Quantcast
Channel: RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA
Viewing all 640 articles
Browse latest View live

RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ I ]

$
0
0
«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 1 )
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrofo -  (2009) Foto de Dias dos Reis  -  (O "LARGO BARÃO DE QUINTELA" com a estátua a "EÇA DE QUEIROZ" representando "Sobre a nudez da verdade o manto diáfano da fantasia",  com o PALÁCIO QUINTELA em fundo)   in DIAS DOS REIS
Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (1999) Foto de Alberto Peixoto no Jornal "A CAPITAL"   - (Na RUA DO ALECRIM fica o "PALÁCIO" que pertenceu a alguns dos homens mais ricos de Portugal: Quintela e o "Monteiro dos Milhões")      in  HEMEROTECA DIGITAL 
Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (195-) Foto de Horácio Novais  -  "PALÁCIO BARÃO DE QUINTELA E CONDE DE FARROBO", frente ao Largo Barão de Quintela)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in    AML 


(INÍCIO) -RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO  [ I ]

«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 1 )»

Diz-nos a história que «CRESO» foi o último REI da "LÍDIA", um território da "ASIA MENOR" (antiga ANATÓLIA), que acabou por ser conquistada pelos "PERSAS", 547 anos antes de CRISTO. E conta a tradição que «CRESO», o poderoso soberano era tão fabulosamente rico, que não tinha qualquer noção de quanto possuía ao certo, bastando-lhe meter as mãos em sacos ou em arcas para de lá retirar ouro e preciosidades em grandes quantidades.
Aconteceu que em LISBOA tivemos igualmente um «CRESO», embora não fosse rei, mas chegou a ser "BARÃO" e "CONDE"; chamava-se "JOAQUIM PEDRO QUINTELA", tendo ficado mais conhecido para a posteridade como "2.º BARÃO DE QUINTELA" e "1.º CONDE DE FARROBO" (embora na literatura Portuguesa apareça com o título de "O MILIONÁRIO DE LISBOA"). Ao dar-mos uma ideia do seu poder monetário, adiante-se já, que para não ter a maçada de se deslocar ao "TEATRO DE SÃO CARLOS" (do qual, aliás, tinha sido empresário e praticamente dono), mandou construir um pequeno "TEATRO" em sua casa nas LARANJEIRAS, cujo nome  era conhecido pelo "TEATRO TÁLIA".
Embora quando escrevemos a "RUA DAS FLORES" em 2010 (Ver mais aqui...) tivesse-mos abordado um pouco "O PALÁCIO QUINTELA",  muito ficou por dizer.
Quanto à "RUA DO ALECRIM" (de que já falámos também), RUA onde se situa o "nosso"PALÁCIO essa RUA anteriormente conhecida por "RUA ANTIGA DO CONDE", sendo somente em 1693, que esta via aparecia pela primeira vez com a designação de "RUA DIREITA DO ALECRIM".
Ora em plena "RUA DO ALECRIM", frente ao "LARGO" que usa o nome de "BARÃO DE QUINTELA"e mesmo de caras para a estátua erguida em honra de"EÇA DE QUEIRÓS" (1845-1900) (executada pelo escultor"ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES" inaugurada neste local em 1903, removido o original em pedra para o MUSEU DA CIDADE, e colocado no mesmo local uma réplica em bronze, no ano de 2011), existe um bonito Palacete com alguma história.
Os terrenos pertenciam em 1521 à CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, que os aforou e mais tarde vendidos a "DOM JORGE DE MELO", que neles edificou umas casas.
Foi essa a antepassada mais conhecida do actual "PALÁCIO QUINTELA".
Ao que parece, os primeiros proprietários não se fixaram, e terá existido problemas com a Justiça até que, já no século XVII foi o conjunto parar às mãos dos "CONDES DE VIMIOSO", mais exactamente do"4º CONDE DOM AFONSO DE PORTUGAL" (directo ascendente do VIMIOSO que, bem mais tarde, teria o célebre caso com a SEVERA). A tal ponto o CONDE ficou ligado ao local, que a "RUA" que hoje conhecemos por "ALECRIM" (nome que vem de uma "ERMIDA DE NOSSA SENHORA DO ALECRIM", teve no passado o nome de "RUA DO CONDE".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO[II]-O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 2 )».

RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ II ]

$
0
0
«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 2 )»
 Rua do Alecrim - Quintela - Farrobo - (Século XIX) Retrato a óleo sobre tela - ( (Retrato de JOAQUIM PEDRO QUINTELA - 1.º BARÃO DE QUINTELA)    in   WIKIPÉDIA 
 Rua do Alecrim - Quintela - Farrobo - (Século XIX) (Pintura de Domenico Pellegrini  -  (A família do BARÃO de Quintela ) (Colecção Particular)  in   WIKIPÉDIA
Rua do Alecrim - Quintela - Farrobo - (Início de 1910) Foto de Joshua Benoliel)  -  (O Palácio do Barão de Quintela na Rua do Alecrim, 56-72)  (ABRE EM TAMANHO GRANDEin   AML 

(CONTINUAÇÃO)-RUA DO ALECRIM - QUINTELA - FARROBO [ II ]

«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 2 )»

Em 1726, eram ainda os "VIMIOSOS" os donos das casas. Entretanto aconteceu um enorme incêndio e tudo ficou em ruínas.
Desinteressaram-se então  aqueles fidalgos do local e não quiseram reedificar as casas. Assim, possivelmente por um preço menor, foram o terreno e as ruínas adquiridos por um negociante "ANDRÉ COSTA BARROS". Este, porém, limitou-se a conservar a posse do sítio para a vender depois por bom preço.
E assim entra na história o primeiro "QUINTELA""LUÍS REBELO QUINTELA"Desembargador de agravos da "CASA DA SUPLICAÇÃO", que mandara edificar o "PALÁCIO QUINTELA" sobre as ruínas das casas destruídas.
Em 1787, já o palácio se encontrava com a configuração actual, podendo mesmo dizer-se, estava erguido.
"LUÍS REBELO QUINTELA" faleceu sem descendência directa, deixou o PALÁCIO a um sobrinho "JOAQUIM PEDRO QUINTELA". Este familiar que seria o "1.º BARÃO DE QUINTELA" nasceu em LISBOA a 20 de Agosto de 1748 e faleceu igualmente  em LISBOA a 1 de Outubro de 1817, filho de "VALÉRIO JOSÉ DUARTE PEREIRA", Cavaleiro e fidalgo da CASA REAL etc., e de sua mulher "DONA ANA JOAQUINA QUINTELA".
"JOAQUIM PEDRO QUINTELA" foi fidalgo da CASA REAL por (alvará de 06.05.1795) do Conselho da RAINHA DONA MARIA I,Conselheiro da Fazenda, Senhor de VILA DE PRÉSTIMO (Comarca de AVEIRO) ALCAIDE-MOR de SORTELHA,Comendador do FORNO DE PALHAVÃ, na ORDEM DE SÃO TIAGO, Cavaleiro professoda ORDEM DE CRISTO.
Foi uma das grandes fortunas do seu tempo, deixando o seu nome intimamente ligado à vida financeira do fim do século XVIII, passagem para o século XIX. Associa o seu estatuto de negociante de grosso trato das praças de LISBOA, com o de abastado proprietário na zona da ESTREMADURA, chegando a constituir MORGADO, por escritura , em 1801, vinculando propriedades avaliadas em mais de 400 contos de réis, quantia para a data elevadíssima e expressiva do poder económico dessa família, que será uma das grandes do mundo financeiro português do século XIX.
Este 1.º BARÃO DE QUINTELA ampliou e enriqueceu muito o PALÁCIO da RUA DO ALECRIM.(Ver mais aqui...).
Como alguns dos grandes capitalistas do seu tempo, tem a sua fortuna ligada a importantes actividades monopolista, de que participa como contratador. Encontra-se o seu nome ligado ao contrato dos TABACOS, que foi fonte de importantes rendimentos financeiros do ESTADO que fez enriquecer, como ele, outros grandes capitalistas  de onde se destacam os "PINTO BASTOS" . 

(CONTINUA)-(PRÓXIMA)«RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO[ III ] O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 3 )»

RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ III ]

$
0
0
«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 3 )»
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo- (1813) - Pintura de Domingos Sequeira (Museu Nacional de Arte Antiga)  -  (JOAQUIM PEDRO QUINTELA FARROBO 2.º BARÃO DE QUINTELA e 1.º CONDE DE FARROBO)   in   WIKIPÉDIA
 Rua do Alecrim-QUINTELA-FARROBO - (191-) foto de Joshua Benoliel - Negativo de gelatina e prata em vidro)  -  (O PALÁCIO do BARÃO DE QUINTELA e CONDE de FARROBO na antiga freguesia da ENCARNAÇÃO)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE in   AML
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo- (2009) - (Réplica em bronze da estátua a "VERDADE" de ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES, com a figura de EÇA DE QUEIROZ, na frente do PALÁCIO QUINTELA)  in    RUAS DE LISBOA 
Rua do Alecrim_Quintela-Farrobo-  (2010)  -  (Traseiras do "PALÁCIO QUINTELA" que deitam para a "RUA ANTÓNIO MARIA CARDOSO", 31 a 35  e  37-37A)  in  CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA


(CONTINUAÇÃO)-RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ III ]

«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 3 )»

«JOAQUIM PEDRO QUINTELA" - 1.º BARÃO DE QUINTELA», foi ainda contratador dos Diamantes e do contrato do azeite de peixe e baleia. As suas actividades estendem-se ainda ao sector industrial, onde deixa o seu nome ligado à Industria de Lanifícios, através da exploração das fábricas de Lanifícios da COVILHÃ e do FUNDÃO. a 17 de Agosto de 1805 é agraciado com o título de BARÃO. Das famílias Capitalistas que marcaram as primeiras décadas do século XIX, a dos QUINTELAS foi sem dúvida a mais polémica e de vida financeira mais atribulada.

As suas actividades políticas financeiras e sociais foram amplamente discutidas e comentadas na época, projectando o seu nome para além da dimensão da fortuna que foram detendo. Foi mais do que qualquer dos seus pares do grande capital um homem que projecta o seu nome na vida social do seu tempo. A sua família, contudo, como todas as outras, com excepção da dos "PINTO BASTOS", constituiu uma fortuna que não conseguiu sobreviver ao desenrolar do século XIX, por se dissipar, deixando frequentemente atrás de si um rasto sumptuário que foi causa do desaparecimento de algumas fortunas.

Finalmente seu filho, também de nome "JOAQUIM PEDRO QUINTELA" - 2.º BARÃO DE QUINTELA e a partir de 1833, 1.º CONDE DE FARROBO, tendo nascido neste edifício, deu ao PALÁCIO maior esplendor de que há memória. "PINHEIRO CHAGAS" chamava-lhe "O CONDE DE MONTE CRISTO da vida real".

Como era usual o primeiro BARÃO mercê dos fabulosos negócios que fazia como proprietário de navios e exclusivo importador e exportador de produtos dos portos da ÁSIA (como o CHÁ em lugar de destaque), arranjou grande fortuna. Seu filho encarregar-se-ia de dissipar a fabulosa fortuna.

O primeiro BARÃO DE QUINTELA adquiriu o terreno fronteiro ao PALÁCIO, com a intenção de o transformar num LARGO e assim aconteceu, circulando pelo LARGO teria melhor acesso com os "COCHES"às suas CAVALARIÇAS, além disso dava uma dinâmica urbanística à RUA DO ALECRIM, e modificava a perspectiva em relação à frontaria do PALÁCIO. Este LARGO  que tem o seu nome, inaugurado por volta de 1788, veio realçar a fachada principal do PALÁCIO, dando-lhe uma dimensão muito maior, aumentando-lhe a sua grandeza. Nas traseiras do PALÁCIO tem uma saída para a RUA ANTÓNIO MARIA CARDOSO (antiga RUA DO TESOURO VELHO) com um extenso muro alto e 3 portas normais com os números 31 a 15, e um portão com moldura representando o número 37.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO[ IV ] O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 4 )».

O 25 DE ABRIL DE 2018

$
0
0
«FELICITAÇÃO»

É IMPORTANTE QUE NÃO DEIXEM MURCHAR O CRAVO QUE ABRIL FLORIU!

E VIVA O 25 DE ABRIL...

RUA DO ALECRIM-QUINTE-FARROBO [ IV ]

$
0
0
«PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 4 )»
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo- (1933) (Fotógrafo não identificado, Arquivo do jornal "O SÉCULO")  -  (O "PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA e CONDE DE FARROBO" na Rua do Alecrim 56-72)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE in LISBOA DO ANTIGAMENTE
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo-(Foto possivelmente do século XX)  -  (Fachada do Palácio do Barão de Quintela e 1.º Conde de Farrobo na Rua do Alecrim)  in  DIRECÇÃO-GERAL DO PATRIMÓNIO CULTURAL
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo- (ant. a 1893) Foto de Francisco Rocchini  -  (Fachada principal do "PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA" )   in      AML
Rua do Alecrim-Quinte-Farrobo- (entre 1955-1970) Foto de Artur Pastor  (O Palácio dos Barões de Quintela, visto do Largo Barão Quintela)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML 


(CONTINUAÇÃO)-RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ IV ]

«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 4 )»

Ainda da fachada principal do "PALÁCIO QUINTELA", temos no pano central ligeiramente avançado, rasgam-se no primeiro registo, ladeando o portal principal, duas janelas de moldura, inscrita de perfil abatido, com marcação da pedra de fecho por mísula simples.
O portal de perfil em volta-perfeita, estendendo-se à altura do segundo registo, insere-se em pano de muro, de definição rectangular, forrado a cantoria de junta esquadriada, onde se adossam pilastras de fuste liso, cujos capitéis se confundem com a definição das mísulas, nestas apoia-se a varanda de vão de sacada que sobrepuja o portal; ao centro marca-se o fecho do arco com mísula adornada por sulcos verticalizantes, prolongando-se até ao mascarão de suporte da varanda superior.
No segundo registo rasgam-se, ladeando o portal, duas janelas de peito de moldura e perfil recto simples, inscrita em moldura de perfil recto recortado. 
O terceiro registo, corresponde ao andar nobre, conta com três janelas de sacada, abrindo para a varanda corrida de molduração recta nos extremos e ondulada ao centro, servida por guarda de ferro forjado, assente em mísula, decoradas por sulcos paralelos que, se prolongam para o andar inferior. Ainda sobre o terceiro registo, desenvolve-se um piso em ático - que se prolonga por todos os panos da fachada e fachada laterais - revestido a cantaria, e enquadrado superior e inferiormente por cornija, onde se rasgam pequenas janelas com moldura de perfil recto. Coroando o pano central, dispõe-se frontão triangular, ladeado por acrotérios onde assentam fogaréus, emoldurado por friso de cantaria no centro do qual se rasga um óculo.

O Palácio é um exemplar de arquitectura pombalina caracterizado por um ecletismo de matriz "neo-barroca";"neo-clássica"e"pré-romantismo", de planta rectangular simples, com dois pequenos pátios inferiores do mesmo formato, a que se adossa um corpo também rectangular correspondente às antigas cocheiras, possuindo um pórtico de acesso no Jardim murado.

Mas voltemos ao palacete em 1807, quando ali se hospedou o general "JUNOT", o Comandante da "primeira invasão francesa".  E, como foi senhor todo-poderoso até ser expulso, outro remédio não haveria se não dar-lhe pousada.
Os "QUINTELAS", proprietários da casa, andariam por outras paragens, já que se sabe que, depois da revolução de 1820, ali estabeleceu quartel-general o General "CABREIRA". E em 1833 a casa foi alugada ao CÔNSUL DE FRANÇA "LESSEPS" de seu apelido, tio de "FERDINAND DE LESSEPS", que viria a ser o construtor do CANAL DO SUEZ e que ali trabalhou também em funções de adido.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO[ V ]O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA( 5 )».                                 

RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ V ]

$
0
0
«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 5 )»
 Rua do Alecrim -Quintela-Farrobo - (2016) Foto de Luís Varela de Almeida  - (Fachada do antigo "PALÁCIO QUINTA", hoje "PALÁCIO CHIADO")   in     OITAVA COLINA
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo- (2016) Foto de autor não identificado  -  (Interior do antigo Palácio Quintela, hoje Palácio Chiado, na Rua do Alecrim)   in   PALÁCIO CHIADO
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (2016)  -  (Escadaria principal do Palácio Quintela, hoje Palácio Chiado)  in   LISBON LUX
Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (2016) -foto de Joana Balaguer -  (Interior do antigo Palácio Quintela parte da escadaria que dá acesso ao andar nobre, hoje PALÁCIO CHIADO)   in  CIDADES DE PORTUGAL 

(CONTINUAÇÃO)-RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO  [ V ]

«O PALÁCIO DOS BARÕES DE QUINTELA ( 5 )

A partir de meados da década de 30 do século XIX, o "2.º BARÃO DE QUINTELA E l.º CONDE DE FARROBO" fez do PALÁCIO sua sede, lá tendo morrido em 1869. Foi nesses anos que o Edifício e os Jardins conheceram a fase áurea a que já fiz referencia. 
Quando o "CONDE DE FARROBO" expirou, já a sua fortuna estava moribunda e o esplendor de outrora já se tinha apagado. Assim, a casa próxima do CHIADO esteve alugada ao GRÉMIO LITERÁRIO por um tempo e acabou por ser adquirida por outro Milionário "MENDES MONTEIRO", o«MONTEIRO DOS MILHÕES», comprara em 1870 a casa que fora de outros ricaços.
Por herança, o PALÁCIO foi parar à família "DAUN e LORENA" (POMBAL), pelo que alguns começaram a chamar «PALÁCIO POMBAL» ao edifício. O nome de "QUINTELA" (até pela vizinhança do LARGO) ou o de"FARROBO" tinha, no entanto, ficado muito vincado ao sítio.

Por volta de 1937, foi o palacete alugado a uma casa de leilões, a "CASA LIQUIDADORA"( 1 ), que começou com o nome de BAZAR CATÓLICO e que teve sede na "AVENIDA DA LIBERDADE, (esquina com a RUA DO SALITRE). Já em tempos mais próximos, esteve ali a funcionar um "INSTITUTO DE ARTES VISUAIS - DISIGN E MARRKETING", fundado pelo escritor "ANTÓNIO QUADROS" e continuado por "ANTÓNIO FERRO"(neto).

O "PALÁCIO QUINTELA" no coração da cidade, que a partir do meio de Fevereiro de 2016, este palácio da RUA DO ALECRIM conhecia novos inquilinos e outro título na fachada... "PALÁCIO CHIADO".
No seu interior vamos encontrar um conceito novo de Restaurante, dividido pelos seus antigos (mas bonitos) aposentos, dizendo os promotores: "Onde se come como NOBRE E SENHOR".Nasceu no CHIADO um novo espaço gastronómico. O qual dispõe de sete Restaurantes no seu interior e de um bar que promete fazer recuar os clientes até ao século XVIII: são envolvidos por vitrais, escadarias e frescos. Podendo lá degustar, Sushi, Ostras, Carne Wagyu ( 2 ), Cockteilse petiscos tradicionais portugueses"[Fonte:PIECES OF MOMENTS].

- ( 1 ) - A "CASA LIQUIDADORA"foi um famoso antiquário e Leiloeiro de LISBOA, situada na AVENIDA DA LIBERDADE. Tem a sua origem no BAZAR CATÓLICO, inicialmente estabelecido em CASCAIS por"JOSÉ PEDRO DA CRUZ LEIRIA" e mais tarde transferido para a RUA DE SÃO BENTO, depois para a RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA. Em finais de 1892, correspondendo ao sucesso obtido, muda-se para a Av. da Liberdade, 31, onde fazia leilões todas as noites.[Fonte: A FOLHA DE LISBOA, 31.12.1893]. Tendo em 1937 também conhecido este "PALÁCIO QUINTELA".

- ( 2 ) - CARNE WAGYU - (A CARNE MAIS TENRA DO MUNDO) - O termo significa "VACA JAPONESA" criada na província de "HYOGO", JAPÃO. Diz-se que os animais recebem massagens diariamente, dadas pelos seus criadores, para que a gordura se possa distribuir por toda a carne de forma harmoniosa e uniforme, que também lhes dão cerveja e vinho de arroz para beber e que ouvem MOZART nos seus estábulos.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO[ VI ]-O CONDE DE FARROBO E AS LARANJEIRAS ( 1 )».

RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ VI ]

$
0
0
«O CONDE DE FARROBO E O PALÁCIO DAS LARAJEIRAS ( 1 )»
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo- (1823) Pintado por Jean-Paul Delorme -  (Retrato de "DONA MARIANA CARLOTA LODI" esposa do "PRIMEIRO CONDE DE FARROBO"  in   WIKIPÉDIA
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (1867) ?  - ("1.º CONDE DE FARROBO - JOAQUIM PEDRO QUINTELA FARROBO"- (1801-1869)    in  RESTOS DE COLECÇÃO
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (191_) Foto de Joshua Benoliel ( O PALÁCIO DO BARÃO DE QUINTELA , na RUA DO ALECRIM)  (ABRE EM TAMANHO GRANDEin AML 
Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (2010)  -  (Antigo "PALÁCIO QUINTELA" entrada para os JARDINS)  in  CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

(CONTINUAÇÃO)-RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ VI ]

«O CONDE DE FARROBO E O PALÁCIO DAS LARANJEIRAS ( 1 )»

"JOAQUIM PEDRO QUINTELA" foi  "2.º CONDE DE QUINTELA" e "1.º BARÃO DEFARROBO", nasceu em LISBOA (no PALÁCIO  da RUA DO ALECRIM) a 11.12.1801 e faleceu no mesmo local, a 24.09.1869.
Grande proprietário, opulento capitalista e um dos homens mais notáveis do seu tempo, pelo  talento, pela sua distinção e pelas suas notáveis qualidades pessoais e méritos artísticos, recebeu esmerada educação, em que a música teve lugar de relevo.

Diga-se, entretanto, que o gosto de FARROBO pela música não era mero diletantismo. Foi casado em primeiras núpcias com "MARIANA CARLOTA LODI", que era filha do primeiro empresário do "TEATRO DE SÃO CARLOS". Ganhou tal gosto, que aprendeu canto, tocava vários instrumentos; violoncelo, contrabaixo e trompa, onde segundo consta, neste último era realmente exímio. 
Foi, por tudo isso, grande colaborador do célebre compositor e maestro "JOÃO DOMINGOS BOMTEMPO", na"SOCIEDADE FILARMÓNICA" por este fundada.
O "CONDE DE FARROBO", dispondo de avultada fortuna, organizou em sua própria casa uma orquestra e banda, educando nesse sentido os seus numerosos servidores, contratando mestres de música para esse efeito, tudo debaixo das suas vistas e direcção.

Tinha perdido o pai em 1817 e ainda lhe restava enorme fortuna, iniciou uma faustosa existência no seu PALÁCIO , nas ESTRADA DAS LARANJEIRAS, à vizinhança do JARDIM ZOOLÓGICO, que, aliás, foi instalado, em parte de terrenos adquiridos à casa daquela CONDE e mecenas.
Logo no começo da ESTRADA, fica o "PALÁCIO DAS LARANJEIRAS", hoje do ESTADO.  O  CONDE começou por mandar edificar ali uma espécie de casa de campo, residência de arrabalde, provida, como lhe convinha, de tudo quanto era comodidade e luxo no tempo. O gás de iluminação teve ali a sua estreia.
As festas naquele lugar realizadas eram o paraíso, daqueles que, nos dias de hoje, formariam um requintado "JET SET".

"TINOP", delicioso cronista das mundanidades lisboetas, garantia que ali «entre o luxo inteiramente assírio, governava a distinção, a graça, uma diplomacia coroada de rosas».

O "CONDE DE FARROBO" na época do maestro JOÃO DOMINGOS BOMTEMPO, acabou por ser empresário do "SÃO CARLOS", financiado muitas vezes do seu bolso as companhias que ali se exibiam. Dirigiu ainda o CONSERVATÓRIO NACIONAL".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [VII]-O CONDE DE FARROBO E O PALÁCIO DAS LARANJEIRAS(2)».

RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ VII ]

$
0
0
«O CONDE DE FARROBO E O PALÁCIO DAS LARANJEIRAS»
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo- ( 1999) -  Foto de Alberto Peixoto  -  (No recinto do "Palácio das Laranjeiras", ergue-se um pequeno teatro de ópera também conhecido por "TEATRO THÁLIA"  in  A CAPITAL
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (1943) Foto de Eduardo Portugal   -  Fachada do Palácio do Conde de Farrobo, na Estrada das Laranjeiras)   in    AML 
Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (2005)  Foto de APS   -  (Início da RUA DO ALECRIM no século XXI ao fundo à direita o "PALÁCIO QUINTELA" de finais do século XVIII)  in ARQUIVO DE APS

(CONTINUAÇÃO)-RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FERROBO[ VII ]

«O CONDE DE FARROBO E O PALÁCIO DAS LARANJEIRAS( 2 )»

Junto ao "PALÁCIO DAS LARANJEIRAS" que o "CONDE DE FARROBO" mandou edificar, para seu prazer e para evitar o incómodo de ir a "SÃO CARLOS", um pequeno "TEATRO"para"ÓPERA"  e CONCERTOS, conhecido (na época) pelo "THÁLIA"( 1 ), cujas festas e representações ficaram célebres nos anais do TEATRO PORTUGUÊS e da alta elegância lisboeta.
A primeira récita de que há notícia foi a 14.03.1825, com a ópera de SAVERIO MERCADANTE, "IL CASTELLO DEGLI SPIRITI"e "COSTANZA", cantadas normalmente por amadores. No "TEATRO DAS LARANJEIRAS", onde obviamente só se entrava por selecto convite, foi estreada uma obra-prima do teatro português: nada menos do que o "FREI LUÍS DE SOUSA" de GARRETT.  e, no tocante ao "bel canto", bastará talvez dizer que só entre 1834 e 1853 ali subiram à cena 18 óperas.
"FARROBO" não olhava a despesas: no CARNAVAL DE 1858, por exemplo, apeteceu-lhe por em cena, no seu teatro, a ópera cómica "LA FANCHONNETTE", com libereto de "JULES HENRI V. DE SAINT GEORG (1799-1875) e música de "LOUIS CLAPISSON". Ora quem cantava a dita obra na perfeição era uma cantora que, pelo apelido, seria Luso- francesa, "MIOLAN-CARVALHO". Sem problemas ofereceu-lhe 30 mil francos, o que , na época, constituía fortuna apreciável. E ia estourando de raiva porque a artista, embora muito lhe apetecesse o prémio, não podia quebrar o contracto que tinha em PARIS.
Teve o fidalgo lisboeta, contudo, algum azar com uma escolha, ao contratar um maestro privativo para o seu "TEATRINHO DAS LARANJEIRAS". Em MILÃO, indicaram-lhe duas hipóteses: a primeira era a da um músico que estava a ter muito êxito, mas a quem convinha mudar de ares por questões políticas; o outro candidato poderia seu um sujeito com algum futuro, mas que tivera há pouco um fracasso no "TEATRO SCALA"."FARROBO" convenceu o primeiro a vir para LISBOA. Chamava-se "ANGELO FRONDONI". O rejeitado dava pelo nome de "GIUSEPPE VERDI". (O tão conhecido VERDI em PORTUGAL).
Os tempos, no entanto, não corriam de feição a estas manifestações artísticas em consequência das lutas políticas (entre irmãos D. PEDRO e D. MIGUEL, as chamadas "Lutas Liberais") que dividiam os portugueses.
O "CONDE FARROBO" abraça a causa "CONSTITUCIONAL" e para a defender assentara praça em 09.04.1821 no REGIMENTO DE CAVALARIA DOS VOLUNTÁRIOS DO COMÉRCIO, para ser na mesma data promovido a Coronel.
Quando. em 1828 "DOM MIGUEL" se proclama "REI ABSOLUTO", o 2.º BARÃO DE QUINTELA e 1.º CONDE DE FARROBO, mais se entregou à causa constitucional. Em 1831, o Governo de DOM MIGUEL decretou um empréstimo forçado ao "CONDE DE FARROBO", embora este se tenha recusado a contribuir para ele. 

- ( 1 ) -TEATRO  THÁLIA - situado no complexo das Laranjeiras, é um edifício na posse do ESTADO desde o século XIX, recuperado pela Secretaria-Geral para fins científicos e culturais, prioritariamente dos organismos da Ciência, Tecnologia e Ensino e de Educação, mas também da Comunidade em geral, através da utilização.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO[VIII]-O CONDE DE FARROBO E O PALÁCIO DAS LARANJEIRAS( 3 )»    

RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO[ VIII ]

$
0
0
«O CONDE DE FARROBO E O PALÁCIO DAS LARANJEIRAS ( 3 )»
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo- (Século XIX) Foto de Thomas L. Rence  -  (O CONDE DE FARROBO vestido para uma caçada)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  WIKIPÉDIA
 Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - (Século XX) Autor não identificado )  -  (Início da "RUA DO ALECRIM" rua que está inserido o antigo "PALÁCIO QUINTELA"  in  Jornal A CAPITAL
Rua do Alecrim-Quintela-Farrobo - ( 2005) - Foto de APS  -  (Um aspecto da RUA DO ALECRIM, o prédio em construção com o traço do Arquitecto SISA VIEIRA, ao fundo no lado direito o antigo (PALÁCIO QUINTELA), hoje "PALÁCIO CHIADO".   in  ARQUIVO/APS

(CONTINUAÇÃO)-RUA DO ALECRIM-QUINTELA-FARROBO [ VIII ]

«O CONDE DE FARROBO E O PALÁCIO DAS LARANJEIRAS ( 3 )»
Por decreto do Governo de "DOM MIGUEL", o "CONDE DE FARROBO" foi exautorado de todos as honras, privilégios e direitos, e teve de fugir, para não ser preso, a bordo de um navio inglês, tendo conseguido fase-lo fardado de oficial da marinha daquele país, misturado num grupo com vários oficiais do navio e senhoras convidadas para ir a bordo.
A amizade dos INGLESES permitiu-lhe arvorar a bandeira no seu PALÁCIO da RUA DO ALECRIM. Entre este e o navio, um telégrafo de sinais ia dando conta à família  e amigos, das notícias do CAMPO LIBERAL que ali chegavam. A posição precária de "DOM PEDRO" fazia hesitar os capitalistas, cujo reembolso dependia da vitória dos LIBERAIS, a arriscar grandes somas a favor daquilo que parecia votado ao insucesso. Resolveu um emissário de DOM PEDRO ir a bordo falar com "JOAQUIM PEDRO QUINTELA, "CONDE DE FARROBO", o qual generosamente e sem hesitar, pôs imediatamente 30,000 libras esterlinas à disposição de DOM PEDRO.
Deve o facto ter chegado ao conhecimento da polícia de DOM MIGUEL, pois logo se seguiu, em ABRIL de 1832, um Decreto que o obrigava a sair de LISBOA em 24 horas, o que o forçou a vender precipitadamente todos os seus bens imóveis a "LORDE WILLIAM RUSSEL", seu amigo e a esconder-se em casa do súbdito inglês "DIOGO CARLOS DUFF", sob o nome suposto de «MR. SMITH». Apesar das elevadas recompensas prometidas pelo governo MIGUELISTA a quem o entregasse, conseguia manter-se no seu esconderijo, pois só três pessoas, além do dono da casa, sabiam a verdadeira identidade de "MR. SMITH": o criado "JOÃO ALEMÃO", INÁCIO HIRSCH" e um carteiro de nome "JOAQUIM". 
As coisas iam de mal a pior para os LIBERAIS e"LORD WILLIAM RUSSEL fez avisar "JOAQUIM PEDRO QUINTELA", por intermédio de seu sogro, FRANCISCO LODI", da situação, aconselhando-o a não comprometer mais a sua fortuna, por uma causa que ele reputava perdida. Este facto só se tornou público por morte do "CONDE DE FARROBO" (JORNAL DO COMÉRCIO DE 26.10.1869).
Com uma dedicação sem limite à causa CONSTITUCIONAL, não só não seguiu o aviso, como resolveu pôr toda a sua fortuna ao serviço do IMPERADOR, mobilizando na praça de LONDRES os créditos necessários.
Diz-nos o amigo "JOSÉ NORTON" no seu livro "O MILIONÁRIO DE LISBOA", pág. 8: "Enquanto investigador do passado, não me deixa de causar estranheza que, sobre um homem com a dimensão pública de FARROBO, tenha caído um tão pesado silêncio a que acresce uma flagrante ausência de registos documentais. Atribuo essa circunstância a duas situações que, especulando, faço por adivinhar: um sentimento de culpa colectiva por o ESTADO ter traído aquele que foi, na prática, o salvador, do «LIBERALISMO»; e o desconforto da família perante a brutal derrocada que a casa QUINTELA sofreu depois da sua norte".

Depois da vitória de DOM PEDRO IV elevou "FARROBO"à grandeza do Reino como ""CONDE" tendo escolhido a data do aniversário de DONA MARIA II, para tal mercê. Passou a PAR do REINO"2.º Senhor da VILA DE PRÉSTIMO e 2.º ALCAIDE-MOR de SORTELHA e várias condecorações.
As despesas excessivas de tão faustosa vida e alguma infelicidade em negócios, começaram a abanar a brilhante posição financeira de FARROBO. A perda de uma demanda intentada contra ele pelo capitalista "MANUEL JOAQUIM PIMENTA", que lhe tomara o monopólio do TABACO, que o CONDE recebera em recompensa dos serviços pecuniários à CAUSA DA CARTA e da RAINHA, veio dar o golpe final. Durou o processo 30 anos, e o CONDE foi condenado a pagar mais de mil contos de réis.
Nas "LARANJEIRAS" o PALÁCIO muito danificado, praticamente em ruínas e talvez à espera de um mecenas equiparável ao seu fundador.       O "TEATRINHO" ainda  lá    está.    [ FINAL ]

BIBLIOGRAFIA

- ARAÚJO, Norberto de - PEREGRINAÇÕES EM LISBOA - LIVRO XIII -2.ª Ed. 1993-LISBOA.
- DICIONÁRIO ILUSTRADO DA HISTÓRIA - Editado Pub. ALFA - VOL. I e II 1986- LISBOA.
- NOBREZAS DE PORTUGAL E DO BRASIL - Direcção de A.Eduardo M. Zuquete-Editorial Enciclopédica, LDA.-RIO DE JANEIRO-LISBOA - VOLUMES II e III - 1960 - 1961.
- O MILIONÁRIO DE LISBOA - de JOSÉ NORTON - Pub. DOM QUIXOTE - 2009 - LISBOA.
- OLHARES DE PEDRA - A Global Notícias Publicações S.A. - 2004 - LISBOA

INTERNET

- ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA - AML 
- DIRECÇÃO-GERAL DO PATRIMÓNIO CULTURAL
- LISBOA DE ANTIGAMENTE  (Blogue)
(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ I ] - ENQUADRAMENTO DA CALÇADA, PALÁCIO e MERCADO CHÃO DE LOUREIRO»

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ I ]

$
0
0
«ENQUADRAMENTO DA CALÇADA, PALÁCIO E MERCADO CHÃO DE LOUREIRO»
Calçada do Marquês de Tancos - ( 2018 ) (Desenho adaptado da COSTA DO CASTELO - sem escala- APS- LEGENDA:-1)CALÇADA DO MARQUÊS DE TANCOS; -2)PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS-3)MERCADO DE CHÃO DE LOUREIRO; - 4)IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO).  in  ARQUIVO/APS 
 Calçada Marquês de Tancos - (1979) - (Fachada lateral vista geral à direita a Rua da COSTA DO CASTELO, à esquerda a CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS  in  MONUMENTOS - SIPA
 Calçada Marquês de Tancos - ( 195-) Foto de Eduardo Portugal - Pormenor de uma água-tinta, animada por ZUZARTE, representando a IGREJA DE SÃO CISRÓVÃO(27), a IGREJA DE SÃO LOURENÇO(28), o PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS(26) e uma parte da Muralha do CASTELO DE SÃO JORGE)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in   AML
Calçada Marquês de Tancos - (Depois de 25.10.1951) Foto de Vasco Gouveia de Figueiredo  -  (O MERCADO DE CHÃO DE LOUREIRO, com um lado virado para a CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS)   (ABRE EM TAMANHO GRANDEin   AML 


(INÍCIO)-CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ I ]

«ENQUADRAMENTO DA CALÇADA, PALÁCIO E MERCADO CHÃO DE LOUREIRO»

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS" integrada no BAIRRO histórico da MOURARIA na convergência da COSTA DO CASTELO, começa na RUA DA COSTA DO CASTELO, 21 e termina
no "LARGO DE SÃO CRISTÓVÃO no número três. Pertencia à freguesia de SÃO CRISTÓVÃO E SÃO LOURENÇO, hoje pela REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012, passou a pertencer à freguesia de"SANTA MARIA MAIOR".
De feitura íngreme a "CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS" quem sobe de "SÃO CRISTÓVÃO"para a COSTA DO CASTELO, já teve outros nomes (conforme os seus residentes mais destacados), assim se chamava na época "TRAVESSA Q VAY DO ADRO DA IGREJA P.ª a COSTA), mais tarde "RUA DA COSTA" e "CALÇADA DO CONDE DE ATALAIA". 
São convergentes a esta "CALÇADA", no lado direito e esquerdo o "LARGO ATAFONA" e ligado por escadaria à "TRAVESSA DO CHÃO DE LOUREIRO".

Este BAIRRO faz parte do núcleo de "SÃO CRISTÓVÃO" cujo pólo é a "IGREJA DE SÃOCRISTÓVÃO" estando esta CALÇADA implantada num terreno de acentuado declive e de forma irregular, inserido num triângulo onde ocupa praticamente um quarteirão, ficando adossado a Oeste ao "RECOLHIMENTO DE SÃO CRISTÓVÃO" e a um prédio de habitação com frente para esta CALÇADA, prédio sobre o qual se estende um amplo terraço correspondente ao andar nobre (piso 4) do "PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS" cuja fachada marcadamente horizontal, de linhas sóbrias, rasgada por fileiras e vão rectangular, apresenta uma decoração exterior simples, concentrada apenas no andar nobre, que exibe janelas de sacada com guardas de ferro transformados, conserva-se grande parte do recheio artístico original, destacando-se o espólio azulejar composto por painéis de finais do século XVII e meados do séc. XVIII, notável pela sua diversidade, qualidade pictórica e iconografia. 

As fachadas NE e SO, regulares, acompanham o alinhamento da via pública, a entrada principal faz-se a Noroeste, através de um pátio protegido por extenso muro, destacando-se a Sudoeste, a importante fachada do PALÁCIO  virada para o RIO.

No espaço fronteiro ergue-se o "MERCADO DO CHÃO DE LOUREIRO". Em cima no vértice do triângulo, ponto onde convergem as ruas "MARQUÊS DE TANCOS" e "COSTA DO CASTELO", forma-se um recanto calcetado, protegido por gradeamento.

O "PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS", de planta irregular desenvolvida a partir da fachada de SO, aquele enorme edifício que domina a cidade do alto da "COSTA DO CASTELO"é um dos palácios que sobreviveram ao Terramoto de 1755.
O edifício tem 5 pisos com áreas desiguais resultante da adaptação ao declive. Os pisos 3 e 4 correspondem às zonas de maior superfície; o piso 4 (andar nobre) é o único que articula o edifício com o espaço a NE (cota mais alta) ao nível da via pública, definido pelo pátio murado e fachada urbana contígua.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUÊS DE  TANCOS[ II ] -O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 1 ).

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ II ]

$
0
0
«O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 1 )
 Calçada Marquês de Tancos - (2011)  -  ("PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS" na Calçada com o mesmo nome , freguesia de SANTA MARIA MAIOR)  in  SIPA-MONUMENTOS
 Calçada Marquês de Tancos  -  (2011)  -   (Palácio Marques de Tancos, portão do pátio de acesso ao andar nobre)   in  SIPA-MONUMENTOS
 Calçada Marquês de Tancos - (entre 1898 e 1908) Machado & Sousa - (PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS nos séculos XIX princípio de XX)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in  AML 
Calçada Marquês de Tancos -  Foto de Eduardo Portugal (1900-1958) (Possivelmente da segunda década do século XX)  -  (Parte baixa da CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS, podendo ainda se ver, a cúpula da IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML 

(CONTINUAÇÃO) - CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ II ]

«O PALÁCIO MARQUES DE TANCOS ( 1 )»

As coberturas do «PALÁCIO» são diferenciadas, com telhados de 2, 3 e 4 águas, revelando a disposição horizontal dos volumes. A extensa fachada SO, é animada horizontalmente pelas fileiras de janelas de parapeito no 3.º piso e de sacada com guarda de ferro no andar nobre; no piso 5 destaca-se uma fiada de janelas cegas que correspondem ainda às salas de pé-direito duplo do piso 4.º. Nas extremidades NO e SE duas janelas com varandas de ferro, correspondem a sala do piso 5. Os pisos Térreos, a SO, com portas e janelas correspondem a lojas e oficinas que o ocuparam, são revestidos por cantaria aparelhada.
Não se poderá dizer, com justiça, que seja de extraordinária beleza. Trata-se antes de uma imponente massa arquitectónica, com um aspecto de solidez e sobriedade, uma amostra de boa cantaria, residindo o seu encanto exterior sobretudo nas 15 janelas.
De qualquer forma, o edifício compensa em história qualquer carência que eventualmente se lha aponte no que respeita à formosura.
Para a história ser mais completa, diga-se que há notícias deste PALÁCIO desde tempos recuados.
No século XVI mais exactamente em 1539 já existia naquele local uma modesta CASA NOBRE que pertencia a"DOM ANTÓNIO DE ATAÍDE" (1500-1563), 1.º CONDE DE CASTANHEIRA. Sua filha "DONA JOANA DE ATAÍDE"casou com"DOM NUNO MANUEL" 2.º SENHOR DE ATALAIA, DE SALVATERRA E DE TANCOS. No início do século 17 aqui residiu o 1.º CONDE DE ATALAIA, "DOM FRANCISCO MANUEL DE ATAÍDE"é possivelmente o responsável pela transformação da casa Quinhentista num PALÁCIO. Novas ligações, por casamentos, dos titulares levaram a que o PALÁCIO fosse indicado em finais do século XVII, como a casa do CONDE DE "VALE DE REIS".
A família era a mesma e, entretanto, já no século XVIII o 6.º CONDE DE ATALAIA foi honrado com o título de «MARQUÊS DE TANCOS», "DOM JOÃO MANUEL DE NORONHA" (1679-1761) ( 1 ), que ampliou e restaurou o PALÁCIO . Estava encontrado, de forma mais ou menos definitiva, o nome do PALÁCIO e da CALÇADA que o serviu.
Irmão do 1.º MARQUÊS DE TANCOS era "DOM JOSÉ MANUEL DEÃO" da SÉ PATRIARCAL, elevado em 1734 a CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA.

Chega o Terramoto de 1755. O PALÁCIO estava habitado, mas escassos foram os danos sofridos. Assim, depois do sismo, continuou a ser ali a morada dos MARQUESES DE TANCOS.
Mantiveram-se estes no PALÁCIO até ao 4.º FIDALGO com esse título, "DOM DUARTE MANUEL", que era também 9.º CONDE DE ATALAIA. Na segunda metade do século XIX, tudo se iria transformar. 

- ( 1 ) -MARQUÊS DE TANCOS, título criado pelo REI DE PORTUGAL "DOM JOSÉ I", em 22 de Outubro de 1751, a favor de "DOM JOÃO MANUEL DE NORONHA" (1679-1761) e 6.º CONDE DE ATAÍDE-


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUES DE TANCOS[ III ] O PALÁCIO MARQUES DE TANCOS ( 2 )»  

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ III ]

$
0
0
«O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 2 )»
 Calçada Marquês de Tancos - ( 2011 )  - (Fachada principal do "PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS" na COSTA DO CASTELO)  in  MONUMENTOS-SIPA
 Calçada Marquês de Tancos - (2011)  -  (Interior do Palácio, sala revestida com silhares de azulejos)  in  MONUMENTOS-SIPA
 Calçada Marquês de Tancos -  (1961) Foto de Armando Maia Serôdio  - (Palácio Marquês de Tancos, na Calçada Marquês de Tancos. Painel de Azulejos no interior do Palácio)  in    AML 
Calçada Marquês de Tancos - (1945) Foto de Eduardo Portugal  -  (Antiga casas dos criados da Casa de TANCOS, ao fundo a Abóbada da Igreja de São Cristóvão)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML 


(CONTINUAÇÃO)-CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ III ]

«O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 2 )»

"DOM JOSÉ MANUEL" CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA, irmão do 1.º MARQUÊS DE TANCOS, tendo vivido alguns anos no PALÁCIO, um ano antes do Terramoto de 1755, deixou de viver no PALÁCIO. Antes, seu irmão pedira o alargamento das RUAS de acesso, em especial da "CALÇADA" para facilitar a subida íngreme das carruagens. Apeado o casario circundante, foi reconstruído o edifício, dando-lhe o aspecto grandioso da residência dos "ATALAIAS"e"TANCOS", onde habitou, até meado de oitocentos, o 10.º CONDE DE ATALAIA "DOM LUÍS PEREGRINO DE ATAÍDE (1700-1758).
No interior do PALÁCIO (apesar dos espaços terem sido sucessivamente transformados) destaca-se ainda o ANDAR NOBRE, cuja entrada a NE se faz por amplo átrio rectangular que conduz aos salões virados ao RIO, tendo todas as divisões silhares de azulejos de composição figurativa, conservando grande parte do recheio artístico original com destaque para o espólio azulajar por painéis de finais do século XVII a meados do séc. XVIII.

A Noroeste as salas têm dimensões mais reduzidas e convergem para uma sala semi-circular - ORATÓRIO - que abre para o terraço também revestido de azulejos. Dezenas de painéis formando silhares revestem as paredes dos vários pisos do edifício, destacando-se o piso 4 (ANDAR NOBRE). Na sua maioria são painéis monocromos  - azul de cobalto em fundo branco, de padrão, figura avulsa, composição ornamental ilustrando episódios das "METAMORFOSES" de "OVÍDIO", da"ILÍADA"de HOMERO, caçadas, cenas galantes e  campestres. 
É ainda no andar nobre que os antigos salões são ornamentados com silhares de azulejos, vendo-se uma série de quatro painéis a ornamentar uma das aulas, nelas fugurando, no topo e no centro as armas dos MANUÉIS.

Diz-nos o Mestre NORBERTO DE ARAÚJO nas suas "PEREGRINAÇÕES A LISBOA": "essas renques de casas defronte do PALÁCIO, na RUA que desce a S. CRISTÓVÃO, (presentemente) melhoradas de aspecto, acusam construção antiga e oferece um aspecto de certo modo gracioso; foram em tempos moradas de criados da casa de TANCOS".

CURIOSIDADE


Do LATIM vulgar"CALCIATA", «CALÇADA»é uma RUA pavimentada com material duro ou uma ladeira íngreme, aludindo às vias romanas, sendo uma toponomenclatura muito frequente em PORTUGAL e na GALIZA, onde é chamada de "CALZADA". Da CALÇADA deriva CALÇADINHA de menores dimensões. [Fonte: TOPONÍMIA DE LISBOA]


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS[ IV ]O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 3 )».

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ IV ]

$
0
0
«O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 3 )
 Calçada Marquês de Tancos - (1968) Foto de Armando Madureira  -  (Um troço da Calçada Marquês de Tancos, com o Palácio à esquerda e o Marcado Chão de Loureiro à direita) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in    AML 
 Calçada Marquês de Tancos - (1912) - Foto de Joshua Benoliel  -  (Novas instalações do Registo Civil, no edifício do Palácio Marquês de Tancos)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML 
Calçada Marquês de Tancos -  ( 1970 ) Foto de João Hermes Cordeiro Goulart  - (O Palácio Marquês de Tancos na actual freguesia de SANTA MARIA MAIOR)   in     AML 

(CONTINUAÇÃO)-CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ IV ]

«O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 3 )»

O comerciante "MANUEL ALVES DINIS" adquiriu, já no terceiro quartel do século XIX o "PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS", já em algum estado de ruína. Ficaram para trás pelo menos três séculos de vida fidalga, com saraus, recepções, partidas e chegadas de coches e "berlindas"( 1 ). 
O seu interior foi adaptado a prédio de rendimento, passando a seu alugado a várias instituições. O seu novo proprietário procedeu a obras de conservação e passou a alugar, piso por piso, todas as salas.
Curiosamente , os estabelecimentos de ensino passaram a ter ali morada quase privilegiada. Foi o caso do célebre "COLÉGIO DAS HUMANIDADES" dirigido pelo padre FERNANDO CICOURO, instalado no piso térreo em 1839, funcionou naquele local até 1893. O mesmo se diga de um "CENTRO DE EDUCAÇÃO DO POVO".
A família TANCOS que ainda ocupava o andar nobre até cerca de 1865, retirou-se do PALÁCIO que entrou em regime de inquilinato.

No andar NOBRE funcionaram também, sucessivamente a "ESCOLA COMERCIAL VEIGA BEIRÃO"de 1919 a 1941, (depois instalada no"LARGO DO CARMO") e a"ESCOLA COMERCIAL PATRÍCIO PRAZERES" ( hoje edificado um novo estabelecimento de ensino de raiz no "ALTO DO VAREJÃO). A "ESCOLA PRIMÁRIA N.º 19 e depois N.º 10 ganharam ali raízes.
Duas Associações, uma profissional e outra cívica, escolheram também para sede o PALÁCIO: a velha"ASSOCIAÇÃO DOS CAIXEIROS"e a"ASSOCIAÇÃO DO REGISTO CIVIL".

A arte andou por ali: a pintura teve lugar de honra, já que de 1925 a 1950 morou "CARLOS BOTELHO", onde criou o seu"ATELIER DA COSTA DO CASTELO" que, entre muitas outras obras magnificas, nos legou algumas telas com o panorama que avistava das suas janelas sobre LISBOA e o RIO. Nas antigas Cocheiras, foram ocupadas por diversas oficinas.
A MÚSICA também esteve representada neste PALÁCIO durante anos: assim  aconteceu com a "ACADEMIA MUSICAL DE AMADORES"(actual)"ACADEMIA AMADORES DE MÚSICA"e com a"TUNA COMERCIAL DE LISBOA"que deu concertos em vários teatros da cidade.
A "ASSOCIAÇÃO DE MORADORES" ocupa parte do andar nobre e ai instala um CLUBE DE HALTEROFILIA; o partido MRPP ocupa igualmente o edifício no N.º 70.

Em 1980 a família de MANUEL ALVES DINIS vende o PALÁCIO à CML, em 1987 a CML cede os pisos 4 e 5 à "COMPANHIA DE DANÇA DE LISBOA"(CDL); em 1992 a "CDL" cria um projecto de recuperação da antiga residência e atelier do pintor CARLOS BOTELHO, no ano de 2006 em 22 de Agosto existe um parecer da DRC de LISBOA para definição da BAIXA POMBALINA e imóveis classificados na sua área envolvente.
Em 10 de Outubro de 2011 o "CONSELHO NACIONAL DE CULTURA" propõe o arquivamento de definição da zona especial de Protecção. A 18 de Outubro do mesmo ano, um despacho do Director do IGESPAR a concordar com o parecer e a pedir novas definições de ZONA ESPECIAL DE PROTECÇÃO.

- ( 1 ) -BERLINDAS - Carro antigo, parecido com uma carruagem. Possuindo quatro rodas e eram bem rápidos para a época (1670). Concebido na Alemanha para FREDERICO GUILHERME I, a carruagem ficou com o nome da capital desse país nessa altura. 


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS[ VII ]MERCADO DE CHÃO DE LOUREIRO E O ESTACIONAMENTO DA EMEL ( 1 )».

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ V ]

$
0
0
«A IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO ( 1 )»
 Calçada Marquês de Tancos - (26 de Fevereiro de 2003) Foto de HIPERSYL)  -  (Fachada principal da Igreja de São Cristóvão no Largo de São Cristóvão)   in   WIKIPÉDIA
 Calçada Marquês de Tancos - (24.10.1901) Foto de Machado & Sousa )  -  (A Igreja de São Cristóvão visto do lado da Calçada do Marquês de Tancos) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)in  AML 
Calçada Marquês de Tancos - ( 1944 ) foto de Horácio Novais - (Fachada da Igreja de São Cristóvão no LARGO DE SÃO CRISTÓVÃO)  in   AML 


(CONTINUAÇÃO) - CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ V ]

«A IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO ( 1 )»

A «IGREJA DE SÃO  CRISTÓVÃO» situada na "LARGO DE SÃO CRISTÓVÃO", de Arquitectura religiosa, maneirista e barroca. IGREJA PAROQUIAL que se enquadra na tipologia do final do século 17 Português. Foi construída  na primeira metade do século XVIII. De frontaria robusta e de linhas simples, dividida por pilastras, decoração concentrada no pórtico, janelas janelas simples e vão rectangular, a coroa-la um frontão triangular de linhas diversas ladeadas por duas torres sineiras.
Mais metro menos metro onde outrora se erguem uma outra, remonta à época ISLÂMICA, quando os Moçárabes de LISBOA aqui tiveram a sua Sede, sob a invocação de "SANTA MARIA DE ALCAMI; possivelmente do século XII.
O edifício obviamente alterado, foi  reconstruido ao longo dos séculos, tem por base uma construção antiga.  Reformas alteraram a sua fisionomia original e no século XVIII deu-se a construção que chega até aos nossos dias.

Desta forma, das primícias pouco ou nada resta; tinham já sido várias as remodelações efectuadas até chagar o fatídico 1 de Novembro de 1755. Os sismos do século XVI devem ter provocado danos. Há notícias de grandes obras em 1609 e 1610 e em 1655. No entanto o Terramoto do século XVIII provocou danos no templo, tendo, nomeadamente, caído parcialmente as duas torres sineiras. Seguiu-se a reconstrução, concluída em 1783. A versão não foi ainda definida: a IGREJA actual é do século XIX (entre 1839-1846), conservando as linhas mestras, que serão as do século XVII.
Com a reconstrução seiscentista da IGREJA, alterou a feição primitiva, de que restam as nervuras das abóbadas na capela-mor e as grossas paredes do corpo central, com mais de dois metros de espessura. É um dos poucos momentos do século XVIII, da área de LISBOA.
De linhas simples da elegante fachada barroca, aliás ultimamente libertada de um balcão-adro de dupla escadaria escadaria, com recinto gradeado, que encostava ao portal principal encimado por nicho onde aloja a imagem de "SÃO CRISTÓVÃO".

Na fachada Norte, outro portal do mesmo estilo, tem na parte superior, a seguinte inscrição: CHRISTOPHORUM /  SENET ONERI SEDES TENET IPSE /  SONANTEM /  EST ONERI SEDES UTRAOP RVQS VO.

Junto à CAPELA-MOR existem 2 lápides, uma de cada lado com a seguinte inscrição: "ESTA CAPELLA HE DA /  IRMANDADE DO SANTI- / SSIMO SACRAMENTO /  DESTA IGREJA E A FIZE / RAM À SUA CUSTA OS IR / MÃOS DELLA E  SE ACA- /  BOU NO ANNO DE 1671".  -  "A QUAL CAP.ª LHES DERAO /  OS RDOS POR E BENDOS DES- / IGRA COM AS CLAVSV- / LAS E CONDOCOES DA / ESCRITA FTA NAS NOT-/ TAS DO TAM  AURELIO / MIRANDA EM 13 DE SETEMBRO DE 1672 ANNOS".


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS[ VI ]A IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO ( 2 )»

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ VI ]

$
0
0
«A IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO ( 2 )»
 Calçada Marquês de Tancos - (Entre 1890 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia  ( A IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO, no lado esquerdo em baixo a placa das "ESCADINHAS DE SÃO CRISTÓVÃO", ainda na frente da entrada principal da IGREJA os pilares de suporte do gradeamento agora modificado) (ABRE EM TAMANHO GRANDEin   AML 
Calçada Marquês de Abrantes  - (26.11.1901) - Machado & Sousa -  (A Igreja primitiva remonta talvez a finais do século XII, moçárabe, denominada IGREJA DE SANTA MARIA DE ALCAMIM. No século XVII, foi objecto de alterações significativas que lhe alterou a sua feição primitiva, Passando a chamar-se  "IGREJA DE S. CRISTOVÃO".  No séc. XVIII, resistiu globalmente ao terramoto de 1755. (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML 
Calçada Marquês de Tancos  -  ( entre 1900 e 1958)  Foto de Eduardo Portugal  -  Pormenor do Tecto pintado da IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO)  ( ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 


(CONTINUAÇÃO)- CALÇADA  MARQUÊS DE TANCOS [ VI ]

«A IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO ( 2 )»

O corpo da"IGREJA" de uma só nave, começa por chamar a atenção a exuberância dos dourados e pinturas. Tão vasta é a talha e tantas são as pinturas que bem pode dizer-se não sobra uma amostra de parede.
O tecto é raro em IGREJAS lisboetas; plano ao centro e a cair em curvas suaves, apresenta pinturas independentes, arrumadas por painéis de diversas formas, sendo a Eucaristia o tema mais focado.
Nas paredes, serão de realçar as telas emolduradas de talha dourada e atribuídas à escola de BENTO COELHO DA SILVEIRA. Alguns quadros representam passos da vida de SÃO CRISTÓVÃO. E a imagem do orago, de bom tamanho, feito de madeira, está no altar-mor, com a representação habitual do vigoroso Santo com o MENINO JESUS quase sobre o ombro. 
É de olhar a galeria interior, com três varandas de cada lado e mais duas na Capela-Mor. E outro anexo, à Capela dos MIRANDAS, onde se encontram túmulos de membros dessa família e alguns bons frisos de azulejos. 
No corpo anexo, a Sul existiu a CAPELA DOS MIRANDAS que foi utilizada pela referida "IRMANDADE DO SANTÍSSIMO"  desde o 3.º quartel seiscentista, podendo desde então ter-se consumado a deslocação dos túmulos que ali se encontravam, que foram encaixados na parede, onde se acumulam debaixo de um arco, constituindo singular necrópole e opulento lapidário. Um túmulo se mantém no piso de cantaria rebaixado em relação ao do corpo central, com lápide sepulcral de brasão dificilmente identificável. A extensa inscrição tumular do bispo DOM FERNANDO MIRANDA, que centra o conjunto parietal, está escrita em 12 linhas minúsculas caracteres góticos e regista os feitos do que foi criado e capelão-mor de  "DOM AFONSO V", a quem acompanhou na tomada de ARZILA e em outras campanhas, e que, pela sua virtuosa vida, quis o monarca se mudasse ao estado clerical, vindo a ser capelão-mor de "DOM JOÃO II", o qual o fez BISPO DE VISEU".
Outro facial da área tumular, sobrejacente, é o túmulo do avô de DOM FERNANDO, DOM MARTINHO, ARCEBISPO DE BRAGA, que foi conselheiro de"DOM JOÃO I e governador de DOM DUARTE, como inscreve o "epitáfio" de cursivo gótico, que revela este "avoengo"MIRANDA como militar, antes de se tornar clérigo, e que faleceu em 1416.
Esta capela está revestida de azulejos de vários tipos do século XVII, tal como acontece em lambris do corpo central da IGREJA, servindo até os azulejos seiscentistas para combinação insólitas de azulejamento aplicado nas paredes da escadaria que dá acesso às TORRES e ao CORO, como nas paredes deste. 
A actual "IGREJA PAROQUIAL DE SÃO CRISTÓVÃO"já teve outras designações aolongo dos séculos:"IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO" /  IGREJA MATRIZ DE SÃO CRISTÓVÃO / IGREJA DE SÃO CRISTÓVÃO E SÃO LOURENÇO".
Está considerada pelo DGPC - IIP- Imóvel de Interesse Público desde (27.08.1944).


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS[ VI ]-MERCADO CHÃO DE LOUREIRO E ESTACIONAMENTO DA EMEL-( 1 )»

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ VII ]

$
0
0
«O MERCADO DO CHÃO DE LOUREIRO E ESTACIONAMENTO DA "EMEL" ( 1 )»
 Calçada Marquês de Tancos - (1951) Foto de Mário de Oliveira  -  (Mercado do Chão de Loureiro no tempo que pertencia à freguesia de SÃO CRISTÓVÃO E SÃO LOURENÇO") (ABRE EM TAMANHO GRANDE)    in   AML 
 Calçada Marquês de Tancos - ( ant. 1951) foto de Armando Maia Serôdio -  (Obras de Construção do Mercado Chão de Loureiro)  ( ABRE EM TAMANHO GRANDEin   AML 
 Calçada Marquês de Tancos - 1947  - (O Projecto de Implantação do "MERCADO CHÃO DE LOUREIRO" do arquitecto JOSÉ DE LIMA FRANCO. Este projecto tem a particularidade de nos mostrar os lotes que foram anexados e o valor das suas indemnizações) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in    RESTOS DE COLECÇÃO
Calçada Marquês de Tancos - (depois de 2011)  - (A Esplanada panorâmica no topo do -antigo Mercado  Chão de Loureiro- hoje Edifício da EMEL, possivelmente uma atracção de grande relevo para o Turismo.  in    RESTOS DE COLECÇÃO

(CONTINUAÇÃO)-CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ VII ]

«O MERCADO CHÃO DE LOUREIRO E O ESTACIONAMENTO DA "EMEL" ( 1 )»

O "MERCADO CHÃO DE LOUREIRO" situado entre o "LARGO DA ATAFONA", "CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS"e "LARGO CHÃO DE LOUREIRO" com projecto do Arquitecto "JOSÉ DE LIMA FRANCO", foi inaugurado em 25 de Outubro de 1951, pelo PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, TENENTE-CORONEL ÁLVARO SALVAÇÃO BARRETO.
O "DIÁRIO DE LISBOA" no mesmo dia à tarde dava a notícia da abertura oficial ao público do novo MERCADO  no "CHÃO DE LOUREIRO". " Abrem hoje pela primeira vez, (...) o aspecto desta praça abastecedora é simplesmente admirável (...) com os seus cinco pavilhões em lances panorâmicos".
No projecto de instalação da obra do "MERCADO CHÃO DE LOUREIRO" foram necessárias algumas expropriações, sendo uma delas parte dos jardins ao antigo "PALÁCIO DE SÃO CRISTÓVÃO", onde tinha acontecido o casamento da Infanta "DONA LEONOR", filha de EL-REI D. DUARTE", com o"IMPERADOR ALEMÃO FREDERICO III". Estava-se em Agosto de 1451.
No ano de 1913 o PALÁCIOé adquirido pela "ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS DOS EMPREGADOS DO COMÉRCIO" cuja sua existência permanece desde 12 de Abril de 1872.

Ainda foram necessárias mais algumas demolições de casas em ruínas (para a realização do projecto do Mercado), entre o "BECO DA ATAFONA" e na "CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS". Algumas das casas demolidas tinham sido habitadas pelos antigos criados da "CASA DE TANCOS" nesta cidade.
O MERCADO funcionou regularmente durante várias décadas, até que começou a aparecer outras superfícies comerciais com mais poder de atracção ao lisboeta.  E assim veio decaindo, ficando depois alguns anos votado ao abandono.
No entanto, no final da primeira década deste século, a CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA conjuntamente com a sua associada "EMEL", começaram a recuperar e transformar, para que no espaço pudesse funcionar um PARQUE DE ESTACIONAMENTO para automóveis.
Era então anunciado que um novo PARQUE localizado no centro histórico de LISBOA, no antigo "MERCADO DO CHÃO DE LOUREIRO", iria disponibilizou um total de 192 lugares de estacionamento 31 dos quais preparados para o abastecimento de veículos eléctricos e 5 lugares para deficientes. Um espaço para um supermercado que foi concessionado ao "GRUPO JERÓNIMO MARTINS" com a marca "PINGO DOCE", sendo o único naquela localidade.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS[ VIII ]«O MERCADO CHÃO DE LOUREIRO E O ESTACIONAMENTO DA EMEL ( 2 )». 

CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ VIII ]

$
0
0
«O MERCADO CHÃO DE LOUREIRO E ESTACIONAMENTO DA "EMEL" (2)»
 Calçada Marquês de Tantos - (depois de 2011)  -  (Edifício EMEL , antigo Mercado do Chão de Loureiro, saída de viaturas para o "LARGO DA ATAFONA")   in   RESTOS DE COLECÇÃO 
 Calçada Marquês de Tancos - (23.10.1951) -Foto de Firmino Marques Costa  -  (O Edifício do "MERCADO CHÃO DE LOUREIRO" aquando da inauguração no "LARGO CHÃO DE LOUREIRO")  (ABRE EM TAMANHO GRANDEin  AML
 Calçada Marquês de Tancos - (2009)   -   (Nesta altura ainda se procedia à sua remodelação para os fins a que se destinava)      in   GOOGLE EARTH
 Calçada Marquês de Tancos - (depois de 2011)  - (Aspecto do "Restaurante ZanBeZe" dentro do Edifício da "EMEL" no antigo "MERCADO DO CHÃO DE LOUREIRO")  in RESTOS DE COLECÇÃO
Calçada Marquês de Tancos - (2011)  -  (Publicação no JORNAL PÚBLICO de 01.04.2011 anunciando o ELEVADOR PANORÂMICO de acesso ao CASTELO DE SÃO JORGE)  in PÚBLICO

(CONTINUAÇÃO)- CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ VIII ]

«O MERCADO CHÃO DE LOUREIRO E ESTACIONAMENTO DA "EMEL" ( 2 )

O Restaurante e cafetaria designada por "ZamBeZe RESTAURANTE", que inclui esplanada e foram concessionados ao "GRUPO VISABEIRA", que implementou um novo conceito de cozinha tipicamente lisboeta, onde impera a Portugalidade, dando os painéis de azulejos,da autoria de PAULO OSSIÃO, as loiças são do artista RAFAEL BARDALOPINHEIRO e os serviços da VISTA ALEGRE, prevendo-se a sua abertura para 2011.


Era publicado no jornal "O PÚBLICO de 01.04.2011" em letra-garrafal de título o seguinte: 
"Depois de muitos anos votado ao abandono o edifício do «MERCADO DO CHÃO DE LOUREIRO» foi recuperado para parque automóvel da EMEL".
"Estava previsto para MARÇO mas só em JUNHO é que o novo edifícodo "MERCADO DO CHÃO DE LOUREIRO" junto ao "LARGO ADELINO AMARO DA COSTA",(antigo LARGO DO CALDAS),  em LISBOA estará a funcionar, com o elevador panorâmico de acesso ao "CASTELO DE SÃO JORGE" e um parque de estacionamento para viaturas. Nesse mês vai abrir também o SUPERMERCADO no rés-do-chão. e o Restaurante/cafetaria no topo do edifício, cuja exploração já está concessionada. 
O elevador que sobe até à "COSTA DO CASTELO" será de acesso livre a residentes em LISBOA - os turistas terão de pagar - além deste equipamento, haverá um percurso pedonal com outro elevador, entre a BAIXA-CHIADO e o CASTELO DE SÃO JORGE".

E finalmente a"EMEL" - EMPRESA PÚBLICA MUNICIPAL DE ESTACIONAMENTO DE LISBOA".anunciava a inauguração a 2 de Junho de 2011, do "PARQUE MUNICIPAL DO CHÃO DE LOUREIRO", mantendo a arquitectura original.

A EMEL comunicava também que este parque incluirá além de um parque de estacionamento, com um piso para abastecimento de veículos eléctricos,  um Super Mercado, Restaurante/cafetaria no último piso e elevador panorâmico. [ FINAL ] .

BIBLIOGRAFIA

- ARAÚJO, Norberto de - PEREGRINAÇÕES EM LISBOA - Livro III - 1992-LISBOA.
- DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE LISBOA - Direcção de Francisco Santana e Eduardo Sucena- 1994 - LISBOA.
- NOBREZA DE PORTUGAL E DO BRASIL - Direct. AFONSO ED. M. ROQUE - 2 e 3 Vol- Editorial Enciclopédica - LISBOA - 1960-1961.  

INTERNET

- REVELAR LX

- WIKIPÉDIA


(PRÓXIMO)«JARDIM FERNANDO PESSA [ I ]-Fernando Pessa mereceu um JARDIM com seu nome em Lisboa (1)»

JARDIM FERNANDO PESSA [ I ]

$
0
0
«FERNANDO PESSA MERECEU UM JARDIM COM SEU NOME, EM LISBOA ( 1 )
 Jardim Fernando Pessa - (2012) - (Nesta ano de 2012 faria 112 anos; recordando Fernando Pessa, foi o 1.º  locutor da ex-EN, fez o 1.º directo a partir da FEIRA POPULAR DE LISBOA para a RTP, foi repórter de guerra, a partir da BBC, em Londres)  in   SIMÃO, ESCUTA
 Jardim Fernando Pessa - (2015) Foto de Meeseeks -  (Algumas esculturas no Jardim Fernando Pessa) ( ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in   WIKIPÉDIA
Jardim Fernando Pessa -  (2011)  Foto de João Carvalho - (Um aspecto do Jardim FERNANDO PESSA, junto do parque infantil)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in WIKIMÉDIA


(INÍCIO) - JARDIM FERNANDO PESSA [ I ]

FERNANDO PESSA MERECEU UM JARDIM COM SEU NOME, EM LISBOA ( 1 )

O "JARDIM FERNANDO PESSA", pertence à freguesia do AREEIRO, fica entre a AVENIDA DE ROMA e as traseiras dos prédios da AVENIDA MADRID e da AVENIDAJOÃO XXI, com entrada pela AVENIDA DE ROMA (Junto ao FÓRUM LISBOA, antigo CINEMA ROMA) e por túnel na RUA CERVANTES
 Foi aprovado pelo EDITAL MUNICIPAL de 16 de Dezembro de 2004, que crismou o "JARDIM FERNANDO PESSA", adjacente ao FÓRUM LISBOA.
"FERNANDO PESSA" nasceu no dia 15 de Abril de 1902 e faleceu em LISBOA a 29 de ABRIL de 2002 com a bonita idade de 100 anos. Filho de um médico militar, concluiu o ensino secundário e tentou ingressar na carreira militar, como oficial de Cavalaria.
Rebentou a I GRANDE GUERRA MUNDIAL ( 1914-1918). Existia nessa altura oficiais em excesso e só era admitido quem frequentasse o COLÉGIO MILITAR DE LISBOA.
"FERNANDO PESSA" foi um dos maiores comunicadores deste País, homem cuja voz começou a ser conhecida muito antes do dono e dava pelo nome de "FERNANDO PESSA", registou-se um caso raro: em frente da  casa onde viveu durante longos anos, mesmo ao lado do agora "FÓRUM LISBOA", perto da"AVENIDA DE ROMA", foi plantado um JARDIM. Não tinha nome próprio era apenas o "JARDIM AO LADO DO FÓRUM".
O próprio pessoa tinha transformado aquele espaço numa espécie de ginásio de uso pessoal: lá se exercitava na bicicleta até bastante para além dos 90; por lá gostar de andar a pé, na sua marcha ritmada. Tudo se conjugou pois para que LISBOA pudesse ter um gesto de gentileza para com a memória do homem a quem , para ser alfacinha, só faltou ter nascido em LISBOA.
Na realidade o seu nome completo é «FERNANDO LUÍS DE OLIVEIRA PESSA», nasceu na actual freguesia de VERA CRUZ,  no CONCELHO DE AVEIRO. O JARDIM ganhou assim o nome do locutor e jornalista ( que tanto popularizou a expressão  "E ESTA HEI!?), para tudo estava em conformidade, a baptizado teve lugar numa sexta feira, 15 de Abril de 2005, dia em que teria completado 103 anos, marca que não atingiu por pouco.

Não nos podemos alhear nem haverá qualquer exagero em dizer que a comunicação. no século, foi, em PORTUGAL, marcada por FERNANDO PESSA.
Na verdade, começou por ser um dos primeiros locutores da rádio nos anos 30, na então nascente EMISSORA NACIONAL.  Tendo seguido para LONDRES, com destino à BBC, em 1938, lá apanhou todo o período da II GRANDE GUERRA MUNDIAL, notabilizou-se então com a voz que no meio do bombardeamento e toques de alarme, conseguia transmitir mensagens de esperança recheada do optimismo possível.

Regressado a PORTUGAL, fez de tudo um pouco, trabalhando essencialmente em rádios privados, já que não lhe foi aberta a porta da E.N:   

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«JARDIM FERNANDO PESSA[ II ]-FERNANDO PESSA MERECEU UM JARDIM COM SEU NOME EM LISBOA ( 2 )».

DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES

$
0
0
«O 10 DE JUNHO»






LUÍS VAZ DE CAMÕES faleceu neste dia no ano de 1580, possivelmente o maior poeta da língua PORTUGUESA de todos os tempos. Deixa-nos o seu livro "OS LUSÍADAS" para que possamos meditar...

O País homenageia esta data, não deixando de lembrar todas as COMUNIDADES PORTUGUESAS espalhadas pelo Mundo.
--//--
                               Um soneto de CAMÕES que muito gosto.

Alma minha gentil, que te partiste 
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousas lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

     Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,   
      Não te esqueças daquele amor ardente
   Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te     
Alguma cousa a dor que me ficou  
     Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

      Roga a DEUS, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te
Quão cedo de meus olhos te levou.  

FERREIRA, Joaquim - COLECÇÃO - PORTUGAL - SONETOS DE CAMÕES - Editorial DOMINGOS BARREIRA - PORTO s/data.  
--//--

JARDIM FERNANDO PESSA [ II ]

$
0
0
«FERNANDO PESSA MERECEU UM JARDIM COM SEU NOME EM LISBOA ( 2)»
 JARDIM FERNANDO PESSA  - ( 2017)  -  (Reportagem de capacetes usados por Fernando Pessa usados na II Guerra Mundial expostos em LONDRES)   in   DIÁRIO DE NOTÍCIAS
 Jardim Fernando Pessa -  ( 2017 )  -  (Placa Toponímica TIPO IV no Campo de Jogos do JARDIM FERNANDO PESSA)    in    FREGUESIA DO AREEIRO
Jardim Fernando Pessoa -  ( 2015 ) Autor LIJEALSO  -  (Jardim FERNANDO PESSOA cuja Administração está entregue à CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA)  ( ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in  WIKIPÉDIA


(CONTINUAÇÃO) - JARDIM FERNANDO PESSA [ II ]

«FERNANDO PESSA -  MERECEU UM JARDIM COM SEU NOME EM LISBOA ( 2 )

"FERNANDO PESSA" usando um estilo  descontraído e simples, que não era de forma alguma incompatível nem com a cultura que possuía nem com a irrepreensível postura que exibia em todos os lugares, foi aproveitado pelo CINEMA para ser a voz de "inúmeros documentários", que eram apresentados antes dos filme principal se iniciar.
Sóbrio e sério quando necessário, sabia no entanto meter a sua mordacidade subtil sempre que podia.
Chegada a TELEVISÃO, em 5 de Março de 1957, juntou popularidade a voz e a sua própria imagem. Da  entrevista à apresentação de programas, passando pelos seus trabalhos preferidos ( as reportagens no exterior), embora só tenha entrado para os quadros da RTP em 1976,  já com 74 anos de idade.
A sua faceta de «SERVIÇO A LISBOA» traduzia-se no envio de "BILHETES POSTAIS" visíveis e sonoros, dirigidos na maioria dos casos ao Presidente da Edilidade, mas onde os destinatários, podiam ser também quaisquer entidade que pudessem remediar, quantas situações anómalas se lhe deparassem. FERNANDO PESSA apareceu em cima de um pedestal que esteve no CAMPO GRANDE e do qual tinha sido retirada a estátua do MARECHAL CARMONA, ficando assim sem qualquer utilidade. Fez-se filmar também em frente do sinal que apontava a direcção da TORRE DE BELÉM, mas de cuja inscrição já tinha desaparecido o "M" final e o arco inferior do "B"(passando a "P"), pelo que a seta apontava a «TORRE DE PELÉ» (Antigo jogador Brasileiro muito famoso na modalidade de futebol).
"FERNANDO PESSA" avisava para os perigos, buracos, ruínas iminentes , percorria a cidade apontando as mazelas da época.

"JOÃO SOARES", quando Presidente da CÂMARA, prestou-lhe a merecida homenagem. A actual vereação, por recomendação da COMISSÃO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA, deu o nome do locutor e jornalista (que, trabalhando quase até aos cem anos de idade, foi durante longo tempo o mais antigo profissional da Comunicação a nível Mundial), ao JARDIM inaugurado em 2004, com uma área de 1,4 hectares, tendo um equipamento de parque infantil e equipamentos de "FITNESS".

Diz-nos o "JORNAL DE NOTÍCIAS" que: "a cerimónia do descerramento de uma placa toponímica tipo IV, no dia em que o jornalista fazia anos, tendo contado com as presenças de sua viúva, vice.Presidente da CML Eng.º CARMONA RODRIGUES, e da vareadora ANA SOFIA BETTENCOURT (autora da proposta n.º 945/2004 aprovada nos Paços do Concelho de LISBOA, em 25 de Novembro de 2004), e vários colegas de profissão".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«JARDIM FERNANDO PESSA [ III ]"CEM ANOS DE COMUNICAÇÃO (EXCERTOS"».
Viewing all 640 articles
Browse latest View live


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>