ESTEFÂNIA» e seus vizinhos.
Hoje, bem se pode olhar à procura... Os prédios foram todos substituídos, e é preciso uma imaginação a toda à prova para lembrar que, sensivelmente no sítio onde agora está um super mercado de uma conhecida cadeia, existiu o «AVIS», que também foi «PALÁCIO» e que até foi «TRIANON».
Olhe o leitor para o super mercado que se abre para a «AVENIDA DUQUE DE ÁVILA», parte integrante de um prédio janota, com torre e tudo, e imagine-se em 1930.
Se o conseguir, saberá que naquele local, no dia 1 de Janeiro, era inaugurado o «TRIANON», o primeiro cinema das «AVENIDAS NOVAS».
Tinha 500 lugares, divididos por duas plateias e umas tantas frisas. Foi um projecto arrojado do empresário «AUGUSTO DE ORNELAS BRUGES» que comprou o terreno mesmo em frente da antiga estação de recolha de eléctricos do «ARCO DO CEGO».
Não durou muito tempo com este nome. Dois anos depois, houve alterações na casa, novos donos, foi acrescentado um balcão, e o cinema passou a chamar-se «PALÁCIO».
O empresário «VICENTE ALCÂNTARA», que também era dono do cinema «ODEON» (na"Rua dos Condes"), explorava a sala, pelo que os filmes se alternavam entre as duas salas.
No dia 29 de Novembro de 1956 surgiam novos donos e novo nome: o «PALÁCIO» morreu e nasceu o «AVIS».
Aproximada três décadas o «AVIS» terá sido a sala de cinema de referência em LISBOA, em finais de oitenta encerrava, e nos anos  90 do século passado, acabaria por ser demolido para dar lugar a prédios de habitação e comércio.
Como curiosidade o filme «TRINITÁ, COWBOY INSOLENTE» terá sido o último grande êxito ali exibido, pelo menos a avaliar pelo tempo que esteve em cartaz, dizem que a permanência foi dois anos.
Nada resta do CINEMA. Nem a memória do prédio, arrasado que foi o interior: O «TRIANON - PALÁCIO - AVIS» passou à categoria de documento histórico. 
EPÍLOGO - Esta casa de espectáculos estava situada na «AVENIDA DUQUE DE ÁVILA», 45 cujo edifício fazia esquina com a «RUA DE DONA ESTEFÂNIA».

(CONTINUA)-(PRÓXIMO) «RUA DE DOMA ESTEFÂNIA [ VII ] O LARGO DE DONA ESTEFÂNIA»  

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ VII ]

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 Rua de Dona Estefânia - (2012) (No "LARGO DE DONA ESTEFÂNIA" encontra-se ao centro a estátua de Neptuno de 1771, da autoria do grande escultor "Joaquim Machado Castro", tendo sido a primeira morada do Neptuno o "Chafariz do Loreto") inGOOGLE EARTH
 Rua de Dona Estefânia - (2006) Foto de BARRAGON (O "Largo de Dona Estefânia" com o seu lago e estátua do "Neptuno") in SKYSCRAPERCITY
 Rua de Dona Estefânia - (2006) Foto de Barragon (O "Largo de dona Estefânia" no seu esplendor) in SKYSCRAPERCITY 
 Rua de dona Estefânia - (195-) Judah Benoliel (Obras para a colocação do Lago e Estátua no "Largo de dona Estefânia") inAFML 
 Rua de dona Estefânia - (195-) Foto de Judah Benoliel (Obra  do lago e estátua no "Largo de dona Estefânia, que nesta fase da construção estavam a colocar o ferro para fazerem o fundo o Lago) inAFML
 Rua de dona Estefânia - (195-) foto de Judah Benoliel (A obra estava já nos arranjos finais de cantaria e ajardinamento) in AFML
 Rua de dona Estefânia - (1950) foto de Judah Benoliel (Estátua de "Neptuno" do "Largo de dona Estefânia", esteve durante alguns anos na "Praça do Chile") inAFML 
Rua de dona Estefânia - (1969) Foto de Artur Inácio Bastos (A estátua de "Neptuno" do escultor "Machado de Castro" esteve até 1950 na "Praça do Chile". Data do ano de 1771,  hoje permanece no "Largo de dona Estefânia") inAFML

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ VII ]

«O LARGO DE DONA ESTEFÂNIA»

O «LARGO DE DONA ESTEFÂNIA» localiza-se na actual freguesia de «ARROIOS», anteriormente designada por «SÃO JORGE DE ARROIOS». Este largo encontra-se a meio da extensão da "RUA DE DONA ESTEFÂNIA" próximo do «HOSPITAL DE D. ESTEFÂNIA».
O Lago assume a designação do local por Deliberação Camarária de 10.04.1893 e por Edital de 19.04.1893. Convergem para o largo, além da «RUA DE DONA ESTEFÂNIA» a «RUA ALMIRANTE BARROSO», «AVENIDA CASAL RIBEIRO» e a«RUA PASCOAL DE MELO».
O topónimo homenageia «D. ESTEFÂNIA JOSEFA FREDERICA GUILHERMINA ANTÓNIA DE HOHENZOLLERN-SIGMARINGEN, rainha consorte de "D. PEDRO V».
Seu nome completo em alemão: "JOSEPHA FRIEDERIKE WILHELMINE ANTONIA VONHOHENZOLLERN-SIGMARINGEN". Nasceu no castelo de "KRAUCHENWIES","DONA ESTEFÂNIA" era a filha mais velha de «CARLOS ANTÓNIO», príncipe de "HOHENZOLLERN" e da princesa«JOSEFINA» de "BADEN".

A estátua de «NEPTUNO» (Deus dos Mares) que veio ornamentar o Largo, foi colocada no centro, num lago com repuxos, construído no local.
Esta estátua de mármore de Carrara (Toscana), é da autoria do mestre escultor "MACHADOCASTRO", organiza-se sobre duas taças, num estilo barroco, onde se pode evidenciar a força do Deus mítico. A peça é ainda composta por uma concha evocativa do carro real. O tridente colocado nas mãos de "NEPTUNO" tem uma forte analogia com o raio de "ZEUS" (senhor do Céu e soberano dos deuses).
A imagem de "NEPTUNO" data do ano de 1771 e fazia parte do antigo «CHAFARIZ DOLORETO» onde permaneceu até 1853 no «LARGO DO CHIADO».
Após a desmontagem do chafariz, a estátua de "NEPTUNO" terá viajado muito por LISBOA. Passou pela "MÃE-DE-ÁGUA" (nas AMOREIRAS), em 1866 estava no «MUSEU DEARQUEOLOGIA DO CARMO» a descansar, sendo deslocado em 1881 para o jardim da «ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DOS BARBADINHOS», onde ficou até 1941 (aproximadamente).
No princípio de 1942 fazia mais uma viagem para a «PRAÇA DO CHILE» onde permaneceu exposto (com dignidade) até meados de 1950.
Terá nesse ano de cinquenta sido retirado da «PRAÇA DO CHILE» (para nela ser  colocada a estátua de «FERNÃO DE MAGALHÃES» e o«NEPTUNO» fazia mais uma viagem, desta vez até ao «LARGO DE DONA ESTEFÂNIA» para completar o belo conjunto do lago com seus repuxos, que ainda hoje pode ser apreciado.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ VIII ] - A ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO DE ARROIO ( 1 )»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ VIII ]

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 Rua de dona Estefânia - (2012) (Antigas instalações da "ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO" na "Rua Almirante Barroso") in GOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (1964) - (Uma visita de estudo ao "Jardim Zoológico de Lisboa" das alunas do 3º ano do Curso de Pintura da "ESCOLA DE ARTES DECORATIVAS ANTÓNIO ARROIO")(Nomes de algumas alunas, da esquerda para a direita, em baixo: Lurdes, Ana, Amélia Ramos, e Conceição, na parte de cima: Cacilda, Xaxão, Ana Isabel e a Fátima com a mão na cabeça) (Foto gentilmente cedida por uma ex-aluna deste estabelecimento de ensino, D. Amélia Ramos Baptista) inARQUIVO/APS

 Rua de dona Estefânia - (2012) (Panorama das antigas instalações de "Escola Artística António Arroio" na "Rua Almirante Barroso") inGOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (anos 20 do século passado) (A figura de "António Arroio", desenhada pelo seu amigo "António Cândido) inESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO
 Rua de dona Estefânia - ( c. de 1960) Foto de Arnaldo Madureira (A antiga "Escola Artística António Arroio" na "Rua Almirante Barroso") inAFML
Rua de dona Estefânia - (1964) ("Escola de Artes Decorativas António Arroio" uma aula de pintura) (Dos doze alunos foram identificados nove, a Amélia Ramos, Ana Garcia, Branca, Cacilda, Filipe, Lurdes, Maria Amélia Soares, Salvador e a Xaxão) (Foto gentilmente cedida por uma ex-aluna deste estabelecimento de ensino, D. Amélia Ramos Baptista) inARQUIVO/APS

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ VIII ]

«A ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO ( 1 )»

A«ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO» tem como patrono«ANTÓNIO JOSÉ ARROYO» (1856-1934).
Uma escola fundada em 1919 em Lisboa  a «ESCOLA DE ARTE APLICADA DE LISBOA», destinada para se dedicar ao ensino das artes industriais. "ROQUE GAMEIRO" esteve à frente desta escola, tendo desenvolvido este ensino, durante onze anos.
Em 1930 surge uma nova organização para o ensino técnico profissional (1 ), foi a escola extinta e o seu ensino integrado (em secção) na «ESCOLA INDUSTRIAL FONSECA BENEVIDES» até 1934, ano em que, pelo elevado número de alunos matriculados, "e pela sua natureza, independente dos restantes cursos" ( 2 ), foi necessário recriar a escola de Arte Aplicada.
Nesse ano de 1934 morre "ANTÓNIO JOSÉ ARROIO" Engenheiro que tanto se interessara pelo ensino autónomo da arte aplicada.

«ANTÓNIO JOSÉ ARROIO» nasceu no PORTO em Fevereiro de 1856 e formou-se em engenharia na ACADEMIA DO PORTO. A sua actividade profissional no Ministério das Obras Públicas levou-o a viajar muito pela EUROPA. As suas qualidades intelectuais (autor de várias obras tanto na música como nas ARTES PLÁSTICAS) e formação polivalente, levaram a que, nas suas deslocações ao estrangeiro fosse encarregado de visitar e estudar a organização de várias escolas em FRANÇA e INGLATERRA.
Mais tarde publica vários estudos e relatórios sobre o ensino "INDUSTRIAL E COMERCIAL" que contribuíram de forma importante para a reforma neste ramo de ensino.
Assim nos aparece a «ESCOLA INDUSTRIAL ANTÓNIO ARROIO (ARTE APLICADA)» num edifício situado na "RUA ALMIRANTE BARROSO" ( no sítio de ARROIOS) que tinha sido construída para a escola de cerâmica "ANTÓNIO AUGUSTO GONÇALVES" em 1924 e nela se veio a integrar.
No ano de 1948 nova reforma para o ensino técnico, a escola passou a designar-se «ESCOLA DE ARTES DECORATIVAS ANTÓNIO ARROIO» dirigida por "ROGÉRIO DEANDRADE" e a partir de 1953 por "LINO ANTÓNIO". Foram introduzidos novos planos de estudo, podendo os alunos sair diplomados nos cursos da secção preparatória às «BELASARTES», de desenhador gravador litógrafo, de pintura decorativa, de escultura decorativa, de cerâmica decorativa, de cinzelagem e mobiliário artístico.
Dado o forte incremento da frequência escolar, o espaço do edifício tornou-se reduzido, havendo necessidade de desdobrar uma secção (que funcionou na "ESCOLAPREPARATÓRIA MANUEL DA MAIA" em 1964/65 e na "ESCOLA INDUSTRIAL MARQUÊS DE POMBAL" entre 1965 e 1970), e simultâneamente arranjar um projecto para um novo edifício.

( 1 ) - Instituída pelo Decreto nº 18:420, de 4 de Junho de 1930.

( 2 ) - Diário do Governo, I Série de 06.12.1934,  Decreto-Lei Nº 24:747, da mesma data.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ IX ] A ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO ( 2 )»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ IX ]

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 Rua de dona Estefânia - (1963) - (Alunas da "ESCOLA DE ARTES DECORATIVAS ANTÓNIO ARROIO" numa visita à SÉ de LISBOA na década de sessenta do século passado) (Nome de alguns alunos, com pena de não nos lembrarmos de todos) 1ª fila - Maria Amélia Soares, Campino - 2ª fila - Amélia Ramos, Ana, Salvado, e Cacilda - 3ª fila Conceição do Montijo - 4ª fila Xaxão, Ana Isabel, Vicencia, Luísa, Dulce e Fátima) (Foto gentilmente cedida por uma ex-aluna deste estabelecimento de ensino, D. Amélia Ramos Baptista) inARQUIVO/APS
 Rua de Dona Estefânia - (2012) - (Fachada da antiga "Escola Artística António Arroio" na "Rua Almirante Barroso") in GOOGLR EARTH 
 Rua de dona Estefânia - A "Rua Almirante Barroso" no lado esquerdo ao fundo as antigas instalações da "Escola Artística António Arroio" inGOOGLE EARTH 
 Rua de Dona Estefânia (1962) - (Professor de Matemática do 1º ano na "Escola de Artes Decorativas António Arroio", Dr. Fernando Santos) (Foto gentilmente cedida por uma ex-aluna deste estabelecimento de ensino, D. Amélia Ramos Baptista) in ARQUIVO/APS
 Rua de dona Estefânia - (1964)  (Uma aula de Pintura na "Escola de Artes Decorativas António Arroio". Com imensa pena só nos lembramos um nome o João Honório) (Foto gentilmente cedida por uma aluna deste estabelecimento de ensino, D. Amélia Ramos Baptista) inARQUIVO/APS
 Rua de dona Estefânia - (Século XX) (Retrato do Engenheiro António Arroio" publicado na Revista Flama em 24.02.1956) inMARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS TÉCNICAS
Rua de dona Estefânia - (2007) (Panorama das novas instalações da "Escola Artística António Arroio" na "Rua Coronel Ferreira do Amaral" no Bairro das Olaias) inGOOGLE EARTH

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ IX ]

«A ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO ( 2 )»

Com a conclusão em 1970 das novas instalações situadas na "RUA CORONEL FERREIRA DO AMARAL" no "BAIRRO DAS OLAIAS" freguesia de "SÃO JOÃO" hoje "PENHA DE FRANÇA", a escola mudou-se fisicamente para umas instalações dignas, local que ainda ocupa.
Depois de 1971 nova reforma que resultou a reformulação dos cursos gerais e a introdução dos cursos complementares, vocacionados para acesso ao ensino superior.
Com a revolução do 25 de Abril de 1974 e a decorrente extinção do ensino técnico-profissional, foram suprimidos vários cursos e criados outros e todas as escolas técnicas e liceais passaram a designar-se de secundárias.
Assim, também esta unidade de ensino passou a designar-se «ESCOLA SECUNDÁRIA ANTÓNIO ARROIO».
Em 1980 foi criado o 12º ano estruturado em duas vias: uma vocacionada para o prosseguimento de estudos, e outra orientada para a vida activa.
A partir de 1993, em sequência da lei de bases do sistema educativo e de legislação subsequente, foi finalmente possível recuperar para o nome da escola a evocação de carácter artístico do ensino que sempre a distinguiu, passando a designar-se «ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIA ARROIO».
Na resposta ao aumento de alunos, foi o edifício escolar projectado em 2009, para ser integralmente remodelado.
A «ANTÓNIO ARROIO» (como normalmente é conhecida) continua a revelar-se como espaço de aprendizagem onde os alunos desenvolvem livremente a imaginação e a capacidade criativa, cultivam o direito à diferença e alcançam competências que os tornam geralmente capazes, quer para o prosseguimento de estudos no ensino superior, quer o exercício de actividade várias no campo artístico.
O antigo edifício que tinha sido construído na «RUA ALMIRANTE BARROSO» (ARROIOS) para a "ESCOLA DE CERÂMICA ANTÓNIO AUGUSTO GONÇALVES» onde funcionoudurante 36 anos a«ESCOLA DE ARTES DECORATIVAS ANTÓNIO ARROIO», faz hoje parte da "ESCOLA SECUNDÁRIA CAMÕES" (antigo Liceu CAMÕES), que lhe fica contígua.

Além dos almoços de confraternização que promovem alguns ex-alunos da «ANTÓNIO ARROIO», também estudantes da mesma escola, fazem anualmente - pelo Carnaval - uma romagem ao antigo edifício da «RUA ALMIRANTE BARROSO».

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ X ] - A ESCOLA SUPERIOR DE MEDICINA VETERINÁRIA»


RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ X ]

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 Rua de dona Estefânia - (2012) - (Antigas Instalações da "Escola Superior de Medicina Veterinária" na "Rua Gomes Freire") inGOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (2009) Foto de autor não identificado (A Fachada da "Escola Superior de Medicina Veterinária" na "Rua Gomes Freire" junto da "Praça José Fontana" in FLICKR
 Rua de dona Estefânia - (2009) Foto de autor não identificado (Fachada da "Escola Superior de Medicina Veterinária" na "Rua Gomes Freire") inFLICKR
 Rua de dona Estefânia - (entre 1975-1983) Estúdio Mário Novais (1933-1983) (A Escola Superior de Medicina Veterinária" na "Rua Gomes Freire. Actualmente a "Faculdade de Medicina Veterinária" funciona nas instalações da "Universidade Técnica de Lisboa" no Alto da Ajuda) in FLICKR
 Rua de dona Estefânia- (entre 1975 e 1983) Estúdio Mário Novais (1933-1983) (Fachada  da  "Escola Superior de Veterinária" na "Rua Gomes Freire") inFLICKR
Rua de dona Estefânia - (entre 1975-1983) Estúdio Mário Novais-1933-1983 (Fachada mais a Sul da antiga "Escola Superior de Medicina Veterinária" vista da "Rua Gomes Freire") in FLICKR

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ X ]

«A ESCOLA SUPERIOR DE MEDICINA VETERINÁRIA»

Na «RUA GOMES FREIRE» (antiga "Estrada da Cruz do Tabuado" no século XIX), esquina para a «RUA ESCOLA MEDICINA VETERINÁRIA» e próximo da «PRAÇA JOSÉ FONTANA», vulgarmente conhecido por «LARGO DO MATADOURO», que anteriormente se denominava por «LARGO DA CRUZ DO TABUADO», existe um grande edifício onde se realizaram estudos de Medicina Veterinária a: «ESCOLA SUPERIOR DE MEDICINA VETERINÁRIA».
Oficialmente o ensino das "Ciências Veterinárias" foi instituído em Portugal por alvará régio de 29 de Março de 1830. Embora os primeiros estudos de Veterinária tenha dado os seus passos em 1559, na "Universidade de Évora" onde existiu a "FACULDADE DE ALVEITARIA" ( 1 ).
Com carácter independente, a "Escola de Veterinária" data do ano de 1830, instalada num Convento, depois no "Colégio da Luz", passando em 1833 para o já desaparecido "CONVENTO DOS BRUNOS" (ao Salitre) em Lisboa.
No ano de 1836 a "Universidade de Coimbra" terá criado uma cadeira (independente de Lisboa), do ensino no Campo da "Veterinária  e Agrícola", afecta à "FACULDADE DE FILOSOFIA".
Só em 1855 a "Escola Militar Veterinária" (que transita em 1852 do Ministério da Guerra e da Agricultura), se veio instalar neste local de "GOMES FREIRE", incorporada no "INSTITUTO AGRÍCOLA" e "ESCOLA REGIONAL" a funcionar neste sítio (1853) em terrenos doados pela rainha «DONA MARIA II» (herdeira da "Quinta Velha" e da BEMPOSTA).
O ensino de veterinária nessa altura era subsidiário do ensino agrícola, mas a reorganização do "Instituto" em 1864 a e reforma de 1901, deram independência aos estudos de Veterinária, como aliás estava indicado. Foi então criada a designação de "INSTITUTO DE MEDICINA VETERINÁRIA".
Em 1910 as duas faculdades de ensino separam-se; para a "Tapada da Ajuda" foi a "ESCOLA SUPERIOR DE AGRONOMIA", no casarão velho da "Gomes Freire", ficou a «ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA», que por reconhecimento do ensino da medicina passou a designar-se em 1918, "ESCOLA SUPERIOR DE MEDICINA VETERINÁRIA" e a poder conferir o grau de doutor em Medicina Veterinária.
Em 1930 foi criada em Lisboa a «UNIVERSIDADE TÉCNICA" englobando a "ESCOLA SUPERIOR DE MEDICINA VETERINÁRIA", o "INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA", o "INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO" e ainda o "INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E FINANCEIRAS".
Com a aprovação dos Estatutos da "UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA", em 1 de Agosto de 1989, a "ESCOLA SUPERIOR DE MEDICINA VETERINÁRIA" passou a designar-se "FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA". Actualmente esta "FMV-Faculdade de Medicina Veterinária" funciona maioritariamente nas instalações do Polo Universitário do "Alto da Ajuda".
Assim este estabelecimento de ensina na Veterinária, herdeira de um passado historicamente rico e prestigiante, poderá ser considerada a instituição oficialmente credenciada do ensino das "CIÊNCIAS VETERINÁRIAS" em Portugal.

( 1 ) - Arte de curar empiricamente as doenças dos animais; veterinária, hipiátrica - arte de ferrar as bestas ou cavalgaduras.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XI ]- O LICEU CAMÕES (1)» 

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XI ]

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 Rua de dona Estefânia - (2009) Foto de autor não identificado (Fachada do antigo "Liceu Camões" na "Praça José Fontana", na parte sul) inESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES
 Rua de dona Estefânia - (c. de 1909) Foto de Alberto Costa Lima (O "Liceu Camões" actual "Escola Secundária de Camões" no antigo "Largo do Matadouro", ano sensivelmente da sua inauguração)(Abre em tamanho Grande) inAFML
 Rua de dona Estefânia - (c. de 1909) Foto de Joshua Benoliel (O antigo "Liceu Camões" hoje "Escola Secundária de Camões" na actual "Praça José Fontana") (Abre em tamanho grande) inAFML
 Rua de dona Estefânia - (1909) Foto de Jushua Benoliel (Fachada do "Liceu Camões" no ano da sua inauguração no "Largo do Matadouro" antes "Largo da Cruz do Tabuado", actual "Escola Secundária de Camões") (Abre em tamanho grande) inAFML
 Rua de dona Estefânia - (antes de 1909) (Planta do primeiro andar do "Liceu Camões" no "Largo do Matadouro", depois "Praça José Fontana) in ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES 
Rua de dona Estefânia - (Depois de 1909) Foto de Alberto Carlos Lima (O "Liceu Camões" actual "Escola Secundária de Camões"; arranjos na "Praça José Fontana" que seria inaugurada em 1915) (Abre em tamanho grande) inAFML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XI ]

«O LICEU CAMÕES ( 1 )»

Ainda no inicio do século vinte este local era conhecido como o "Sítio da Bemposta", compreendido entre a antiga "CRUZ DO TABUADO", depois "LARGO DO MATADOURO" e desde 1915 por "PRAÇA JOSÉ FONTANA", e prolongava-se sensivelmente até ao "LARGO DE SANTA BARBARA" para nascente.
No ano de 1900 presidia ao Governo do Reino «JOÃO FRANCO» que resolveu mandar construir três Liceus em LISBOA. Começou por mandar concluir o Liceu na cerca do "CONVENTO DE JESUS" o«LICEU PASSOS MANUEL», cujas obras estavam paradas há mais de dez anos, e adquirir terrenos no sítio da ESTRELA e na "CRUZ DO TABUADO", para a construção de mais dois.
O primeiro a ser concluído foi o da "CRUZ DO TABUADO", e foi-lhe dado o nome de «LICEU CAMÕES». Foi o primeiro liceu moderno de LISBOA, promovido pelo ESTADO no âmbito de uma política de fomento do ensino, e projectado pelo Arquitecto «MIGUEL VENTURA TERRA»(1866-1919) e construído por "ANTÓNIO RIBEIRO".
Teve a sua inauguração no dia 8 de Novembro de 1909.

O edifício é formado por três corpos ligados, um central e dois laterais, por onde se dividem diferentes aulas, bem arejadas e cheias de luz, que deixam entrar livremente pelas amplas janelas que enchem de claridade as vastas salas de modo que todos ali se possam sentir bem, muito especialmente nas aulas de desenho para receberem ainda mais luz.
A construção do novo espaço foi aprovado, e autorizado um empréstimo no valor de Duzentos Contos de Réis, "destinado à aquisição do terreno e construção do edifício para o "LICEU CENTRAL" da 1ª zona escolar", ficando a restante verba destinada para a aquisição do seu mobiliário.
As obras tiveram início no ano de 1908 e foram finalizadas (muito rapidamente) em 21 meses quase no final de 1909. Entretanto por Decreto de 9 de Setembro de 1908, a designação muda oficialmente para «LICEU CAMÕES».
O Liceu foi construído no "LARGO DO MATADOURO", sob fortes críticas, por ser de difícil acesso e distante para os alunos. Embora fosse uma zona de expansão, três anos depois da abertura, o local continuava ermo e inóspito, existindo nas proximidades somente o "MATADOURO" e a "ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA".
No ano de 1911 é publicado o regulamento interno, onde se define a vida da "ASSOCIAÇÃOACADÉMICA DO LICEU CAMÕES", fundada em 9 de Fevereiro do mesmo ano. Mais tarde foi reformulada acentuando-se o controlo institucional por parte do "Reitor", a "Associação" dedicava-se, em grande parte, à afirmação Cultural do Liceu, nomeadamente através da organização de festas escolares, eventos desportivos, ocupação de tempos livres nas férias grandes, actividades de assistência e escutismo.
No ano de 1936 com o "ESTADO NOVO", a "ASSOCIAÇÃO" foi extinta e as suas actividades lúdicas integradas na "Mocidade Portuguesa".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XI ]-O LICEU CAMÕES ( 2 )»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XII ]

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 Rua de dona Estefânia - (1962) - (Programa de um de muitos espectáculos efectuados no "Ginásio do Liceu Camões", este dedicado aos profissionais de Seguros, no ano de 1962) inARQUIVO/APS
 Rua de dona Estefânia - (1962) (Especificação da estrutura do Espectáculo realizado no "LICEU CAMÕES", sendo a primeira parte cultural e a segunda mais recreativa) inARQUIVO/APS
 Rua de dona Estefânia - (2007) (Panorama do sítio de Arroios onde está inserido o ex-Liceu Camões, o "Casal de Santa Luzia" e a "Escola Superior de Medicina Veterinária") inGOOGLE EARTH 
 Rua de dona Estefânia - (1960) Foto de Arnaldo Madureira (O "Liceu Camões", hoje "Escola Secundária de Camões" na "Praça José Fontana") in AFML
Rua de dona Estefânia - (depois de 1974) autor Petroevr (Desenho do Busto de Camões, adaptado à "Escola Secundária de Camões", antigo "Liceu Camões" na Praça José Fontana") inWIKIPÉDIA


(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XII ]

«O LICEU CAMÕES ( 2 )»

Em 1910/11, frequentavam o "LICEU CAMÕES" 690 alunos; em 1940/41, eram já 1167 alunos distribuídos por 31 turmas e 51 o número de professores.
No corpo central do edifício eram as salas do Conselho Administrativo, no pavimento nobre, por cima deste encontrava-se a habitação do reitor.
Pelos corpos laterais repartem-se as aulas destinadas aos alunos. Além das aulas, tem o novo Liceu, pátio para recreio dos alunos, um grande ginásio, piscina, refeitório, recinto arborizado para a prática de exercícios físicos ao ar livre.
A situação do novo liceu é magnifica, encontra-se num ponto elevado da cidade e servindo a numerosa população que hoje (início do século XX) alastra por aquela parte norte de LISBOA que por todos os lados se alarga de dia para dia.
Um dos factores de prestígio do liceu foi, sem dúvida, a Cantina Escolar criada em 1931 e que incorporava desde logo quatro secções: Refeitório, pastelaria, livraria e papelaria. A Cantina Escolar foi dos maiores contributos para o desenvolvimento do liceu.
No final da década de cinquenta, o liceu conhece um momento de expansão com a abertura de duas secções: a de ALVALADE(1957/58), actual "ESCOLA SECUNDÁRIA PADRE ANTÓNIO VIEIRA"; e a do "AREEIRO"(1958/59), hoje em dia, a "ESCOLA E.B. 2,3 LUISDE CAMÕES". Esta expansão vem como parte da solução ao combate de sempre crescente número de alunos. No ano lectivo de 1972/73, o liceu, inicialmente previsto para acolher 600 alunos, suportava mais de 2200, sem contar com o ciclo nocturno.
Ainda na década de cinquenta e sessenta do século passado, no "Ginásio" do "LICEU CAMÕES" efectuavam-se "SERÕES PARA TRABALHADORES" (principalmente aos Sábados à noite) alguns organizados pela ex-F.N.A.T.(hoje INATEL) outros, pela ex-EMISSORA NACIONAL, proporcionando assim, grandes momentos de cultura musical.

A «ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES» (antigo "LICEU CAMÕES"), ainda hoje mantém o ensino nocturno e continua a ser uma das melhores escolas secundárias do país. Nos últimos anos tem sido alvo de remodelações e expansão, tendo sido criado de raiz um refeitório, um auditório, uma sala de musculação, um novo espaço para o museu da escola e um pavilhão gimnodesportivo. Dispõe igualmente de um centro de recursos escolares, de uma biblioteca, sala de informática e desenho, uma papelaria, um bar de alunos e professores, os laboratórios de Física, Química e Biologia, a sala da "ASSOCIAÇÃO DEESTUDANTES", dois campos de futebol, mesas de pingue-pongue e de matraquilhos.

Em 21 de Agosto de 1990 foi feita "Membro-Honorário da Ordem da Instrução Pública( 1 ).

Pelo "velho" "LICEU CAMÕES" passaram grandes vultos da "HISTÓRIA" e da "CULTURA" do nosso país, quer como alunos quer como professores, nomeadamente "MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO", "VIRGÍLIO FERREIRA", "AQUILINO RIBEIRO" entre outros.
Após o 25 de Abril de 1974 todos os liceus mudaram a sua designação para "ESCOLA SECUNDÁRIA" sendo dessa forma que hoje se designa esta instituição: «ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES».


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIII ]-O BAIRRO CATARINO E O CASAL DE SANTA LUZIA»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIII ]

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 Rua de dona Estefânia - (2007) -(Local destinado à urbanização no "Casal de Santa Luzia". Um terreno com cerca de 13 000 metros quadrados, prevendo-se a construção de 84 fogos - T1 a T5  - totalizando 13 600 m2 de habitação, acrescido de 1 500 m2 de espaços comerciais e um lote de 1 600 m2 destinados a equipamento)  inGOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (2011?) - Foto de autor não identificado (Projecto para o "Casal de Santa Luzia" da autoria do Arquitecto "Frederico Valsassina") inRODRIGUES & NÉVOA
 Rua de dona Estefânia - (2011?) - Foto de autor não identificado (Projecto do "Casal de Santa Luzia" junto à "Rua de D, Estefânia" da firma "Rodrigues & Nèvoa") in RODRIGUES & NÉVOA
 Rua de dona Estefânia - (2012) (O que resta da "Garagem Santa Luzia" na "Rua de dona Estefânia") inGOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (1969) Foto de João H. Goulart (A "Garagem Santa Luzia" Estação de Serviço e Oficinas, na "Rua de dona Estefânia, 109 a 115) inAFML
 Rua de dona Estefânia- (1961) Foto de Arnaldo Madureira (A "Garagem de Santa Luzia" na "Rua de dona Estefânia") in AFML
 Rua de dona Estefânia - (1969) Foto de João Goulart (Entrada para o "Casal de Santa Luzia", junto à "Rua de dona Estefânia" in AFML
Rua de Dona Estefânia - (1969) Foto de João H. Goulart (O "Casal de Santa Luzia" com entrada pela "Rua da Escola de Medicina Veterinária, 10) in AFML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIII ]

«O BAIRRO CATARINO E O CASAL DE SANTA LUZIA»

Na «RUA DE DONA ESTEFÂNIA» frente ao portão lateral de entrada do "HOSPITAL DEDONA ESTEFÂNIA» existiu há anos um pequeno BAIRRO de nome «CATARINO», entre os números 69 e 71 da referida "RUA", hoje já nada resta desse bairro, a não ser a indicação no "Roteiro de Lisboa" edição do Anuário 7.ª edição de 1987.
Além deste bairro, vem igualmente mencionado neste roteiro o «CASAL DE SANTA LUZIA» (que pertencia à freguesia de S. Jorge de Arroios) hoje «ARROIOS», e nos indicava que  a sua entrada se fazia próximo do número 113 da «RUA DE DONA ESTEFÂNIA» e tinha ainda outra entrada para o "CASAL", pelo número 10 na "RUA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA".
Este espaço (há muito abandonado) inserido na malha urbana das denominadas "Avenidas Novas", situa-se nas traseiras do "ex-LICEU CAMÕES" junto dos seus campos desportivos, tem duas entradas, era uma urbanização do século XIX, um local essencialmente industrial.
Nesta altura existe um projecto para o espaço, calculado aproximadamente de treze mil metros quadrados. O projecto de loteamento para o local é da autoria do Arquitecto "Frederico Valsassina", foi aprovado em Novembro de 2011, prevendo-se a construção de 84 fogos de tipologia T1 a T5 totalizando 13 600 metros quadrados de habitação, acrescidos de 1 500 metros quadrados de espaços comerciais e de um lote com cerca de 1 600 metros quadrados destinados a equipamentos.
O desenho urbano é apoiado no prolongamento de estrutura viária envolvente, em vias exclusivamente pedonais, criando uma continuidade visual com os espaços vizinhos do "ex-Liceu Camões".
Esta informação obtida através da C.M.L. gabinete do senhor vereador "Manuel Salgado", referente à «Aprovação do prédio de licenciamento da operação de Loteamento a realizar no "Casal de Santa Luzia", proposta 596/2011». Que no seu ponto um nos diz: "A operação de loteamento nos terrenos sitos na "Rua de dona Estefânia", 93 a 119 e na "Rua Escola de Medicina Veterinária", 6 a 8A (vulgarmente designada por "Casal de Santa Luzia" na antiga freguesia de "São Jorge de Arroios" (hoje "ARROIOS").No seu ponto terceiro, indica-nos que o loteamento resulta de reparcelamento de vários prédios, tendo para o efeito a construção de quatro lotes destinados à edificação urbana, neles se prevendo a construção de dez edifícios com um máximo de seis pisos acima do solo (destinados a comércio, habitação e equipamento) e um máximo de três pisos abaixo do solo, exclusivamente destinados a estacionamentos.
Ainda no ponto sete, diz-nos que a operação de loteamento prevê a construção de quatro parques de estacionamento autónomos, que se desenvolvem nos pisos em cave, com capacidade para 370 lugares de estacionamento. Alguns destinados a estacionamento público localizado nos lotes 4, e outros a ceder para o domínio privado municipal, prevendo-se o acesso ao mesmo, através da construção de uma servidão de passagem pelo lote 3.
No ponto oito, este loteamento prevê a cedência gratuita de uma área de 5195,60 metros quadrados para integrar o domínio público municipal, destinada a espaços verdes e de utilização colectiva, (dos quais, 3661 metros quadrados constituem a área verde permeável) bem como a cedência, como compensação em espécie, de um lote com 2 960,40 metros quadrados, onde se prevê a construção de um edifício com 1 568,40 metros quadrados de superfície de pavimento destinado ao funcionamento de uma creche/jardim e de um lar de terceira idade.
Todo este terreno confina com as ruas: "RUA DE DONA ESTEFÂNIA" a (Nascente), "RUAESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA" a (Sul) e a (Poente) com a "ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES", antigo "LICEU CAMÕES".
Grande parte da área não tem construção, com excepção de uma na "RUA DE DONAESTEFÂNIA" e outra, na "RUA ESCOLA MEDICINA VETERINÁRIA".
Este sítio do «CASAL DE SANTA LUZIA» está ainda hoje muito mal documentado quanto à sua história. Propunha-se a quem eventualmente por ali viveu ou trabalhou, nos deixe aqui o seu depoimento, para assim, amanhã, um outro vindouro, conseguir juntar uma história que certamente terá por ali existido, neste "CASAL" bastante antigo.


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIV ]-O IPR-INSTITUTO PORTUGUÊS DE REUMATOLOGIA E O JARDIM CESÁRIO VERDE»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIV ]

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 Rua de dona Estefânia - (2012) - (Fachada da entrada do IPR - hoje Departamento Técnico e Financeiro da Instituição - um edifício com características mouriscas de finais do século XIX) in GOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (2011) Foto de autor não identificado (Pormenor da entrada do Instituto Português de Reumatologia - IPR, hoje o Departamento Técnico e Financeiro do IPR) in LIFECOOLER
 Rua de dona Estefânia - (2007) - (Panorâmica do edifício do Instituto Português de Reumatologia na "Rua de Dona Estefânia", hoje serve de Departamento Técnico e Financeiro da Instituição) inGOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (2009) Foto do Engº José Sá Fernandes (A estátua de "Cesário Verde" no jardim com seu nome, na "Praça Ilha do Faial" junto da "Rua de dona Estefânia") in LISBOA é muita gente
 Rua de dona Estefânia - (2009) - Foto do Engº José Sá Fernandes (Um aspecto do "Jardim Cesário Verde" na "Praça Ilha do Faial", junto da "Rua de dona Estefânia") in LISBOA é muita gente
 Rua de dona Estefânia - (2007) (Panorama da "Praça Ilha do Faial" jardim "Cesário Verde", junto à "Rua de dona Estefânia") inGOOGLE EARTH
Rua de dona Estefânia - (2012) (A "Rua de dona Estefânia" na  parte um pouco mais a Norte, vendo-se no lado esquerdo o "JARDIM CESÁRIO VERDE") in  GOOGLE EARTH 

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIV ]

«O INSTITUTO PORTUGUÊS DE REUMATOLOGIA-IPR E O JARDIM CESÁRIO VERDE»

O «INSTITUTO PORTUGUÊS DE REUMATOLOGIA- IPR» teve  a sua Sede durante longos anos neste edifício de tendências românticas de finais do século XIX, com pitorescas janelas e porta, na "Rua de dona Estefânia" números 187-189.
Presentemente nesta morada encontra-se o "Departamento Técnico e Financeiro da Instituição", estando neste momento a funcionar as consultas externas e internamentos na "Rua da Beneficência" no número sete, próximo da "Praça de Espanha".
O "Instituto Português de Reumatologia-IPR"é uma "Instituição Particular deSolidariedade Social (IPSS)", dedicada ao estudo,  investigação, prevenção e tratamento das doenças reumáticas desde há 64 anos.
Constituído em 18 de Dezembro de 1948 com a denominação de «ASSOCIAÇÃOPORTUGUESA DE REUMATOLOGIA», passa a (IPR) em 5 de Abril de 1954, o (IPR) é uma instituição particular de solidariedade Social, sob a forma de Associação com duração ilimitada, tendo os seus Estatutos sido publicados no D.R. III série Número 83 de 09.04.1987 e encontra-se registado como  "Instituição Particular de Solidariedade".
O «IPR»é a maior unidade de Reumatologia de Portugal. Aquela que  tem mais médicos, faz mais consultas da especialidade, tem grande quantidade de internamentos e realiza vários tratamentos ao domicílio da Medicina Física e de Reabilitação. O doente reumático é a sua razão de ser deste Instituto, sendo tratado de forma dedicada.
Integrada no Sector de Formação, Ensino e Investigação, dispõe de uma Biblioteca especializada na área da Reumatologia.

«PRAÇA ILHA DO FAIAL» - "JARDIM CESÁRIO VERDE"

Depois de passarmos o "LARGO DE DONA ESTEFÂNIA", quem se dirige para Norte continuando a "Rua de dona Estefânia", logo no seu lado direito entre as ruas "CIDADE DAHORTA" e "PONTA DELGADA" vamos encontrar a «PRAÇA ILHA DO FAIAL» conhecida por "JARDIM CESÁRIO VERDE" (1855-1886), onde está colocado o busto feito em bronze, com pedestal em pedra, deste poeta do século XIX. A escultura foi executada por "MAXIMIANO ALVES" em 1951, tendo sido inaugurada a 21 de Abril de 1955.
Um local aprazível de lazer bastante arborizado e tranquilo. Está de novo aberto (2009) depois de importantes obras de requalificação, na plantação de novas espécies e actualização de novos equipamentos, bem como a substituição de algum pavimento menos bom e novos sistemas de rega.
Quem passar hoje pela "Rua de dona Estefânia" e olhar a "Praça Ilha do Faial", talvez possa ter uma surpresa.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XV ] - A RAINHA D. CATARINA DE BRAGANÇA ( 1 )»  
  

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XV ]

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 Rua de dona Estefânia - (entre 1663 e 1665) Quadro a óleo sobre tela, do artista Peter Lely - (O quadro de "D. CATARINA DE BRAGANÇA" rainha consorte da Inglaterra, Escócia e Irlanda, colecção do "Royal Collection of the U. K." in WIKIPÉDIA
 Rua de dona Estefânia - (Século XVII) ("Carlos II", Rei de Inglaterra marido de "D. Catarina de Bragança" de 1662 a 1685) in IDENTIDADYCULTURA
 Rua de dona Estefânia - (Segundo quartel do século XVII) (A Infanta "D. Catarina Henriqueta de Bragança", futura rainha de Inglaterra) in GRUPO DESPORTIVO BAIRRENSE
 Rua de dona Estefânia - (Segundo quartel do século XVII) ("D. Catarina de Bragança" Rainha de Inglaterra, introduziu na corte Inglesa o culto do CHÁ) in  GRUPO DESPORTIVO BAIRRENSE
Rua de dona Estefânia - (Terceiro quartel do século XVII) (A Rainha consorte de Inglaterra de 1662 a 1685, foi casada com "Carlos II" Rei da Inglaterra) inRAINHAS E DEUSAS

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XV ]

«A RAINHA D. CATARINA DE BRAGANÇA ( 1 )»

«DONA CATARINA DE BRAGANÇA», Infanta de Portugal e Rainha de Inglaterra, nasceu em Vila Viçosa a 25 de Novembro de 1638 e faleceu em LISBOA a 31 de Dezembro de 1705, no Palácio do "CAMPO REAL DA BEMPOSTA" que o tinha mandado construir para sua residência.
Casou com "Carlos II», Rei de Inglaterra, filho de "Carlos I", que foi degolado em 1649.
A Rainha de Inglaterra era filha de "D. JOÃO IV" e de sua mulher, "D. LUÍSA DE GUSMÃO" e ainda irmã dos monarcas "D: AFONSO VI" e "D. PEDRO II".
Foi educada no Convento de ALCÂNTARA, de onde raramente saia.  Quando casou não conhecia uma palavra de inglês; o francês que sabia não era suficiente para poder dialogar com perfeição. Com o marido falou sempre em espanhol. Deve ter deixado o Convento em 1656, ano em que faleceu "D. JOÃO IV".
"D. CATARINA" inicialmente destinada a casar com o monarca francês, acabaria, no entanto, por vir a contrair matrimónio com o Inglês «CARLOS II», apesar de ser uma princesa católica num país onde a religião oficial era o protestantismo. Prudente, recatada, dotada de espírito de sacrifício exemplar e bondosa em extremo, «D. CATARINA» não teria uma vida fácil no meio das intrigas da corte inglesa, mas tudo suportou em nome do bom relacionamento entre PORTUGAL e a INGLATERRA e do seu amor pelo marido.
Quando em 1660, em Inglaterra foi restaurada a Monarquia, pondo fim a um breve mas atribulado período republicano, «D. LUÍSA DE GUSMÃO» que governava Portugal desde a morte de seu marido «D. JOÃO IV», ordenou imediatamente que se iniciassem os contactos  com vista ao casamento da filha com o novo monarca inglês.
Desde 1657 que se encontrava em LONDRES como Embaixador de Portugal o padrinho de "D. CATARINA DE BRAGANÇA", «D. FRANCISCO DE MELO» "CONDE DA PONTE", depois «MARQUÊS DE SANDE». "D. Francisco" pôs-se logo em comunicação com "CARLOS II" em "BREDA" e também com "MONK" em Inglaterra, sobre o assunto do casamento, conseguindo deste a promessa do seu apoio. Após a proclamação do Rei, em Maio de 1660, "D. Francisco" renovou oficialmente a proposta, reforçada pela oferta de 2 000 000 de cruzados como dote, a cedência de «TÂNGER» e «BOMBAIM» e a liberdade de comércio para os Ingleses nas Colónias Portuguesas.
Em troca pedia para a Infanta a liberdade de exercer o seu culto religioso e para Portugal o auxílio inglês no caso de agressão por parte da Espanha ou da Holanda.
Em Londres, a classe mercantil recebeu com o maior agrado a proposta de Portugal, pois passavam a dispor de amplas facilidades comerciais e acesso ao comércio da «ÍNDIA» e do «BRASIL».
O Rei convocou uma reunião secreta em casa do «LORD CHANCELLOR», estando o Conselho de "Carlos II" inclinado para aceder a este acordo, caso não houvesse princesas protestantes disponíveis para casar com o Rei.
No cenário Internacional "LUÍS XIV" de França aconselhava o monarca Inglês a aceitar a proposta portuguesa, que servia os seus próprios interesses.
O EmbaixadorEspanhol em Londres, evidentemente, agia em sentido contrário, mas o seu peso era ali bastante reduzido. Havia, porém, uma dificuldade suplementar, que viria atrasar o acordo.
"Carlos II" era um homem particularmente sensível aos aspectos físicos femininos, e ninguém pensaria em casá-lo com uma princesa que lhe desagradasse fisicamente. O Rei não gostava de loiras e das mulheres do Norte; as propostas suecas ou alemãs estavam, assim, postas de parte. Existia ainda a alternativa de várias princesas italianas, mas nenhuma cumpria os requisitos exigidos pelo monarca.
Após ponderar cuidadosamente a questão e, segundo se diz, depois de lhe ter sido mostrado, pelo «CONDE DA PONTE», um retrato de "D. CATARINA", "CARLOS II" decidiu-se pela princesa portuguesa.
Em LISBOA, a resposta favorável foi recebida com entusiasmo. Era agora necessário juntar a enorme quantia destinada ao dote, para o qual a própria Rainha vendeu as jóias pessoais e recorreu a diversos empréstimos.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVI ] -A RAINHA D. CATARINA DE BRAGANÇA (2)»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVI ]

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 Rua de dona Estefânia - (2008) Foto de Dias dos Reis (Painel de azulejos com D. Catarina de Bragança" Rainha de Inglaterra, colocado na antiga Vila de Ourém) in DIAS DOS REIS 
 Rua de dona Estefânia - (Século XVII) ("Dona Catarina de Bragança" Rainha de Inglaterra in LEME
 Rua de dona Estefânia - (Depois de 1663) ("D. Catarina de Bragança e seu marido "Carlos II" Rei de Inglaterra) inGRUPO DESPORTIVO BAIRRENSE
 Rua de dona Estefânia - (Século XVII) ("Carlos II" Rei da Inglaterra marido de "D. Catarina de Bragança" inLEME
Rua de Dona Estefânia - (Século XVII) ("Lady Castlemaine" uma das principais adversárias de "D. Catarina de Bragança) in HINCH HOOSE

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVI ]

«A RAINHA DONA CATARINA DE BRAGANÇA ( 2)»

O Embaixador inglês "SIR RICHARD FANSHAWE" tinha trazido o tratado de casamento para rectificação e mais um documento oficial assinado pelo Rei, contendo a declaração de ser «DONA CATARINA DE BRAGANÇA» sua esposa. Era ele , o Embaixador, encarregado de acompanhar a rainha à Inglaterra; porém, como a vinda da esquadra inglesa demorasse, foi forçado a regressar a Londres, deixando essa honra ao comandante em chefe da frota, o «CONDE DE SANDWICH» que, depois de tomar posse de TANGER em Janeiro de 1662, chegou a LISBOA para esse fim, em Março desse ano.
A 23 de Abril de 1662 a rainha embarcou, rumo para Inglaterra. A esquadra chegou a "PORTS MOUTH" a 14 de Maio e o casamento realizou-se ali a 21 , na igreja de "DOMUSDEI". Foi este casamento protestante, mas nesta mesma manhã, antes de sair dos seus aposentos, "D. CATARINA" fez saber ao REI que não casaria a não ser que o seu matrimónio também se realiza-se pelo rito Católico, e assim aconteceu, realizou-se na sua câmara pelo padre «LORD AUBIGNY», esmoler-mor da rainha, na presença do "CONDE DA PONTE", mais três fidalgos portugueses e duas ou três damas da rainha, também portuguesas. Não assistiu a este cerimónia nenhum inglês a não ser o padre, o próprio Rei e seu irmão, «D. Jaime» o "Duque de YORK", que era católico. O matrimónio de "CARLOS II" com a Infanta de Portugal teve não só o apoio da Rainha-mãe, "HENRIQUETA MARIA", que continuava a residir em PARIS e cuja maior ambição era ver o seu filho convertido ao Catolicismo, mas do próprio "LUÍS XIV", que reforçou os seus conselhos nesse sentido com a oferta de 300 000 pistolas francesas, para as despesas imediatas de "CARLOS II".

A «DONA CATARINA» estava reservada uma dura aprendizagem das regras da corte inglesa. No entanto, o que mais a amargurou foi assistir às permanentes infidelidades do marido até à sua morte em 1685, que suportou com abnegação pelo amor que lhe dedicava.
A primeira prova estava-lhe destinada logo após o matrimónio; "BARBARA PALMER" depois "CONDESSA DE CASTLEMAINE" e amante do Rei (de quem teve vários filhos), conseguiu ser nomeada para dama de companhia da RAINHA. «D. CATARINA», após reagir inicialmente de forma emotiva, ameaçando até regressar a Portugal, aceitou o facto, já que o Rei se mostrou inflexível na sua decisão, tendo-lhe então garantindo que apenas nutria simpatia pela Condessa, por quem se sentia responsável. «D. CATARINA» passou, assim, a  contar com uma fonte de intrigas junto da sua pessoa, já que "LADY CASTLEMAINE" vivia no Paço, ceando regularmente com o Rei. A sua influência seria, nociva, tanto para o relacionamento do casal Real, como para a própria posição de «D. CATARINA» na Corte Inglesa.
A INGLATERRA que «D. CATARINA» conheceu e onde viveu durante 30 anos, era um país dividido, saído de greves perturbações religiosas, sociais e políticas.
A questão religiosa nunca fora pacífica, desde que "HENRIQUE VIII" fundara a INGLATERRA  ANGLICANA e abandonado o«CATOLICISMO» e a fidelidade a ROMA. Embora nunca sofresse uma guerra religiosa semelhante às que ocorriam nos PAÍSES BAIXOS, na ALEMANHA, ou mesmo em FRANÇA, os conflitos entre a maioria protestante e a minoria católica eram constantes.
Apesar da prudência e inteligência com que "CARLOS II" governou a INGLATERRA, o país permanecia dividido e numa situação de tensão social. Foi este ambiente que  "D. CATARINA" encontrou na "sua" nova pátria: "uma corte perigosa e corrupta, com intrigas tecidas e urdidas em todos os corredores".
Dois acontecimentos agravaram a situação da capital: a grande peste, que atingiu a cidade em 1665 e que terá causado a morte a cerca de setenta mil habitantes, e um grande incêndio, que deflagrou a 2 de Setembro de 1666 e que destruiu parte substancial da cidade. O desespero e a superstição popular acabaram por inflamar os ódios contra os católicos, agravando a tensão social existente. «D. CATARINA», olhada com especial desconfiança por ser estrangeira e católica, sofreu vários dissabores, que suportou e enfrentou, contudo, com grande coragem, valendo-lhe o apoio do REI que, apesar do seu comportamento, sempre reconheceu na rainha portuguesa um importante apoio à sua governação.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVII ]-A RAINHA D. CATARINA DE BRAGANÇA (3)».  


RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVII ]

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 Rua de dona Estefânia - (depois de 1663) (D. Catarina de Bragança, Rainha de Inglaterra) in FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
 Rua de dona Estefânia - (Século XVII) (O rei "CARLOS II" marido de "D. CATARINA DE BRAGANÇA" in  THE PÚBLIC "I" 
 Rua de dona Estefânia - (Século XVII) (As armas de Inglaterra e Portugal usadas no tempo de D. Catarina) inFAMÍLIA REAL PORTUGUESA
 Rua de dona Estefânia - (1945) Foto de André Salgado ("Palácio da Bemposta" mandado construir por "D. Catarina de Bragança", após o seu regresso de Inglaterra) in AFML
Rua de dona Estefânia - (1930) Foto de Eduardo Portugal ("Palácio da Bemposta" ou "Paço da Rainha" com sua porta brasonada, alberga actualmente a "Academia Militar") in AFML

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA  [ XVII ]

«A RAINHA DONA CATARINA DE BRAGANÇA (3)»

Dispondo de vários apoios na corte inglesa, nomeadamente por parte de vários ministros de «CARLOS II», «D. CATARINA» não levou uma vida fácil no decorrer da sua estadia em Inglaterra. As primeiras dificuldades resultaram da própria diferença de costumes.
Os seus trajes e modos eram considerados antiquados pela corte inglesa.
Inicialmente influenciada pelas suas damas (particularmente detestadas pelos Ingleses), "D.Catarina" recusou-se de início a adoptar as modas inglesas, o que em conjunto com a sua devoção religiosa foi motivo de desconfiança e troça.   
Contudo, uma boa parte da sua desventura provinha do próprio REI: embora dedicasse atenção, cuidado e ternura à Rainha, o monarca levou uma vida dissoluta, deixando-se dominar por um conjunto de cortesãs, amantes e preferidas que minavam a posição de "D.Catarina" na corte.
Um dos problemas mais graves que enfrentou foi a incapacidade de dar um herdeiro à Coroa: apesar de ter engravidado várias vezes, a Rainha abortou em todas elas, o que criou um problema grave à própria sucessão do REI.
Deste facto se aproveitaram várias personagens, que nunca viram com bons olhos o casamento do seu Rei com a princesa portuguesa.
Manobrando com o concluio de "Lady Castlemaine", o "Duque de Buckingham", propôs por diversas vezes ao Rei, - embora em vão - o divórcio, sendo uma das propostas particularmente curiosa: previa que "D. Catarina" fosse exilada para a "AMÉRICA DONORTE», sendo esta "fuga" um motivo para o Rei pedir a anulação do casamento. A população de LONDRES era incentivada a manifestar-se contra a Rainha, o que chegou a acontecer em diversas ocasiões.
"D. Catarina" foi informada de que várias cantigas e inscrições satíricas "corriam" na cidade; uma delas dizia: "três coisas podem ser vistas: Dunquerque, Tânger e uma rainha estéril". A sua figura física era ridicularizada, a sua personalidade, carácter e preferência, motivo de boatos e mentiras de todo o tipo. Porém, o facto mais grave ocorreu nos anos seguintes a 1678 quando, no desenrolar das disputas e intrigas políticas, houve acusação de que se preparava uma conspiração católica contra a vida do Rei, em que "D. Catarina" estaria supostamente envolvida. "CARLOS II", apesar de ter investigado a veracidade desta suposta "conspiração", nunca acreditou que a Rainha tivesse conhecimento de qualquer manobra política obscura, pelo que a posição de "D. Catarina" conseguiu manter-se acima destas disputas.
Em 1685, «CARLOS II» falecia, deixando "D. Catarina" e o país mergulhado no luto. O Rei não deixara descendência legítima, pelo que ocorreu nos anos seguintes uma luta pelo trono.
Sucedeu-lhe o irmão, "DUQUE DE YORK", com o nome de «JAIME II». Católico convicto, não conseguiu sanear a inimizade dos seus opositores, mergulhando a INGLATERRA em nova guerra civil.
"D. Catarina", então doente, decidira que era chegada a hora de voltar à sua pátria, já que nada a retinha ali e não estava disposta a suportar os anos difíceis que se avizinhavam. Para tal, escreveu ao seu irmão «D. PEDRO II», para que tratasse do transporte que a levaria a Portugal. O Rei português, porém, não mostrou pressa em satisfazer os constantes apelos da irmã. O Rei de Inglaterra estava igualmente demasiado ocupado em salvar o seu próprio trono, pelo que "D. Catarina" se viu involuntariamente retida em Inglaterra.
Em 1688, finalmente, "D. PEDRO" autorizou a partida da irmã, mas um novo agravamento da sua doença impediu-a de partir.
Entretanto, a situação complica-se em Inglaterra. O holandês «GUILHERME DE ORANGE», apoiado pelos protestantes, desembarcou em Inglaterra e tomou a "COROA", obrigando «JAIME II» a fugir. Embora isto não colocasse a vida da Rainha em perigo, tornava a sua posição difícil e incómoda, aumentando-lhe assim a vontade de partir.
Contudo, a sua influência na Corte havia aumentado. As suas qualidades, que vinham a ser gradualmente reconhecidas, tornavam-na um interlocutor privilegiado entre católicos a protestantes.
Em Janeiro de 1692, finalmente, estava tudo pronto para o seu regresso a Portugal. Só sairia em Março, sendo saudada pelos Londrinos nas ruas da cidade. Atravessou FRANÇA (onde recebeu um convite de "Luís XIV" para visitar Versalhes, que foi obrigada a declinar) e ESPANHA, tendo entrado pela Beira. O seu percurso até LISBOA inclui Pinhel, Celorico, Gouveia, Santa Comba Dão, Coimbra, Condeixa, Pombal, Alcobaça, Caldas, Alcoentre e Vila Franca de Xira. Recebida pelo Rei «D. PEDRO II», seu irmão, viria a ser designada por duas vezes regente do reino, até falecer 1705, no seu «PALÁCIO DA BEMPOSTA», que mandara erguer e onde passou a maior parte do seu tempo.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVIII ]-A RAINHA D. CATARINA DE BRAGANÇA (4)».
   

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVIII ]

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 Rua de dona Estefânia - (2008) Foto de Getty (Livro dedicado a "D. CATARINA DE BRAGANÇA" da autora "ISABEL STILWELL" Edição da Esfera dos Livros) inARQUIVO/APS
 Rua de dona Estefânia - (1998)- Foto de autor não identificado (A estátua de "Catarina de Bragança" colocada no "Parque das Nações" no "Jardim do Passeio dos Heróis do Mar", é uma réplica da autoria do Norte-Americano "AUDREY FLACK") in PORTAL DAS NAÇÕES
 Rua de dona Estefânia - (1998) Foto de autor não identificado ((Réplica da estátua de "D. Catarina de Bragança" com destino ao bairro "QUEENS" em New York, da autoria de "AUDREY FLACK") in PORTAL DAS NAÇÕES
 Rua de dona Estefânia - (1998) Foto de autor não identificado (Palácio mandado construir por "D. Catarina de Bragança", onde viveu quando regressou a Portugal) inFACTOS E FIGURAS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
 Rua de dona Estefânia - (depois de 1693) Desenho de autor não identificado ("Palácio da Bemposta" ou "Palácio da Rainha" mandado construir por "D. Catarina de Bragança" rainha da Inglaterra, depois de regressar a Portugal) in PALÁCIO BEMPOSTA
Rua de dona Estefânia - (Século XVII) ("Carlos II" rei da Inglaterra num quadro a cavalo, propriedade da Embaixada Britânica de Lisboa) inFACTOS E FIGURAS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

(CONTINUAÇÃO)- RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVIII ]

«A RAINHA DONA CATARINA DE BRAGANÇA (4)»

Embora as diferenças de costumes entre PORTUGAL e a INGLATERRA tivessem criado alguns dissabores iniciais a "D. CATARINA", a verdade é que a princesa portuguesa se adaptou à etiqueta a as modas inglesas, passando a apreciar os passeios públicos, os jogos de cartas, as danças e os espectáculos. Aliás, "D. CATARINA" não deixou de exercer alguma influencia na sua nova pátria. Poucos saberão, por exemplo, que o hábito de consumir CHÁ, até então pouco conhecido na Ilha, foi ali introduzido pela portuguesa, que era grande apreciadora, até se tornar hoje a bebida nacional inglesa. Poucos saberão igualmente que a rainha incentivou o gosto pelo Teatro e que foi graças a si que, pela primeira vez, se cantou ópera italiana em Londres, em Janeiro de 1675.
"D. Catarina" ficaria célebre pela sua bondade, paciência e prudência.
Ninguém a poderia, no fundo considerar capaz de qualquer acção menos digna ou lesiva para o Rei ou os interesses do Reino. Até os seus inimigos e rivais a ela recorreram. Um dos casos mais célebres foi a de "Lady Frances Stuart", amante do Rei que após cair em desgraça apelou à Rainha que a perdoasse e protegesse, ao que "D. Catarina" acedeu.
Também "Lord Monmouth", filho ilegítimo de "Carlos II" e chefe protestante, que se manifestara hostil à Rainha, viria a apelar para que lhe salvasse a vida, no que "D.Catarina" se empenhou, intercedendo junto do seu cunhado, que então reinava como "Jaime II".

A vida de "D. CATARINA DE BRAGANÇA" parece ter causado alguma impressão junto do público Norte-Americano. De facto, existe hoje em dia um interesse crescente pela vida e personalidade da Rainha, sobretudo em NEW YORK. A sua ligação a esta cidade é curiosa: tendo o local sido tomado aos Holandeses, os Ingleses mudaram o seu nome de «NOVA AMESTERDÃO» para «NOVA YORK», em homenagem ao "Duque de York", irmão de "Carlos II", autor da conquista. O monarca baptizou então uma das áreas de «KING'SCOUNTY» e outra de «QUEEN'S COUNTY», em homenagem a "D.CATARINA".
Hoje em dia, o Bairro de "QUEEN'S"é uma das zonas mais florescentes de "NEW YORK".
Desde 1986, por ocasião do 360º aniversário do nascimento de "D. CATARINA", que tem crescido o interesse local por esta personagem. Foi criada uma associação com o nome de «FRIENDS OF QUEEN CATHERINE», com o objectivo de erguer uma estátua a «D.CATARINA» cuja organização de fundos começou imediatamente, assim como a escolha do projecto da estátua.

A ideia da estátua de «D. CATARINA» que o bairro «QUEEN'S» ia receber não chegou a ser concretizada. E assim se perdeu uma boa oportunidade de homenagear aquela Rainha, cuja maioria das pessoas desconhecem a sua verdadeira importância na história de um país. 
Foi esta portuguesa que introduziu no Reino Unido o famoso costume do "CHÁ DAS CINCO", o uso de "LEQUES" e a "LOIÇA DE PORCELANA" (até aí desconhecida na sociedade inglesa).
Com a infanta foram também importantes bastiões de Portugal e do seu Império, como as cidades de TANGER e BOMBAIM; esta última viria a ser um dos baluartes do «IMPÉRIO BRITÂNICO».
Pensamos que esta estátua, seria uma merecida homenagem a esta princesa portuguesa. Para tristeza de todos aqueles que acreditam que «D. CATARINA» foi uma grande mulher e Rainha, a colocação da estátua não foi autorizada, por um grupo de moradores, principalmente afro-americanos, acreditavam que o simbolismo da estátua provinha de uma família que tinha lucrado com o comércio de escravos.
Presentemente encontra-se uma réplica dessa estátua - da autoria do Norte-Americano "AUDREY FLACK" - colocada no «PARQUE DAS NAÇÕES» no local do «JARDIM DOPASSEIO DOS HERÓIS DO MAR» em LISBOA, na zona Oriental desta cidade, desde o ano de 1998.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIX ] - O PAÇO E CAPELA DA BEMPOSTA».

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIX ]

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 Rua de dona Estefânia - (2010) Foto de autor não identificado (O "Paço Real da Bemposta" no "Largo do Paço da Rainha" nos números 21-31) in CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
 Rua de dona Estefânia - (2010) Foto de autor não identificado (A Capela no "Paço da Bemposta" dedicada a "Nossa Senhora da Conceição", no seu comprimento abrem-se seis capelas lateralmente) in SIPA
 Rua de dona Estefânia - (2010) Foto de Mário Marzagão ("Capela da Bemposta". No altar-mor uma tela representando a padroeira da autoria do pintor italiano "José Troni". Em plano inferior a família Real - pintada segundo alguns autores mais tarde, pelo pintor inglês "F. Hichey". No tecto uma pintura em moldura oval com o tema da Virgem, sendo o autor "Pedro Alexandrino de Carvalho" in MÁRIO MARZAGÃO ALFACINHA
 Rua de dona Estefânia - (Início do século XX) Foto de Joshua Benoliel ("Palácio da Bemposta" Capela e fachada principal no "Largo do Paço da Rainha") (Esta foto abre em tamanho grande) in AFML
 Rua de dona Estefânia - (Início do século XX) Foto de Joshua Benoliel (O "Palácio da Bemposta", Capela e fachada vista de outro ângulo, no "Largo do Paço da Rainha") inAFML 
Rua de dona Estefânia - (1949) Estúdios Mário Novais - (O "Palácio da Bemposta" onde está instalada a "Academia Militar" in  AFML

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XIX ]

«O PAÇO E CAPELA DA BEMPOSTA»

A «RAINHA D. CATARINA» regressou a PORTUGAL em 1693, depois de ter atravessado a FRANÇA , ESPANHA e finalmente entra em território português, onde visita várias cidades.
À sua espera encontrava-se o Rei (seu irmão) «D. PEDRO II» que a encaminhou para o "PALÁCIO DE ALCÂNTARA».
Mudou-se depois para o "PALÁCIO DOS CONDES DE REDONDO" a "SANTA MARTA", tendo ainda residido no Palácio do "Conde de Soure" na "Penha de França", mas fixou residência em BELÉM, no Palácio do "Conde de Aveiras", (depois o "Paço Real deBelém", quando "D. João V" o adquiriu em Julho de 1726), entre 1700 e 1701, enquanto aguardava a conclusão do Paço que para si mandara construir ao "CAMPO DE SANTANA" ( 1 ).
Terá sido a primeira rainha que habitou o "Palácio de Belém". Para a receberem condignamente, se mudaram os "AVEIRAS", por largos meses,  para a "QUINTA DO CORREIO-MOR".
Como necessitava de possuir uma casa sua, resolveu construí-la no «CAMPO DA BEMPOSTA» lugar pouco povoado, tinha terrenos espaçosos e de ar muito saudável e boas vistas.
Os terrenos para o Palácio e para a Quinta, foram adquiridos a diversos proprietários. A época da construção do «PAÇO DA BEMPOSTA» remonta ao século XVIII, tendo como arquitectos "JOÃO ANTUNES" (1701) e "MANUEL CAETANO DE SOUSA".
A Capela da Bemposta, dedicada a "NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO", organiza-se dentro de um rectângulo de ângulos arredondados. A nave, na qual se abrem lateralmente seis capelas, constituindo a do "SANTÍSSIMO SACRAMENTO", pela sua profundidade, uma unidade especial autónoma, ao qual se justapõe a da Capela-mor, de menor largura.
Exteriormente a Capela apresenta um corpo central e dois laterais ligeiramente recuados e coroados de platibanda. Antecede a galilé uma escadaria desdobrada em dois lanços e guarnecida de balaustrada, pontuada por fogaréus. O acesso à galilé ou átrio faz-se por uma porta em arco de volta inteira ladeada por duas alas de peito. Uma varanda central mais elevada e encimada pelas armas reais. A fachada deste corpo termina-se por frontão triangular, onde se observa um relevo representando dois Serafins adornando a virgem (do escultor "JOAQUIM BARROS LABORÃO"), encimado por cruz sobre um plinto. No átrio ladeando a porta de acesso à capela, dois nichos albergam estátuas de mármore figurando "SANTA ISABEL DE PORTUGAL" e "SÃO JOÃO BAPTISTA" (obras de "José de Almeida", concluídas por "Barros Laborão").

«D. CATARINA» faleceu em 31 de Dezembro de 1705 tendo deixado em testamento, o "PALÁCIO DA BEMPOSTA" ao Rei seu irmão. Mais tarde o Rei "D. JOÃO V", por decreto de 14 de Julho de 1707, doou à "SERENÍSSIMA CASA DO INFANTADO" todas as dependências do Palácio e a Quinta da Bemposta. Neste Palácio ou (casa do Infantado) habitaram alguns infantes entre os quais "D. FRANCISCO", irmão de "D. JOÃO V" e "D. PEDRO II", irmão de "D. JOSÉ".
Com o terramoto de 1755 o Palácio sofreu muitos danos procedendo-se de imediato à sua reconstrução. Em 1803 habitava neste Palácio e tinha a sua corte o príncipe regente «D. JOÃO», futuro Rei «D. JOÃO VI».

A família Real regressa do Brasil a 3 de Junho de 1821, e o Rei "D. João VI", que à chegada habita o Paço de Queluz, passado pouco tempo instala-se com a sua corte no «PALÁCIO DA BEMPOSTA», onde manda fazer novas benfeitorias no ano de 1822. Nos anos de 1824 e 1825 continuaram as obras no Palácio, para moradia real, sendo-lhe acrescentado vários quartos para trás da capela e para os lados do jardim.
Factos políticos foram desenrolados neste Palácio na época de "D. João VI" como sejam os decorrentes da chamada «VILAFRANCADA» e os da«ABRILADA» e ainda ser este o local onde faleceu "D. João VI" em 10 de Março de 1826.
Ainda neste Palácio esteve instalada a "JUNTA E A ADMINISTRAÇÃO" da "CASA DO INFANTADO". Os serviços da secretaria e administração da "ORDEM DE MALTA" estiveram estabelecidos em algumas dependências do «PALÁCIO DA BEMPOSTA» até à extinção daquela casa, decretada em 18 de Março de 1834. Como consequência, o Palácio e a Quinta da Bemposta são incorporados nos bens da coroa, e por decreto de 9 de Dezembro de 1850, a Rainha «D. MARIA II» destinou o Palácio e quinta à instalação da «ESCOLA DO EXÉRCITO».
( 1 ) - Trata-se do "PAÇO DA BEMPOSTA" também conhecido como "PAÇO DA RAINHA".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XX ]-A ACADEMIA MILITAR (1)»

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XX ]

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 Rua de dona Estefânia - (2012) (Uma das entradas da "Academia Militar" na "Rua de dona Estefânia" nos terrenos da "Quinta da Bemposta") inGOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (2007) (Panorâmica da "Academia Militar" junto da "Rua de dona Estefânia" na "Quinta da Bemposta") in GOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (2011) Foto de Mário Marzagão (Baixo relevo do Brasão de Armas da "Academia Militar" instalada no "Palácio da Bemposta" e seus jardins) inMÁRIO MARZAGÃO ALFACINHA
 Rua de dona Estefânia - (2010) Foto de Mário Marzagão  (Pormenor de um interior da "Academia Militar" onde estão colocados vários painéis de azulejos com motivos da 1ª Guerra 1914-1918, da autoria de "Jorge Colaço" este representando a Cavalaria, datado de 1918. Ao lado um vitral com as insígnias da "Ordem Militar de Santiago e Espada") inMÁRIO MARZAGÃO ALFACINHA
Rua de dona Estefânia - (entre 1940 e 1959) Foto de António Passaporte (A "Academia Militar" no "Palácio da Bemposta" também conhecido por "Escola do Exército" até 1959) inAFML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XX ]

«A ACADEMIA MILITAR ( 1 )»

A «ACADEMIA MILITAR» encontra-se instalada desde o ano de 1851 no «PALÁCIO DA BEMPOSTA», o «PAÇO DA RAINHA» «D. CATARINA DE BRAGANÇA» filha de«D. JOÃO IV» e casada com «CARLOS II» de INGLATERRA. Ali habitou o Príncipe Regente «D. JOÃO» e, depois da partida deste para o BRASIL, lá se instalou o "Quartel-General" da Divisão do general DELABORDE, Governador Militar de Lisboa durante a 1ª InvasãoFrancesa. Voltou a ser residência real após o regresso do BRASIL,  de «D. JOÃO VI» e nele viveu também «D. PEDRO», Regente do Reino em  nome de sua filha «D. MARIA II».
A «ACADEMIA MILITAR» é um estabelecimento de ensino superior militar destinado a formar oficiais do quadro permanente do EXÉRCITO e, mais tarde, da "FORÇA AÉREA", sucedendo nessa missão a vários outros.
A sua história remonta ao século XVII e conhecendo outras designações: «ACADEMIA REAL DE FORTIFICAÇÃO, ARTILHARIA e DESENHO (1641), fundada no contexto da «GUERRA DA RESTAURAÇÃO»; «ESCOLA MILITAR» de 1837 a 1910; «ESCOLA DE GUERRA» de 1911 a 1919; «ESCOLA MILITAR» de 1919 a 1938; «ESCOLA DO EXÉRCITO» de 1938 a 1959 e finalmente de«ACADEMIA MILITAR» desde 1959 até aosdias de hoje no mesmo local, na «QUINTA DA BEMPOSTA»(Paço da Rainha), embora com um "POLO" na cidade da «AMADORA».
Das reformas operadas na instituição durante várias anos, realçamos a do «VISCONDE DE SÁ DA BANDEIRA» "BERNARDO DE SÁ NOGUEIRA DE FIGUEIREDO", iniciado no ano de1834 que transformou a «ACADEMIA REAL DE FORTIFICAÇÃO, ARTILHARIA E DESENHO» em«ESCOLA  DO EXÉRCITO».
As "Invasões Francesas" terão eventualmente perturbado o seu funcionamento, interrompido de 1809 a 1811 e depois no ano lectivo de 1833-1834, durante as «LUTAS LIBERAIS».
Havia necessidade de uma reforma radical, reclamada por professores e alunos, em 1837.
Assim , pelo Decreto de 12 de Janeiro de 1837 por «DONA MARIA II», sendo o "Ministro dos Negócios da Guerra", o "1.º MARQUÊS de SÁ DA BANDEIRA», que deu lugar à criação d«ESCOLA DO EXÉRCITO».
Podemos distinguir três períodos na vida da «ESCOLA DO EXÉRCITO»: o primeiro, de 1937 a 1862, em que se ministravam cursos de «ESTADO-MAIOR», de«ENGENHARIA MILITAR» e de «ARTILHARIA», o de«INFANTARIA» e«CAVALARIA», além dos destinados a Engenheiros civis. Indício seguro do aparecimento da «ESCOLA DOEXÉRCITO», em vez de criação, ter representado profunda reforma do ensino superior militar, já antes existente, foi o de ela se manter nas instalações da «ACADEMIA REAL DE FORTIFICAÇÃO, ARTILHARIA E DESENHO» até um grande incêndio, em 1843, ter obrigado a transferi-la para "Rilhafoles", onde funcionava o «COLÉGIO MILITAR». Um mês depois, passou para uma propriedade no «PÁTIO PIMENTA» e, em Julho de 1844, para os terrenos onde hoje se encontra o «HOSPITAL DE SANTO ANTÓNIO DOS CAPUCHOS».
Finalmente, em 1851, instalou-se no «PALÁCIO DA BEMPOSTA» onde se mantém até hoje.
A 8 de Julho de 1853 o Palácio e a Quinta passaram a ser partilhados com o «INSTITUTO-GERAL» e a«ESCOLA REGIONAL DE AGRICULTURA», mas, verificando-se graves prejuízos para os exercícios de campo, vieram estes a abandoná-los em 1866, transferindo-se para a «TAPADA DA AJUDA». 
Em 1861, «D. PEDRO V» cedeu cerca de metade da área da "Quinta da Bemposta" para construção do «HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA», iniciada em 1865, além dos Quartéis Municipais do «CABEÇO DE BOLA» e da«BELA VISTA», bem como para algumas ruas, circundantes,  das quais destacamos a «RUA DA ESCOLA DO EXÉRCITO» e a«RUA DE DONA ESTEFÂNIA».

(CONTINUA) - (PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XXI ] -A ACADEMIA MILITAR (2)»  

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XXI ]

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 Rua de dona Estefânia - (2012) (Entrada da "Academia Militar" na parte Norte do "Palácio da Bemposta", no início da "Rua de dona Estefânia" lado Sul) in GOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (2012) (A "Academia Militar" no "Palácio da Bemposta" com uma entrada pela "Rua de dona Estefânia") inGOOGLE EARTH 
 Rua de dona Estefânia - (2010) (Terrenos da "Quinta da Bemposta" do antigo "Palácio da Bemposta" ou "Paço da Rainha", hoje campos de treino da "Academia Militar" inMÁRIO MARZAGRÃO ALFACINHA
 Rua de dona Estefânia - (1960) (Palácio da Bemposta - "Academia Militar". Painel de azulejos com cenas militares na parede do átrio, autor da obra "Jorge Colaço" datados de 1918) inAFML
Rua de dona Estefânia - (entre 1938 a 1959) Foto de Augusto Bobone (A "Escola do Exército" no "Palácio da Bemposta" no "Largo do Paço da Rainha" in AFML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XXI ]

«A ACADEMIA MILITAR ( 2 )»

O segundo período vai de 1863 a 1890. "SÁ DA BANDEIRA" tinha sido nomeado seu director em 1851, manteve-se no cargo até 1863, e passou a "Comandante" até à sua morte, em 1876, salvo nos períodos em que desempenhou as funções de "Ministro" ou "Secretário de Estado".
Em 1860 quando Ministro, efectuou nessa qualidade a reorganização da "ESCOLA DOEXÉRCITO", que a prestigiou, embora acabando por não poder acompanhar os rápidos progressos da ciência e da técnica militar então percorridos.
No terceiro período, de 1890 a 1910, procedeu-se em 1891 a nova reorganização, pretendendo elevar o nível cientifico dos candidatos a oficiais.
Passou a existir mais cursos de "Administração Militar", e o "Corpo de Alunos", incorporando todos os alunos militares a funcionar nela o internato a partir de 1901. Nesse mesmo ano foi levantada na antiga cerca do "PAÇO DA RAINHA" as edificações necessárias, cujas obras estiveram a cargo do Engº RENATO BAPTISTA.
Com a implantação da REPÚBLICA, o nome da "ESCOLA DO EXÉRCITO" mudou para "ESCOLA DE GUERRA".
Foi profunda a remodelação, devido ao aparecimento no Exército, de oficiais milicianos e à necessidade de preparar os de carreira para bem os enquadrarem e lhes servirem de exemplo, suprimindo-se o curso de "Engenharia Civil", por se ter criado em LISBOA o "INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO" e dividindo-se o curso de ARTILHARIA nos de "ARTILHARIA DE CAMPANHA" e "ARTILHARIA A PÉ".
Durante este período houve necessidade em 1916, com a entrada de PORTUGAL na 1.ª Grande Guerra Mundial (1914-1918), da reorganização de cursos reduzidos, com a duração de cinco meses de frequência efectiva e um mês para exames. A população escolar chegou a ser superior a setecentos alunos, esforço extraordinário só possível à notável acção de comando do General «JOSÉ ESTÊVÃO DE MORAIS SARMENTO". Findo o conflito, a "ESCOLA DE GUERRA" mudou de nome mais uma vez, chamando-se «ESCOLA MILITAR» de 1919 a 1938.
Aumentou a duração dos cursos para melhor se efectuar a educação militar dos alunos.
Pela reorganização de 25 de Outubro de 1926 o curso de "Estado-Maior", em vez de ministrado na "Escola Militar", passou a sê-lo na "ESCOLA CENTRAL DE OFICIAIS", então criada e acabou a existência de dois cursos de ARTILHARIA, embora um complementar, para permitir a alguns artilheiros a obtenção do diploma de engenheiro fabril.
O Decreto-Lei nº 30874, de Novembro de 1940, reorganizou a "ESCOLA MILITAR", novamente designada "ESCOLA DO EXÉRCITO". Foi criada, pela primeira vez o curso de "AERONÁUTICA", e parte do curso de "ENGENHARIA MILITAR".
Pela primeira vez também puderam ser admitidos à matricula sargentos do quadro permanente, com menos de 27 anos, que mais se distinguissem. Por Decreto-Lei nº.35 189, de 24 de Novº de 1945, foi autorizado também o ingresso aos oficiais milicianos com prolongamento permanente nas fileiras e revelada vocação militar.
Os cursos preparatórios foram integrados nos planos de ensino da "ACADEMIA MILITAR", criaram-se novos cursos, como o de "TRANSMISSÕES" para o Exército, o de Engenharia Aeronáutica para a Força Aérea e o de Engenharia Mecânica para o Exército e eventualmente para a Força Aérea, sendo eliminado o curso complementar de Artilharia.
Para a execução desta  reforma, além do "PALÁCIO DA BEMPOSTA", a«ACADEMIA MILITAR» necessitou de dispor também do aquartelamento do «ANTIGO BATALHÃO DEENGENHOS» na AMADORA, onde passaram a funcionar os cursos preparatórios e o 1º. ano do CURSO GERAL DAS ARMAS. Nestas bases funcionou a "ACADEMIA MILITAR" até ao 25 de Abril de 1974. Actualmente a «ACADEMIA MILITAR» da "QUINTA DA BEMPOSTA" é comandada por um oficial general, estando directamente dependente do "CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO".      [ FINAL ]

BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, Norberto de - Peregrinações em Lisboa- Vega - 2ª Ed. livro IV-1992-Lisboa
ATLAS da Carta Topográfica de Lisboa- sob a Direcção de Filipe Folque:1856-1858-CML
DIÁRIO ILUSTRADO - Ed. de 25 de Julho de 1877
DICIONÁRIO da História de Lisboa-(Dirc.Francisco Santana e Eduardo Sucena-1994
FACTOS E FIGURAS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL-Coord. Mafalda P.Almeida-1998-Lx.
HOSPITAIS Civis de Lisboa-Hist. do Azulejo(Veloso, A.J.Barros)-Col. Hist. Arte-1996-Lx.
LISBOA-Rev. Municipal Nº 17-1986 Ed. CML-Repartição de Acção Cultural- Lisboa
MARTINS, Rocha-Lisboa de Ontem e de Hoje-Ed. ENP-1945 - Lisboa
NOBREZA de Port. e do Brasil-A.Zuquete-Ed.Enciclopédia -1960 Lisboa
OLHARES DE PEDRA-Estátuas Portuguesas-Ed.João F. Mendes - 2004 - Lisboa
SARAIVA, José Antº. - O Palácio de Belém. Ed. Inquérito - 1985 - Lisboa
VIDAL, Angelina - Lisboa Antiga e Lisboa Moderna- Vega-2ª. Ed. 1994 - Lisboa

INTERNET



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