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Channel: RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA
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LARGO DE ANDALUZ [ II ]

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«O LARGO DE ANDALUZ ( 2 )»
 Largo de Andaluz - (2014) - ( O local onde está instalado o "CHAFARIZ DE ANDALUZ" com a sua frente virada para a "RUA DE SANTA MARTA")  in   GOOGLE EARTH
 Largo de Andaluz - (2008) - Foto de autor não identificado - (Lápide do espaldar do "CHAFARIZ DE ANDALUZ", com as armas de PORTUGAL e de LISBOA) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in  WIKIPÉDIA
 Largo de Andaluz - (1984) -Foto de autor não identificado - (O aspecto do "CHAFARIZ DE ANDALUZ", sendo um dos mais antigos de LISBOA, remontando ao século XIV)  in  LISBOA-REVISTA MUNICIPAL Nº.7
 Largo de Andaluz - (1959) Foto de Armando Seródio - ( O "ARCO DE ANDALUZ" que serve de VIADUTO à "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO" -já com o viaduto do Metro- ligando o "LARGO DE ANDALUZ"à "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA")  in   AML 
Largo de Andaluz - (1939) Foto de Eduardo Portugal - ( O "CHAFARIZ DE ANDALUZ" nesta altura ainda agarrado a um prédio e muito mal tratado)   in     AML 

(CONTINUAÇÃO) - LARGO DE ANDALUZ [ II ]

«O LARGO DE ANDALUZ ( 2 )»

A sua arquitectura infraestrutural, vernácula, de CHAFARIZ urbano, com espaldar simples rectangular e rematando em friso e cornija, com uma bica que verte para um tanque de pequenas dimensões, de bordo boleado, demonstrando que servia de bebedouro aos animais. No espaldar, surgem as ARMAS NACIONAIS e as MUNICIPAIS.

A construção do chafariz e aproveitamento da sua água ronda o ano de 1336, vindo de um poço na QUINTA da "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA, no número 141, a qual pertencia  a "DONA MARIA GERTRUDES, viúva do  ex-MINISTRO DO BAIRRO DE ANDALUZ  "JOÃO ANTÓNIO MAYER".

Em 1522, o Doutor LUÍS TEIXEIRA, e sua mulher "DONA FILIPA MENDES, senhoria útil desta QUINTA, propuseram  uma acção ao SENADO pela falta que lhes fazia a água daquele poço.  DONA FILIPA casa em segundas núpcias com FERNANDO MARTINS, Desembargador do Paço, pedindo trezentos mil réis pela concessão da água pelo tempo de três vidas.   No ano de 1766 as FREIRAS DO CONVENTO DE SANTA JOANA, apresentavam ao SENADO, que tinham grande falta de água, e que tinham notícia de que um tal FRANCISCO GARCIA LIMA, então possuidor da dita QUINTA, colocara uma nora naquele poço para regar a sua horta, e esta era a razão da falta que sentiam.
Na mesma ocasião apareceu outro requerimento das mesmas FREIRAS, pedindo se lhes mandassem dar os sobejos desta BICA, e a terça parte da água pura, alegando haver no CONVENTO mais de 500 pessoas, e se bem que clausuradas, se julgavam com igual direito aos demais habitantes; se contudo os não pudesse haver gratuitos, estavam prontas a fazer aforamento. Este requerimento teve por Despacho no dito dia 28 de Julho de 1766.

No dia 4 de Abril de 1769, mas com data deste dia existe uma ordem do SENADO, que diz assim: "O Vereador do Pelouro das obras, com todos os seus subalternos passe à CALÇADA DE SÃO SEBASTIÃO, e QUINTA de FRANCISCO GARCIA LIMA, e nela faça demolir o engenho de nora, e pilares que assenta no poço de que a água há muitos anos é própria do público e não de particular, por Escritura que se celebrou com este SENADO, no Arquivo do qual se acha".
O SENADO era de opinião favorável aos pedidos das FREIRAS, e cuja consulta baixou resolvida em 20 do mesmo mês, mandando dar-lhe a água e sobejos sem ónus, ou pensão alguma. As FREIRAS lavraram uma ESCRITURA de posse com data de 1 de Junho do referido ano de 1769.
Do exposto se conclui; que na CERCA das ditas FREIRAS existem dois tanques, e canos muito antigos por onde se encaminhavam os sobejos; que elas já anteriormente recebiam, por que se queixaram da sua falta e, finalmente, propunham até fazer deles aforamento; e por isso oferece dúvida, ficara suspenso, embora o caso se possa explicar a seguir.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DE ANDALUZ[ III ]O LARGO DE ANDALUZ ( 3 )».



LARGO DE ANDALUZ [ III ]

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«O LARGO DE ANDALUZ ( 3 )»
 Largo de Andaluz - (2014) - (O "LARGO DE ANDALUZ" ao fundo, à nossa direita  o VIADUTO, na esquerda a "RUA ACTOR TASSO")  in  GOOGLE EARTH 
 Largo de Andaluz - ( 2014 ) - (Outro aspecto do "CHAFARIZ DE ANDALUZ", já depois das obras de intervenção)  in   GOOGLE EARTH
 Largo de Andaluz - (1961) Foto de Armando Serôdio - ( "Lápide" no "CHAFARIZ DE ANDALUZ" com as Armas do Reino e de LISBOA)   in   AML 
 Largo de Andaluz - (1951) Foto de Eduardo Portugal - (Aspecto do "Chafariz de Andaluz" com sua lápide e escudos colocados na parede do espaldar do Chafariz) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML
Largo de Andaluz - (C. de  1940) - Foto de Eduardo Portugal - Aspecto do "LARGO DE ANDALUZ" na década de quarenta do século vinte)   in   AML



(CONTINUAÇÃO) - LARGO DE ANDALUZ [ III ]

«O LARGO DE ANDALUZ ( 3 )»

Falando ainda da água que passava no "CHAFARIZ DE ANDALUZ".
No lugar onde hoje existe este CONVENTO havia unicamente a IGREJA DE SANTA JOANA, pertença de uma QUINTA de D. ÁLVARO DE CASTRO que, por seu falecimento foi deixada em testamento para ali se estabelecer um "COLÉGIO DE MISSIONÁRIOS DA ÍNDIA"; cuja função teve lugar em 25 de Novembro de 1699; e quando estas FREIRAS fugiram do seu CONVENTO DA ANUNCIADA, assustadas de verem morrer dez religiosas nas  RUÍNAS pelo TERRAMOTO de 1755, e juntas com as dos CONVENTOS da ROSA e SALVADOR, entraram neste seu actual CONVENTO; se bem que tivessem tão poucas acomodações, pois logo em seguida se gastaram duzentos mil cruzados nas Obras, que mandaram fazer.  Não foram por certo aqueles tanques e canos, que se diz - antiquíssimos - e as ditas FREIRAS, apenas ali contavam onze anos de existência, logo temos por mais coerente, que os sobejos haviam de há muito sido dados ao acima mencionado (D. ÁLVARO), e as mencionadas FREIRAS na falta de titulo legal, propunham aquele aforamento.

Diz-nos ainda "ANGELINA VIDAL" no seu livro "LISBOA ANTIGA E LISBOA MODERNA" no século dezanove: "No "LARGO DE ANDALUZ" temos um chafariz de água transparente e muito límpida, levemente salgada, sem cheiro, e tendo diluídos sulfatos de magnésio e silício-carbonatos com as mesmas bases, e cloretos de potássio e sódio, são bastante procurados para enfermos de doenças cutâneas".

Já no século XIX esta pacato "LARGO DE ANDALUZ" que outrora terá sido também conhecido pela "TRAVESSA DOS CARROS" mas venceu a designação do "CHAFARIZ DE ANDALUZ"em memória da obra realizada no abastecimento de água aos moradores da região dos "ANDALUCES".
Viu-se subitamente invadido por uma multidão ruidosa que, empunhavam copos, bilhas e garrafões, discutia-se com desrespeitosos atropelos a sua vez na fila.
Deu-se o caso de "LEPIERRE" analisar a água desta histórica "bica de Andaluz", publicando nos jornais a sua composição "Sulfatada - calcária" e o seu possível valor medicinal, sugerido pela comparação com a sua similar nas "TERMAS DACURIA".
Mas "ARMANDO NARCISO", protestou nos periódicos que a água oferecia perigo para uso interno. E, enquanto os dois mestre da Hidrologia discordavam, o reclamo à americana, foi-se produzindo e podemos dizer que nunca nenhuma água foi tão procurada por tanta gente em tão curto espaço de tempo. Certo é que o produto funcionou até 1945, altura em que as suas águas foram desviadas para o esgoto. Tendo o "CHAFARIZ DE ANDALUZ" chegado a um estado de degradação considerado, sendo restaurado na década de 60 do século XX, bem como toda a zona envolvente ao "CHAFARIZ".

A nossa abordagem foi mais o chafariz e a ele demos mais destaque. Convém frisar que toda esta zona é de muito antigo povoamento e era de extensão incomparavelmente superior à actual. Hoje «ANDALUZ" está confinado a um "LARGO"; outrora foi toda uma zona larga. Ora, o CHAFARIZ é como que a certidão de idade do local. Embora seja hoje um pouco ignorado da maioria dos lisboetas, data do século XIV e nele surgiu a primeira representação em pedra do BRASÃO da CIDADE DE LISBOA, com a sua BARCA e os seus CORVOS. É efectivamente muito modesto o monumento, como se pode ver, mas isso não lhe tira a antiguidade e a utilidade que teve, até as suas águas serem consideradas impróprias para consumo. 

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DE ANDALUZ [ IV ]-O LARGO DE ANDALUZ ( 4 )».

LARGO DE ANDALUZ [ IV ]

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«O LARGO DE ANDALUZ ( 4 )»
 Largo de Andaluz - (1949) - (Foto de autor não identificado) - (Edifício de habitação no "LARGO DE ANDALUZ", que lhe valeu o "Prémio Municipal de Arquitectura" pela definição do gaveto)  in  CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA 
 Largo de Andaluz - (195_) - (Foto de Firmino Marques da Costa) - (Edifício que ganhou o prémio Municipal de Arquitectura, visto do ARCO DO VIADUTO do Largo de Andaluz, uns anos mais tarde) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in AML 
 Largo de Andaluz - ( 1960 ) - Foto de Armando Serôdio)  - (O "CHAFARIZ DE ANDALUZ" virado para a "RUA DE SANTA MARTA", já com um aspecto mais livre na parte de trás)  in  AML
 Largo de Andaluz - (1939) - (Foto de Eduardo Portugal ) - (O CHAFARIZ DE ANDALUZ ainda com o seu espaldar muito elevado e um pouco degradado)   in     AML 
Largo de Andaluz - (1939) - (Foto de Eduardo Portugal) - (O "CHAFARIZ DE ANDALUZ" que ostenta as armas de PORTUGAL e de LISBOA. Estas ARMAS foram uma das fontes do desenho das actuais ARMAS de LISBOA, adoptadas em 1940. A inscrição remonta ao século XIV)  in   AML 

(CONTINUAÇÃO)- LARGO DE ANDALUZ [ IV ]

«O LARGO DE ANDALUZ ( 4 )»

No espaldar do "CHAFARIZ DE ANDALUZ" aparecem as armas Reais e as Municipais, que mais tarde, servem de referencia para adoptar estas figuras Heráldicas.

Estas «ARMAS DE PORTUGAL» e de«LISBOA» que se encontram no "CHAFARIZ DE ANDALUZ", as quais datam de 1336, foram uma das fontes do desenho das actuais "ARMAS DE LISBOA", adoptadas em 1940, com fundamento em parecer da "COMISSÃO DE HERÁLDICA DA ASSOCIAÇÃO DOS ARQUEÓLOGOS PORTUGUESES", segundo o qual "a "CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA" deve restaurar para a ordenação do seu selo, exactamente as peças simbólicas que aparecem nos mais antigos e belos documentos que restam dos primeiros séculos da nacionalidade".
Esta representação de SIMBOLOGIA juntamente com a mais antiga da bica de ARROIOS, foram motivo de discussão e aprovação na Sessão de 18 de Setembro de 1920, conjuntamente com a Secção de ARQUEOLOGIA LISBONENSE e de HERÁLDICA.

O motivo era submeter à apreciação dos consórcios uma carta do vereador da C. M. L., "ALMEIDA SANTOS", acompanhada de uma proposta do seu colega "EDUARDO MOREIRA"«para que fosse modificado o brasão de armas da capital».
Ficou apenso na acta um "parecer" de MATOS SEQUEIRA em que, quanto ao BRASÃO DE LISBOA, opta pelas mais antigas representações que são:  as BICAS de "ARROIOS" e de "ANDALUZ" - o primeiro de 1360 e o segundo de 1374 - e acrescentando; «na mesma ordem de ideias entendo que os corvos ( e não o corvo) que aparece nos mais vetustos documentos, devem ser colocados um à proa e outro à popa, de bico voltado para dentro da embarcação».

EDIFICAÇÃO RENOVADA NO SÍTIO DE ANDALUZ

O Edifício mandado construir por "MANUEL JOSÉ JÚNIOR"no"LARGO DE ANDALUZ", 15 e 15C e "LARGO DAS PALMEIRAS", 11 e 11A, com projecto dos Arquitectos "JOSÉ LIMA FRANCO e"DÁRIO SILVA VIEIRA", foi-lhe atribuído o PRÉMIO MUNICIPAL DEARQUITECTURA de 1949. A definir gaveto, este imóvel, onde se observa a presença de modelos construtivos do ESTADO NOVO, anuncia já um certo ar de modernidade. Com uma linguagem formal depurada, apresenta como únicos elementos decorativos dois baixos-relevos em pedra sobre as portas de entrada. Caracteriza-se para uma função mista de habitação e escritórios.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DE ANDALUZ [ V ] -O VIADUTO DO LARGO DE ANDALUZ».

LARGO DE ANDALUZ [ V ]

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«O VIADUTO DO LARGO DE ANDALUZ»
 Largo de Andaluz - (1997) - Foto de Jorge Ribeiro - (O Viaduto sob a "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO" , com outro viaduto dentro do ARCO, adaptado para a passagem do METRO)  in  ARCOS DE LISBOA 
 Largo de Andaluz - (195_) - (Foto de Judah Benoliel) - (O "VIADUTO DA AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO", com o BRASÃO da Cidade de LISBOA - no centro superior  do ARCO -, vista da "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA")   in     AML 
 Largo de Andaluz - (1947) - (Foto de Fernando Martinez Pozal) - (ARCO visto da "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA" para o "LARGO DE ANDALUZ". Viaduto da "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO", Arco encimado pelo BRASÃO do Município de LISBOA) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 
Largo de Andaluz - (191_?) (Foto de Alberto Carlos Lima) - (ARCO do VIADUTO da "AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO", que liga a "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA" ao "LARGO DE ANDALUZ") (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML 

(CONTINUAÇÃO) - LARGO DE ANDALUZ [ V ]

«O VIADUTO DO "LARGO DE ANDALUZ"»

No VIADUTO sob a «AVENIDA FONTES PEREIRA DE MELO» ( 1 ) existe o "ARCO DE ANDALUZ"que se situa na junção da"RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA" e o "LARGO DE ANDALUZ". 
Uma vez no "LARGO", convirá  -  por questão de homenagem aos antigos construtores de LISBOA -  observar o VIADUTO que se abre sob a referida Avenida, dando para a "RUA DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA e o"LARGO DE ANDALUZ".
O "fenómeno"é este: a obra tem hoje 118 (cento e dezoito anos),  foi construído  em 1898, e ninguém se lembra hoje de "HENRIQUE SABINO DOS SANTOS", funcionário da "CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA", principal responsável pelos trabalhos.  Pois este viaduto, teoricamente construído para suportar carruagens e gente a pé, apanhou em cima com eléctricos, autocarros, automóveis, transito em doses maciças; por último, abriram-no para por lá passar o METROPOLITANO.  E ali está - aparentemente sem esboroar, sem se queixar, sem fazer notar a sua idade...  Dá vontade de comparar com obras recentes, mal inauguradas e já a meter água, enfim...

Trata-se de um ARCO de passagem de dimensão acima do habitual, que começou a ser construído em 1898 e concluído no ano de 1900, por iniciativa da "CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA".
Desenhou-o e executou-o o condutor de obras públicas dos serviços Municipais já referido, mas nunca é demais relembrá-lo "HENRIQUE SABINO DOS SANTOS".

Desde que o METROPOLITANO foi criado, este ARCO passou a ter uma particularidade ímpar, entre os vários Arcos existentes em LISBOA, ou seja de ser atravessado no "intradorso" pela via daquele novo meio de transportes público.
A instalação deste viaduto no interior do ARCO dá uma ideia da sua dimensão: e dizemos «uma ideia» porque não se consegue obter dos serviços da CML um corte da dita construção, a partir do qual nos tivesse sido possível colher a indicação acerca da altura. Quanto a medidas ao nível do solo  -  já acessíveis à nossas verificação directa  -  constatámos  serem as seguintes: um "VÃO" de nove metros e meio e comprimento de "TÚNEL" quarenta metros. Retomando a questão da altura ela é suficientemente grande  -  como já assinalámos  - por ter permitido o já citado lançamento do viaduto do METROPOLITANO através de duas aberturas praticamente nas faces laterais do  "intradorso" do ARCO. Tivemos ocasião de ser informados pelo prestimoso e amável senhor Engº. BRAZÃO FARINHA - um dos responsáveis pela execução dos trabalhos levados a cabo nessa época  pelo "METROPOLITANO E.P." -  ter havido a preocupação de preservar o mais possível as obras realizadas, o que tanto quanto nos foi afirmado, se conseguiu plenamente.  [ FINAL ]

- ( 1 ) - Arruamento de 1900 que homenageia o chefe do PARTIDO REGENERADOR. «ANTÓNIO MARIA FONTES PEREIRA DE MELO (1819-1887)», que presidiu o CONSELHO DE MINISTROS  de 1876 a 1886, período que ficou conhecido pelo "FRONTISMO".
Esta artéria que faz a ligação da "PRAÇA MARQUÊS DE POMBAL"à"PRAÇA DO DUQUE DE SALDANHA", integra o projecto das AVENIDAS NOVAS, do ENGENHEIRO RESSANO GARCIA, aprovado em 1888 pela C.M.L.. Para permitir a abertura desta AVENIDA entre 1895 e 1900, foi necessário expropriar terrenos nas PICOAS e construir o "VIADUTO DE ANDALUZ", que regularizou a topografia acidentada do local.


BIBLIOGRAFIA

- 1 - ACTAS DA COM.MUNICIPAL DE TOPONÍMIA DE LISBOA - Ed. C.M.L.-2000-LISBOA.
- 2 - ARAÚJO, Norberto de - PEREGRINAÇÕES EM LISBOA-Liv. XIV-1993-LISBOA.
- 3 - ARCOS DE LISBOA-Texto JOSÉ SÁ E SILVA-Fotos JORGE RIBEIRO-INAPA-1997-LISBOA.
- 4 -AS FREGUESIAS DE LISBOA -Augusto Vieira da Silva-Ed. C.M.L.-1943-LISBOA.
- 5 - ATLAS DA CARTA TOPOGRÁFICA DE LISBOA - FILIPE FOLQUE-C.M.L.-2000-LX.
- 6 - DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE LISBOA-Dir. Francisco Santana e Eduardo Sucena-C.M.L. - 1994-LISBOA.
- 7 - FLORES, Alexandre M. -Chafarizes de Lisboa - INAPA-1999-LISBOA. 
- 8 -LISBOA-Revista Municipal -Ed. C.M.L.-ANO XLV 2ª. Série Nº. 7-1º Trimestre-1984-LISBOA.
- 9 -LISBOA-REVISTA MUNICIPAL-Ed. CML-ANO XLIX-2ª. Série Nº. 24-2º Trimestre 1988-LISBOA.
- 10 -VIDAL, Angelina-LISBOA ANTIGA e LISBOA MODERNA-Ed. Vega-1994-LISBOA.

(PRÓXIMO)«RUA LUÍS PIÇARRA[ I ]-A RUA LUÍS PIÇARRA ( 1 )»

O 1.º DE DEZEMBRO

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«PRIMEIRO DE DEZEMBRO DE 2016»
 1.º de Dezembro de 2016 -  ( 2012) - Foto de  Graciano Coutinho ( Praça do Comércio anterior Terreiro do Paço, onde se desenrolou sensivelmente neste sítio os conflitos no Paço da Ribeira). inO POVO

A comemoração do 1.º de DEZEMBRO de 2016 ( dia que assinala a (RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL).Destituindo o representante dos "HOBSBUGOS" e proclamando um REI português ( D. JOÃO IV ). Com a preciosa ajuda de cinquenta homens, 40 da Nobreza e os restantes do Clero e Militares. Quanto aos Nobres são também conhecidos por "OS QUARENTA CONJURADOS", por estarem envolvidos quarenta Brasões.

                                                                       --//--

Quero agradecer ao NOVO GOVERNO por atender às reivindicações dos anos transactos, e repor o feriado. 

                                                                              --//--

(PRÓXIMO)«RUA LUÍS PIÇARRA [ I ] A RUA LUÍS PIÇARRA( 1 )»

RUA LUÍS PIÇARRA [ I ]

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«A RUA LUÍS PIÇARRA( 1 )»
 Rua Luís Piçarra - (2016)  - (Panorama de parte da freguesia do "LUMIAR" onde se insere a "RUA LUÍS PIÇARRA", antiga Quinta da MUSGUEIRA)  in   GOOGLE EARTH
 Rua Luís Piçarra - (2016) - (A "RUA LUÍS PIÇARRA" vista de cima, na freguesia do LUMIAR no sítio do "ALTO DO LUMIAR")  in GOOGLE EARTH
 Rua Luís Piçarra - (1945) - (Em 1945 LUÍS PIÇARRA parte para o BRASIL, onde inicia uma ascensão magnifica. Actua igualmente no famoso COLON de BUENOS AIRES. Interpretando várias Óperas e diversas Operetas)  in PORTUGAL ATRAVÉS DO MUNDO 
Rua Luís Piçarra - ( 1940 ) - ("LUÍS PIÇARRA"é o interprete do HINO do "SPORT LISBOAe BENFICA", que  no seu Estádio quando a equipa entra, pode ouvir-se no sistema sonoro. A letra pertence a Manuel Paulino Gomes) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in BLOGUETOMAR


RUA LUÍS PIÇARRA [ I ]

«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 1 )»

A «RUA LUÍS PIÇARRA" pertence à freguesia do «LUMIAR».
Começa na "RUA JOSÉ CARDOSO PIRES" e termina na "RUA HELENA VAZ DA SILVA", sendo-lhe convergente a "ALAMEDA DA MÚSICA" no seu lado esquerdo.


Por "EDITAL" Nº. 77/2003 fez saber que, por deliberação da C.M.L. foi aprovado por unanimidade na sua reunião de 26.11.2003, o arruamento acima indicado, sendo atribuído à "RUA 3.1" da MALHA 15 do ALTO DO LUMIAR, antes era o espaço da "QUINTA DA MUSGUEIRA", o topónimo de"RUA LUÍS PIÇARRA" - CANTOR - (1917-1999). Foi inaugurada no dia 1 de Outubro de 2004, juntamente com mais seis arruamentos com nomes de maestros, instrumentistas e cantores.
De seu nome completo; "LUÍS RAUL JANEIRO CAEIRO BARBOSA PIÇARRA VALDETERRAZO e RIBADANAYRA"nasceu em MOURA, no ALENTEJO a 23 de Junho de 1917, tendo falecido em LISBOA a 23 de Setembro de 1999. Embora mais conhecido por "LUÍS PIÇARRA". Filho de "LUIZ DA COSTA DE AGUILAR BARBOSA PIÇARRA e de D. LUÍSA MARIA CAEIRO, seu pai terá sido um grande proprietário, possuindo terras em MOURA e em CARCAVELOS. Seu avô materno"MANUEL CAEIRO GONZALES" descendia do irmão do 1.º MARQUÊS DE VALDETERRAZO, 1.º MINISTRO DE ESPANHA no período de (1840-1841).
Sua mãe era pianista, o avô tocava guitarra, talvez esta influencia terá atraído o jovem LUÍS para a música e em particular para o canto.
Ainda estudante de LICEU, frequentava os "COROS DA ÓPERA NACIONAL" e certo dia foi notado pelo maestro italiano "ALFREDO PODOVANI" que o terá aconselhado a seguir a arte do "BELO CANTO". No entanto, frequentou as faculdades de DIREITO (em COIMBRA) e de LETRAS, bem como a ESCOLA NACIONAL DE BELAS-ARTES (onde cursou ARQUITECTURA e ESCULTURA até ao 3º ano), fazendo esporadicamente algumas apresentações na "CASA DO ALENTEJO", com o igualmente jovem "NOBREGA E SOUSA" ao piano, antes de se decidir a envergar profissionalmente pelo canto, tendo já frequentado aulas de música na escola de "FERNANDO DE ALMEIDA" e aulas de canto com a professora "HERMÍNIA ALAGARIM" ( que no seu tempo havia conseguido tornar-se vedeta do TEATRO SCALA, em MILÃO). "LUÍS PIÇARRA" mais tarde seria discípulo do grande tenor "TITO SCHIPPA".

Possuidor de uma voz ímpar, com um timbre bastante melodioso, acrescido de boa extensão de agudos e de incontornáveis pianíssimos que o caracterizavam.
A sua estreia em público ocorreu numa récita do "BARBEIRO DE SEVILHA"de ROSSINI, dirigida pelo maestro "PEDRO BLANCH".
Numa crónica publicada no jornal "O SÉCULO", a propósito da estreia de "O BARBEIRODE SEVILHA" escrevia "LUÍS DE FREITAS BRANCO" que:"temos em LUÍS PIÇARRA o interprete ideal  do "CONDE DE ALMAVIVA". ROSSINI teria encontrado no nosso compatriota a voz modelada e maleável com que sonhou ao escrever a difícil partitura".

Tinha começado então as suas actuações em festivais e saraus artísticos. Actuou em todas as estações de rádio existentes na época, e, mais tarde a EMISSORA NACIONAL contrata-o por três anos como tenor oficial, tendo nesse espaço de tempo efectuado cerca de 350 emissões em directo, acompanhado por todas as orquestras, e sob a direcção dos principais maestros portugueses da altura.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA LUÍS PIÇARRA [ II ] -A RUA LUÍS PIÇARRA ( 2 )».

RUA LUÍS PIÇARRA [ II ]

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«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 2 )»
 Rua Luís Piçarra - (2016) - (A "RUA LUÍS PIÇARRA" vista na sua totalidade, estando em primeiro plano a  "RUA HELENA VAZ DA SILVA")  in   GOOGLE EARTH
 Rua Luís Piçarra - ( 1950 ) - ("LUÍS PIÇARRA" cantando "AMOR É LUME" com Orquestra de JOÃO NOBRE. Uma "romanza" da Ópera "SALUQUIA" de João Camilo, com musica de SILVA TAVARES.  Esta verdadeira área de ópera já na partitura original tão aguda, foi ainda subida dois tons, para a voz do grande tenor "Luís Piçarra", que a terminou com um magnifico agudo)  in YOU TUBE
 Rua Luís Piçarra - (1949) (Compilação de 1996) - (Pertence ao disco da "CANÇÃO DO RIBATEJO" cantado por "LUÍS PIÇARRA" com letra do próprio e música de "JOÃO NOBRE". Foi lançada uma compilação da série "CARAVELA" da VALENTIM DE CARVALHO)  in    CUSTO JUSTO 
Rua Luís Piçarra - ( 1945) - Em SÃO PAULO durante uma "tournée" pelo BRASIL, ao lado de "LUÍS PIÇARRA" está CELESTE RODRIGUES e AMÁLIA RODRIGUES, que participaram no espectáculo e outros elementos da Companhia   in   PORTUGAL ATRAVÉS DO MUNDO


(CONTINUAÇÃO) - RUA LUÍS PIÇARRA [ II ]

«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 2 )»


Sem ter abandonado a Rádio, estreou-se no TEATRO popular com a opereta "A LENDA DOS SER CRAVOS"de "WENCESLAU PINTO", no TEATRO DA TRINDADE,  depois em grandes êxitos como "O ZÉ DO TELHADO", "COVA DA MOURA", "CHAVE DOPARAÍSO" e"FIDALGO DA ROSA".
Desempenhou também os principais papeis em reposições de "JOÃO RATÃO" e"A ROSA CANTADEIRA", e várias operetas do reportório VIENENSE, como "A VIÚVA ALEGRE"de FRANZ LEHÁR e "OS SINOS DE CORNEVILLE"de ROBERT PLANQUETTE.

O público fixou-o e acarinhou-o, devido às suas interpretações radiofónicas que a Emissora Nacional difundia diariamente com bastante agrado.
No final da segunda grande guerra Mundial, em 1945, "LUÍS PIÇARRA"vai ao BRASIL, onde permanece durante cerca de dois anos, cantando nos principais teatros do RIO DE JANEIRO e de SÃO PAULO, bem como nas capitais de outros estados brasileiros e interpretando as mais diversas óperas e operetas. Teve particular brilho a representação de "A ROSA CANTADEIRA" (que permaneceu longos meses), ao lado de "AMÁLIA RODRIGUES", foi nesse período que conheceu vedetas como LANA TURNER e ORSON WELLES. Depois, encetou uma digressão pelos restantes países latino-americanos, que culminou no MÉXICO. 
Regressa depois ao BRASIL e daí a PORTUGAL.  Na EUROPA, realizou então uma segunda digressão a  ITÁLIA, SUIÇA, ALEMANHA OCIDENTAL, INGLATERRA (com diversas actuações para a BBC), BÉLGICA e HOLANDA. Dez dias após ter regressado a PORTUGAL, foi contratado para a primeira figura de uma COMPANHIA DE ÓPERAITALIANA ( o TEATRO DI S. CARLO, di NÁPOLES, sendo o mais antigo Teatro da Europa ano de 1737) e com ele partiu para uma temporada de representações na cidade do CAIRO (EGIPTO) a que se seguiu um ano de contracto como cantor exclusivo no "PALÁCIO REAL DO REI FARUK", (que falava português sem sotaque), concedeu-lhe o título de "BEY" ( o  equivalente a CONDE). 
É nessa época que RAUL FERRÃO lhe envia uma partitura que lhe chamou «COIMBRA» e que ele a transformou num sucesso mundial com o nome de "AVRIL AU PORTUGAL"
Do CAIRO partiu em digressão pelo MÉDIO ORIENTE, que incluíam representações  no CHIPRE, LÍBANO e SÍRIA. Regressou depois pela TURQUIA, GRÉCIA e ITÁLIA, até chegar de novo a PORTUGAL. Com a sua reputação já bastante cimentada no início de 1951, estreou-se em PARIS como protagonista da opereta "COLORADO", ao lado da actriz franco-portuguesa (IRENE COSTA), após ter sido seleccionado para tal lugar pela empresária alemã "GERMAINE ROGER MONTJOIE", que no ano anterior tinha assistido a uma representação sua a «SINFONIA PORTUGUESA».
A opereta esteve em cena mais de 10 anos e a IMPRENSA local colocava o seu nome com ("LOU PIZARRA") ao lado de "TINO ROSSI", "ANDRÉ DASSARY", "GEORGE GUETARY"e "LUÍS MARIANO".
"LUÍS PIÇARRA" passou a actuar duas vezes por dia na "RADIO DIFUSION FRANÇAISE", além de ser requisitado pelos melhores teatros da capital, (com um dos melhores salários do país, recebia cerca de 300 contos por mês, acrescidos de 10% sobre a receita da bilheteira).

(CONTINUA) - (PRÓXIMO-11.01.2017)«RUA LUÍS PIÇARRA[ III ]-A RUA LUÍS PIÇARRA( 3 )».

ÍNDICE DE ARTÉRIAS EDITADAS NESTE BLOGUE DURANTE O ANO DE 2016

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«ÍNDICE DE RUAS EM 2016»
 ARTÉRIAS



ÍNDICE DE:AVENIDAS - LARGOS - PÁTIO - PRAÇA - RUAS e GENTE DE LISBOAALFACINHAS - GALEGOS - NEGROS AFRICANOS - SALOIOS e VARINAS

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FREGUESIAS

 FREGUESIAS
 FREGUESIAS
ÍNDICE POR FREGUESIAS: - AJUDA - AVENIDAS NOVAS - AREEIRO - ARROIOS - BENFICA - ESTRELA - LUMIAR - MARVILA - MISERICÓRDIA - PENHA DE FRANÇA - SANTA MARIA MAIOR - SANTO ANTÓNIO - SÃO DOMINGOS DE BENFICA.

Os ÍNDICES estão representados por ordem alfabética, em ARTÉRIAS e FREGUESIAS.

Foram tratados este ano- 2 AVENIDAS - 3 LARGOS - 1 PÁTIO - 1 PRAÇA e 18 RUAS, num TOTAL DE  96 publicações referentes a ARTÉRIAS DE LISBOA.


(PRÓXIMO) - «BOAS FESTAS».



BOAS FESTAS

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«BOAS FESTAS»
 - Pensamentos positivos para 2017...


 - Recheadas de boas surpresas...
- Que DEUS ilumine as nossas vidas...

- Desejamos a todos os "BLOGUISTAS", amigos, visitantes e familiares, FELIZ NATAL e um BOM ANO NOVO de 2017.

- Aproxima-se o NATAL e, como sempre, fazemos uma pausa para meditar.

- Esperamos voltar no próximo ANO ( se DEUS quiser e nos der saúde).

- Voltaremos se a tanto nos ajudar o engenho e arte, na iluminação dos nossos propósitos.

- Entretanto vivamos esta feliz quadra com o verdadeiro espírito NATALÍCIO.

APS

RUA LUÍS PIÇARRA [ III ]

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«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 3 )»
 Rua Luís Piçarra - (1950) - ( A  canção "FALANDO AO CORAÇÃO" será a única gravação cuja música é do próprio LUÍS PIÇARRA, com letra de Frederico de Brito)  in IMENSO SUL 
 Rua Luís Piçarra -Foto dos anos 60 do século XX - (Luís Piçarra como autor da letra da canção "MORENA DA RAIA" e música de Frederico de Brito)  in OLHAR SOBRE ADIÇA 
 Rua Luís Piçarra - ( 1950) - Foto de autor não identificado - (Uma obra onde LUÍS PIÇARRA canta "TERRA MORENA", com música de JOÃO NOBRE e letra popular Alentejana. Uma das boas canções dedicadas ao ALENTEJO) in  FNAC
Rua Luís Piçarra - (2016) - (A "RUA LUÍS PIÇARRA" quase no seu final, próximo da RUA HELENA VAZ DA SILVA)  in  GOOGLE EARTH 


(CONTINUAÇÃO) - RUA LUÍS PIÇARRA [ III ]

«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 3 )»

«LUÍS PIÇARRA» durante um ano actuou duas vezes por semana na TELEVISÃO FRANCESA. Em meados da década de 50, chegou a ser o cantor europeu com mais discos editados. Foi ele que lançou mundialmente o tema «AVRIL AU PORTUGAL» (tradução francesa de "COIMBRA"de RAUL FERRÃO, que naquela época, vendeu um milhão e trezentos mil exemplares no espaço de um ano), bem como outras canções: GRANADA (de Augustin Lara), "UM CANTINHO E VOCÊ", "UNE NUIT PRÉS DO TOI", além de ter criado muitas outras. como "ADEUS, ADEUS", "COPACABANA" (popularizado por DICK FARNEY na EUROPA, embora tenha sido propositadamente escrita para o espectáculo de "LUÍS PIÇARRA" no CASINO COPACABANA) "LE SOLEIL DE MON PAYS", "MEU ALENTEJO", "FIANDEIRA", "NOITE DE LUAR" e dezenas de outras canções em português, francês, espanhol, alemão e italiano.
Nos ESTADOS UNIDOS já durante os anos 60, gravou 26 programas que foram transmitidos pela NBC e suas 580 estações filiadas.
Em FRANÇA , fez parceria com EDITH PIAF no espectáculo "THIS IS EUROPE", e em 26 programas para a TV local, acompanhados pela orquestra de PAUL DURAND, que depois foram retransmitidos em todos os países representados palas NAÇÕES UNIDAS. 
LUÍS PIÇARRA é o primeiro artista estrangeiro a pisar o palco do famoso "THÉATRE DE LA GATTÉ-LYRIQUE", com as operetas "UM PORTUGU~ES EM PARIS", "COLORADO" e "LA VIE EN ROSE".
Ambos os cantores foram então convidados a participar numa reposição de "UMAMERICANO EM PARIS". "EDITH PIAF" adoece gravemente. não tendo possibilidade de aceitar o convite. "LUÍS PIÇARRA" aproveitou para ir a ANGOLA satisfazer um compromisso que lhe haviam proposto. A morte da cantora EDITH PIAF (1915-1963) viria a inviabilizar o projecto e, a partir de 1965 "LUÍS PIÇARRA" fixou-se em ANGOLA e dedicou-se ao negócio imobiliário.
Em 1969 (quando ponderava a viabilidade de uma digressão aos ESTADOS UNIDOS) foi-lhe atribuído, em LISBOA, o "PRÉMIO DA IMPRENSA", no mesmo ano em que efectuando uma digressão em ANGOLA ao serviço das FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS, a comitiva que seguia o cantor caiu numa emboscada e este teve de ficar várias horas imerso num pântano. Com esse incidente ( e dado o facto de ter persistido em continuar a cantar nos nove espectáculos que lhe faltavam para concluir a digressão) veio a perder   a voz que o celebrizara, tendo-se retirado da vida artística; posteriormente foi-lhe diagnosticado um processo canceroso nas cordas vocais, problema que o afectou bastante.
A falta de indemnização (também a sua seguradora francesa se recusou a pagar o seguro de 10 mil contos, alegando situação não prevista no clausurado do contrato), as autoridades militares conseguiram um lugar no CENTRO DE PREPARAÇÃO DE ARTISTAS DA EMISSORA NACIONAL DE ANGOLA . 
Em 1970 durante a festa comemorativa das suas bodas de prata com um espectáculo no PAVILHÃO DOS DESPORTOS EM LISBOA,  afirmava com segurança que tinha já trabalhado nos principais teatros dos cinco Continentes e que em PORTUGAL participara, até aí, em oito emissões Televisivas. Durante uma busca que a PIDE efectuou à sua residência em CARCAVELOS (que fora projectado por ele próprio), foram-lhe confiscados todos os livros de recortes que entretanto acumulara.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA LUÍS PIÇARRA[ IV ]A RUA LUÍS PIÇARRA (4)».

RUA LUÍS PIÇARRA [ IV ]

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«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 4 )»
 Rua Luís Piçarra - 2016 -(Um troço da "Rua Luís Piçarra" na Freguesia do LUMIAR. No seu lado direito a "Alameda da Música")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Luís Piçarra - (2016) - A "RUA LUÍS PIÇARRA" vista da Rua Cardoso Pires, na parte Nascente)   in  GOOGLE EARTH
Rua Luís Piçarra - (finais do século XX) - Capa de um Disco ou CD de Luís Piçarra eDomingos Marques, provavelmente uma edição Brasileira, de dois bons tenores portugueses na época. in  MERCADO LIVRE

(CONTINUAÇÃO) - RUA LUÍS PIÇARRA [ IV ]

«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 4 )»

Já depois do incidente da emboscada, e durante a permanência em ANGOLA,  "LUÍS PIÇARRA" ainda fazia algumas deslocações à ÁFRICA DO SUL para realizar e cumprir alguns espectáculos agendados. 
No ano de 1973 vamos encontrá-lo em VANDERBIJLPARK no TRANSVAL, num espectáculo organizado pela Comunidade Portuguesa residente. Durante a sessão notava-se nitidamente o mau estado da sua voz, misturando as canções com algumas anedotas e cantando, lá conseguia animar a assistência, e cumprindo assim a sua palavra de estar presente.

LUÍS PIÇARRA regressa a LISBOA em 1975, após dez anos de vida em ANGOLA sem nada da fortuna que em tempos ganhara, e com a sua segunda esposa e os três filhos (casa-se em segundas núpcias, após o falecimento da sua 1.ª esposa), tinha aberto um Infantário, de cujas precárias receitas passaram a depender para assegurar a sobrevivência.  Durante vários anos, LUÍS PIÇARRA alimentou o sonho de abrir uma escola de PREPARAÇÃO DE ARTISTAS, projecto que levou à RDP, ao TEATRO de SÃO CARLOS e ao PARTIDO SOCIALISTA, para sempre deparar respostas evasivas e adiamentos.  Dizia que: «a música Portuguesa era muito bem aceite antigamente. O que melhorou muito foram os teatros, as poesias. Quanto à música em si, penso que ela perdeu a personalidade, foi totalmente influenciada pela "pop-music"».

Em 1979, um grupo de artistas e amigos fizeram-lhe uma festa de homenagem no CAFÉ LUSO, ao BAIRRO ALTO. Continuava a compor ocasionalmente, por vezes vezes temas para o seu filho MÁRIO e a enteada MARILENA, que tinham fundado um conjunto "TERRA A TERRA".  Em 1983 foi publicada uma compilação de alguns dos seus êxitos na série "SAUDADE" da VALENTIM DE CARVALHO, embora o cantor e os seus familiares tenham achado a escolha discutível.
Entretanto, escrevera um livro de memórias "INSTANTÂNEOS DA MINHA VIDA", mas continuava sem encontrar editor que lho quisesse  publicar.
Em 1985 recebia uma pensão de reforma por invalidez no valor de dezoito mil escudos, acrescidos de um subsídio de mérito cultural do MINISTÉRIO DA CULTURA, situação que se manteve desde então. Ocasionalmente é notícia aquando das intervenções cirúrgicas a que tem sido submetido.
Em 1989, diversos artistas reuniram-se para efectuar uma série de três espectáculos de homenagem a LUÍS PIÇARRA, em ÉVORA e LISBOA.

Gravou 999 canções. Entre as palavras célebres, citem-se as do General DE GAULL: «fui ouvi-lo cantar, para ver se era verdade o que diziam desse "petit portuguais". Eraverdade!».
Em 1998 o PRESIDENTE RAMALHO EANES concede-lhe a "Comenda da Ordem do Infante D. Henrique" e o GOVERNO atribui-lhe uma reforma por mérito cultural. Muito debilitado, foi viver com sua esposa para a casa do ARTISTA, falecendo no ano ano seguinte com  82 anos.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA LUÍS PIÇARRA [ V ] - A RUA LUÍS PIÇARRA ( 5 )»

RUA LUÍS PIÇARRA [ V ]

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«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 5 )»
 Rua Luís Piçarra - (2015)- (A "RUA LUÍS PIÇARRA" vista da "RUA HELENA VAZ DA SILVA" na direcção a Oriente)  in   GOOGLE EARTH
 Rua Luís Piçarra - (Depois de 1975) - (Livro de Luís Piçarra "Instantâneos da minha vida" edição do autor com 245 páginas)  in  IÉ - IÉ:
 Rua Luís Piçarra - (Anterior a 1986)- (Uma publicação na capa da Revista "PLATEIA", LUÍS PIÇARRA e LIGIA TELES" juntos na "fotonovela""O AUTOR")  in    ISTO É ESPECTÁCULO
 
Rua Luís Piçarra - (2013) -«Hino do "BENFICA" da autoria de MANUEL PAULINO GOMES e cantado por "LUÍS PIÇARRA" (principalmente no início e final de jogos no seu campo)»  in  YOUTUBE

(CONTINUAÇÃO) RUA LUÍS PIÇARRA [ V ]

«A RUA LUÍS PIÇARRA ( 5 )»

Relatamos aqui uma parte da Biografia de Luís Piçarra, contada por um dos seus filhos:
Nos períodos em que LUÍS PIÇARRA estava em Portugal, embora tivesse a sua casa no PRÍNCIPE REAL (LISBOA), passava largas temporadas com a família, em casa dos sogros na RUA MANUEL DE ARRIAGA, 46 que pertence já à freguesia da PAREDE, embora fique teoricamente em CARCAVELOS. Aí viveram com os avós maternos os seus dois filhos, quando os pais se ausentavam para o estrangeiro, excepto durante o período em que a família viveu na casa de PARIS. Nos finais da década de 50, "LUÍS PIÇARRA" mandou construir uma casa em CARCAVELOS, projecto seu, situava-se nos LOMBOS - RUA EDUARDO MARIA RODRIGUES, onde a família passou a residir. Em 1968, numa altura em que cumpria um contracto em LUANDA, faleceu MASITÁ, que ficara dessa vez em CARCAVELOS, de doença súbita, apenas com 48 anos. 

Em 1972 LUÍS PIÇARRA casa com MARIA BEATRIZ NAVARRO Y ROSA. Em 1975 regressa a PORTUGAL doente, acaba por perder a voz. Entretanto ainda publica um livro de memórias e escreve e compõe uma opereta, inspirada no "MÁRIO" de SILVA GAIO, que nunca chegou a ser posta em cena.
Em 1985, recebe a COMENDA DA ORDEM DO INFANTE DOM HENRIQUE, tendo falecido em 1999 em LISBOA de cancro. 
Seus filhos, netos e um bisneto, bem como os familiares mais chegados da sua mulher ainda residem em CARCAVELOS.
Em 2004, foi dado também o seu nome a uma RUA da QUINTA DO BARÃO em CARCAVELOS.

Apesar dos êxitos que LUÍS PIÇARRA alcançou pelo  Mundo inteiro, não esquecia PORTUGAL, nem o BENFICA o clube do seu coração, sócio Nº. 635. 

O HINO DO BENFICA da autoria de MANUEL PAULINO GOMES, director do Jornal do CLUBE, é cantado no ESTÁDIO sempre que a equipa entra em campo e conta-se que, para os mais supersticiosos, não era de bom agoiro esquecerem-se da "ALMA IMENSA DAS PAPOILAS SALTITANTES"... isto  será"AS CAMISOLAS BERRANTES/ QUE NOS CAMPOS A VIBRAR /  SÃO PAPOILAS SALTITANTES".
O HINO DO BENFICA EM TODO O SEU ESPLENDOR...

SOU DO BENFICA /  E ISSO ME ENVAIDECE / TENHO A GENICA / QUE A QUALQUER ENGRANDECE / SOU DE UM CLUBE LUTADOR / QUE NA LUTA COM FERVOR / NUNCA ENCONTROU RIVAL / NESTE NOSSO PORTUGAL. (Refrão repete uma vez).
SER BENFIQUISTA / É TER NA ALMA A CHAMA IMENSA / QUE NOS CONQUISTA / E LEVA À PALMA A LUZ INTENSA / DO SOL QUE LÁ NO CÉU / RISONHO VEM BEIJAR / COM ORGULHO MUITO SEU / AS CAMISOLAS BERRANTES / QUE NOS CAMPOS A VIBRAR / SÃO PAPOILAS SALTITANTES. 

( Para os mais aficionados, devo dizer que sou apenas simpatizante do SLB, o meu clube do coração é o C.O.L.- CLUBE ORIENTAL DE LISBOA, que milita (infelizmente) em outro escalão mais baixo).  [ FINAL ]

BIBLIOGRAFIA

- Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa - Direcção de Luís Pinheiro de Almeida e João Pinheiro de Almeida - Círculo de Leitores - 1998 - LISBOA .
- Fotobiografias do Século XX - Amália Rodrigues - Cristina  Faria - Circulo de Leitores - Agosto de 2008 - LISBOA.
- LISBOA ROTEIRO PROFISSIONAL - CLIPARTE - 2005 - LISBOA.

INTERNET

- SLBENFICA CRÓNICAS & IMAGENS
- TOPONÍMIA DE LISBOA
- WIKIPÉDIA

(PRÓXIMO)«RUA PORTUGAL DURÃO [ I ]-A RUA PORTUGAL DURÃO E SEU ENVOLVENTE»

RUA PORTUGAL DURÃO [ I ]

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«A RUA PORTUGAL DURÃO  E SEU ENVOLVIMENTO»
 Rua Portugal Durão- 2016 - (Final da "RUA PORTUGAL DURÃO" na parte a NORTE, com ligação à "Rua Soeiro Pereira Gomes")  in  GOOGLE EARTH 
 Rua Portugal Durão - (1966) Foto de João Hermes Cordeiro Goulart( Prédio na "Rua Portugal Durão" provavelmente já demolido)  in   AML 
 Rua Portugal Durão - (1968) Foto de João H. Cordeiro Goulart( Uma antiga casa na "RUA PORTUGAL DURÃO"  in   AML 
 Rua Portugal Durão - (2014)- (Panorâmica do "BAIRRO DA BÉLGICA" onde se insere a "RUA PORTUGAL DURÃO")    in  GOOGLE EARTH
 Rua Portugal Durão - ( 2014 ) - (A "RUA PORTUGAL DURÃO" vista de cima, no "Bairro da Bélgica")   in   GOOGLE EARTH
Rua Portugal Durão - ( Década de 20 do século XX )- (ALBANO AUGUSTO PORTUGAL DURÃO, durante os seus tempos de Deputado)   in  WIKIPÉDIA an


RUA PORTUGAL DURÃO [ I ]

«A RUA PORTUGAL DURÃO E SEU ENVOLVIMENTO»

A «RUA PORTUGAL DURÃO» pertencia à freguesia de "NOSSA SENHORA DE FÁTIMA", hoje com a REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012, passou a pertencer à freguesia das «AVENIDAS NOVAS». Começa na "RUA FILIPE DA MATA"no número 22 e finaliza na"RUA SOEIRO PEREIRA GOMES", é atravessada pela "RUA CARDEAL MACIER" e converge-lhe no seu lado esquerdo a "RUA GENERAL LEMAN.
Por sugestão da Comissão de Melhoramentos do "BAIRRO DA BÉLGICA", foi pedido à autarquia lisboeta em 10.05.1926, que fossem atribuídos neste BAIRRO topónimos alusivos à BÉLGICA, seguindo o exemplo do sucedido anos antes, como o BAIRRO DE INGLATERRA.   Assim por EDITAL de 30 de Junho de 1926, "PORTUGAL DURÃO" passou a ser o topónimo das RUAS "C"e "G"do BAIRRO DA BÉLGICA, com a legenda "Insigne Colónial (1871-1925)".
O "BAIRRO DA BÉLGICA" exalta da sua toponímia a resistência dos seus heróis, à ocupação alemã no decorrer da "I GUERRA MUNDIAL"
Aquando da eclosão da "I GUERRA"em 1914, a BÉLGICA declarou-se neutral mas as tropas alemãs invadiram o país no dia 2 de Agosto, para surpreender o exército francês, e aí permaneceram ocupando a quase totalidade do país até que os aliados conseguiram a libertação do mesmo em Novembro de 1918.

«ALBANO AUGUSTO PORTUGAL DURÃO», nasceu na SERTÃ em 22.03.1871 e faleceu em LISBOA a 13.11.1925. Entrou para a ARMADA em 1887 e em 1918, já tinha o posto de "CAPITÃO-TENENTE". Durante a sua vida militar, participou em várias Campanhas por terras de ÁFRICA, como o reconhecimento dos territórios de MALANGE, NUMULIA e LOMUE, bem como desempenhou cargos civis de relevo, como o de Administrador dos TRANSPORTES MARÍTIMOS DO ESTADO e da COMPANHIA DA ZAMBÉZIA, para além de director de MINAS em TETE (Moçambique), e ainda, como membro do Conselho Fiscal do "BANCO INDUSTRIAL PORTUGUÊS".
Este Republicano membro do PARTIDO DEMOCRÁTICO foi MINISTRO DA AGRICULTURA, de 4 a 19 de Maio de 1921, no Governo de"BERNARDINO MACHADO", "MINISTRO DAS FINANÇAS", no governo de "ANTÓNIO MARIA DA SILVA", de 6 de Novembro a 26 de Agosto de 1922 e MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (ainda no 2º Governo de "ANTÓNIO MARIA DA SILVA") de 1 de Julho a 1 de Agosto de 1925.( 1 ).
"PORTUGAL DURÃO" foi também PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, no período de 5 de Abril de 1923 até à sua morte.
Ainda no âmbito da participação de PORTUGAL na "I GUERRA MUNDIAL", "PORTUGAL DURÃO"foi vogal da"COMISSÃO EXECUTIVA DA CONFERÊNCIA DA PAZ", e foi agraciado com a comenda da ORDEM MILITAR DE AVIS (1919) ( 2 ).

( 1 ) - Centro de Estudos do Pensamento Político.
( 2 ) - Toponímia de LISBOA - CML.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA PORTUGAL DURÃO [ II ] -GRUPO AMIGOS DE LISBOA e JOAQUIM DURÃO(Mestre de Xadrez)». 

RUA PORTUGAL DURÃO [ II ]

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«GRUPO AMIGOS DE LISBOA e JOAQUIM DURÃO (MESTRE DE XADREZ)»
 Rua Portugal Durão - (2016) - (Um troço da "RUA PORTUGAL DURÃO" de Sul para Norte)  in GOOGLE EARTH
 Rua Portugal Durão - (Anos 30 do século XX) - Desenho de Almada Negreiros- ("Emblema" do "GRUPO AMIGOS DE LISBOA" desenhado pelo Artista Almada Negreiros para este Grupo, presentemente nesta Rua de Lisboa)  in AMIGOS DE LISBOA 
 Rua Portugal Durão - ( 2015 ) - Foto de autor não identificado(O MESTRE "JOAQUIM DURÃO" durante uma partida de Xadrez, representando o nosso país)  inZAP
 Rua Portugal Durão - ( 2016 )- (Início da "RUA PORTUGAL DURÃO" na actual freguesia das "AVENIDAS NOVAS"  in  GOOGLE EARTH
 Rua Portugal Durão - ( 2016 )- (Vista da "Rua Filipe da Mata" o início da "RUA PORTUGAL DURÃO" no BAIRRO DA BÉLGICA)  in GOOGLE EARTH
Rua Portugal Durão - (1977) - Foto de autor não identificado - (Pavilhão da "COMISSÃO DE MORADORES" ma "RUA PORTUGAL DURÃO" nos anos setenta do século passado)  in AML 

(CONTINUAÇÃO) - «RUA PORTUGAL DURÃO [ II ]

«"GRUPO AMIGOS DE LISBOA" E 
JOAQUIM DURÃO(MESTRE DE XADREZ)»

SINOPSE DO GRUPO AMIGOS DE LISBOA
Esta instituição de utilidade pública tem a sue Sede na "RUA PORTUGAL DURÃO" desde ABRIL de 2003. Tem por objectivo a defesa do património artístico, Monumental e Documental OLISIPONENSE.
Faziam parte da primeira Comissão organizadora alguns vultos da nossa Olisipografia, tais como: AUGUSTO VIEIRA DA SILVA, EDUARDO NEVES, GUSTAVO DE MATOS SEQUEIRA, JOÃO PINTO DE CARVALHO (Tinop), LEITÃO DE BARROS, LUÍS PASTOR DE MACEDO, NORBERTO DE ARAÚJO e ROCHA MARTINS, entre outros. Em 18 de Abril de 1936 realizou-se a primeira Assembleia Geral dos «AMIGOS DE LISBOA» tendo sido aprovado os seus ESTATUTOS, confirmados oficialmente por alvará de 22 de Julho do mesmo ano.
Como Presidente da Junta Directiva ficou o Engº AUGUSTO VIEIRA DA SILVA e no cargo de SECRETÁRIA-GERAL  "LUÍS PASTOR DE MACEDO", que foi o dinamizador e organizador do GRUPO, para o qual ALMADA NEGREIROS, (um dos seus fundadores), desenharia o EMBLEMA.
Na Presidência das sucessivas JUNTAS DIRECTIVAS foram passando figuras eminentes da vida lisboeta como Professores Doutores; REINALDO DOS SANTOS, CELESTINO DA COSTA, FERNANDO DE FREITAS SIMÕES,  Dr. EDUARDO NEVES e Professor Doutor JOÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA.
Em Janeiro de 1938 saía o BOLETIM oficial da nova instituição com o título «OLISIPO».
Sediados provisoriamente nas instalações da SOCIEDADE DE PROPAGANDA DE PORTUGAL, os AMIGOS DE LISBOA tiveram a sua própria sede, primeiro na "RUA GARRETT, 66-2º (Palácio Marquês de Nisa), transitando em Junho de 1953 para o LARGO TRINDADE COELHO, 9-1º, e em Julho de 1975 para o PALÁCIO DA MITRA, na RUA DO AÇUCAR no BEATO, passando em Abril de 2003 para a RUA PORTUGAL DURÃO, 58-A, onde funciona actualmente.

«JOAQUIM DURÃO (MESTRE DE XADREZ)»
Poderá, eventualmente parecer caricato incluir esta personagem fora do contexto a que nos temos pautado, mas existe uma explicação:
Quando pesquisava a "RUA PORTUGAL DURÃO" apareceu-me o nome de JOAQUIMDURÃO, falecido em 2015 (e sem Rua atribuída), quis prestar-lhe a minha homenagem. 
"JOAQUIM DURÃO" foi um campeão de XADREZ, tive o privilégio de jogar uma simultânea (empatando) em 1963 nas antigas instalações da FNAT na Rua Vítor Cordon. Eu e meu cunhado (já falecido) convivemos bastante com "JOAQUIM DURÃO", porém, com a nossa ida para a ÁFRICA DO SUL perdeu-se o contacto. 
"JOAQUIM DURÃO" nasceu em LISBOA a 25 de Outubro de 1930 e faleceu também em LISBOA a 21 de Maio de 2015.
Em 1951 passou a integrar a SECÇÃO DE LISBOA e em 1958 chefiou a equipa portuguesa que participou no Campeonato do Mundo de Xadrez (MUNIQUE).
CAMPEÃO NACIONAL individual em 1955, conservando o título até 1974. Dedicado ao XADREZ, além de jogador, dirigente, organizador e divulgador desta modalidade. Fundou e dirigiu a revista "XEQUE-MATE" (1954-1956), tendo colaborado em diversas publicações da especialidade tanto nacionais como estrangeiras. Diz-nos a Wikipédia que "JOAQUIMDURÃO" foi 13 vezes CAMPEÃO NACIONAL e representou PORTUGAL em 10 OLIMPÍADAS DE XADREZ, incluindo uma partida com "BOBBY FISCHER" (Campeão do Mundo na época). Foi Presidente da Federação Portuguesa de Xadrez, alguns anos.

BIBLIOGRAFIA

- MARQUES, A. H. Oliveira - Guia de História da 1ª República Portuguesa - Imprensa Universitária Editorial Estampa - 1981 - LISBOA.
- MARQUES. A. H. Oliveira - Parlamentares e Ministros da 1ª República, Edicções Afrontamento - 2000 - LISBOA.
- NOVA ENCICLOPÉDIA LAROUSSE - Círculo de Leitores - 1994 - LISBOA.

INTERNET


(PRÓXIMA)«RUA DA PALMA [ I ] A RUA DA PALMA E SEU ENVOLVENTE»

RUA DA PALMA [ I ]

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 «A RUA DA PALMA E SEU ENVOLVIMENTO»
 Rua da Palma - (2017) - Desenho adaptado à "RUA DA PALMA" e seu envolvente sem escala - APS - LEGENDA - 1)RUA DA PALMA - 2)IGREJA DO SOCORRO (demolida) - 3)TEATRO APOLO (demolido) - 4)REAL COLISEU DE LISBOA (demolido) - 5)GARAGEM LIZ - 6)PARAÍSO DE LISBOA (demolido) - 7)CINEMA REX (acabou) - 8)TEATRO LAURA ALVES (fechou) - 9)HOTEL MUNDIAL - 10)TEATRO ADOQUE (demolido) - 11)PALÁCIO FOLGOSA (parcialmente demolido) - X )A TORRE DO JOGO DA PÉLA está entre a TRAV. DA PALMA e a CALÇ. DO JOGO DA PÉLA - A RUA DO BENFORMOSO (a vermelho) Já foi tratada)  in   ARQUIVO/APS
 Rua da Palma - (2016) - (Panorâmica geral da RUA DA PALMA em todo o seu percurso)  in   GOOGLE EARTH
 Rua da Palma (1950-09) Foto de Eduardo Portugal - (A "RUA DA PALMA" no seu início, antes do alargamento) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 
Rua da Palma - (inicio dos anos 50 do século)(Praça Martim Moniz depois das demolições) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML  
 Rua da Palma - ( C. 1952) - Foto de Firmino Marques da Costa- ("RUA DA PALMA" e Praça Martim Moniz depois das demolições) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 
Rua da Palma - (1966) - (Estudo Topográfico da RUA DA PALMA. Conjunto de plantas referentes a estudos topográficos do troço da RUA DO BENFORMOSO e RUA DA MOURARIA, perfis transversais, planta com as galerias do metropolitano, Praça da Figueira e SOCORRO, com a localização da RUA DA PALMA, POÇO DO BORRATÉM, RUA DO ARCO DO MARQUÊS DO ALEGRETE, RUA DO SOCORRO, LARGO MARTIM MONIZ, RUA DA MOURARIA, RUA DE S. LÁZARO, BECO E RUA DO BENFORMOSO e CALÇADA DA MOURARIA, planta das galerias do METRO DO SOCORRO e INTENDENTE, perfis longitudinais das referidas galerias e planta de esgotos da zona referida, desde o POÇO DO BORRATÉM e HOTEL MUNDIAL até à AVENIDA ALMIRANTE REIS na zona do DESTERRO e LARGO DO INTENDENTE)  in  AML


(INÍCIO) - RUA DA PALMA [ I ]

«A RUA DA PALMA E SEU ENVOLVENTE»

A "RUA DA PALMA" pertencia às freguesias dos ANJOS e SANTA JUSTA, hoje com a REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012, passou a pertencer às freguesias de  «ARROIOS» e «SANTA MARIA MAIOR».
Começa na "RUA BARROS QUEIROZ"no número 2 e termina na"AVENIDA ALMIRANTEREIS", junto do"LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE". São convergentes do lado direito as artérias: TRAVESSA DO ARCO DA GRAÇA, TRAVESSA DA PALMA, CALÇADA DO JOGO DA PÉLA, RUA DO PINHEIRO FURTADO, RUA TOMÉ PIRES, RUA DE S. LÁZARO, CALÇADA DO DESTERRO e RUA NOVA DO DESTERRO. No lado esquerdo o LARGO MARTIM MONIZ. RUA FERNANDES DA FONSECA e TRAVESSA DO BENFORMOSO.

Diz-nos o olisipógrafo NORBERTO DE ARAÚJO na década de 40 do século vinte que: "Esta RUA, desafogada, hoje constituída uma única artéria, das traseiras da IGREJA DE SÃO DOMINGOS ao INTENDENTE, divide-se em dois troços. O primeiro chegava só à GUIA e é muito antigo, havendo sido nos séculos velhos arruamento dos comerciantes alemães que cultivavam religiosamente a lenda da PALMA que floria na sepultura do CAVALEIRO CRUZADO HENRIQUE DE BONA, sacrificado na Tomada de LISBOA, em 1147; foi RUA sempre estreita, muito mais que hoje é, bastante mercantil, caracterizada pelos negócios de ourives e prateiros. Existiu aqui, até há alguns anos, na esquina de S. Vicente à GUIA, uma assinalada "Ourivesaria do Cunha", que desapareceu para demolição do extremo do troço que encosta ao decrépito (e já desaparecido) PALÁCIO DO MARQUÊS DO ALEGRETE.
O segundo troço, da RUA NOVA DA PALMA", data de 1862, e chegava até ao SOCORRO, começando gradualmente a prolongar-se até ao INTENDENTE; a CÂMARA começara a comprar terrenos de hortas e campos, que por aqui existiam, desde o ano de 1776".

LUÍS PASTOR DE MACADO em "LISBOA DE LÉS-a-LÉS", Volume III refere-se também a este arruamento dizendo: " Por força do Decreto de 9 de Maio de 1776 que determinou a expropriação de 16 propriedades do lado Norte da RUA, ela ficou com a largura que hoje, envergonhada. nos oferece ainda.(...) Mas a cidade continua a alargar-se e os seus BAIRROS excêntricos a povoarem-se (...) e assim, a CÂMARA não teve mais que fazer se não mandar elaborar a planta do prolongamento da "RUA DA PALMA" até ao INTENDENTE. Foi isto em 1857 ou princípios de 1858. (...) Pois o projecto do prolongamento estava concluído em Setembro de 1858 e foi aprovado na sessão Camarária efectuada no dia 30 daquele mês, mas, na verdade, esse projecto foi aprovado não como o do prolongamento da antiga RUA DA PALMA, mas sim como o de uma artéria independente e que portanto necessitava de ter um nome". 
Passaram-se meses, o Governador Civil, que andava cogitando em acabar com o transtorno que provinha de existirem nomes iguais em várias RUAS, e em suprimir os nomes de algumas que pareciam ser prolongamento de outras, um dia encheu-se de coragem e mandou fazer um EDITAL onde os topónimos citadinos parecia dançarem uma quadrilha interminável. Uns iam para a direita, outros para a esquerda, uns avançavam, outros recuavam, muitos desapareciam na grande confusão. Um deles foi o da  jovem RUA DA IMPRENSA, que viu o seu território ficar sob a denominação de"RUA NOVA DA PALMA".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA PALMA [ II ] A RUA DA PALMA ( 1 )» 


RUA DA PALMA [ II ]

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«A RUA DA PALMA ( 1 )»
Rua da Palma - (2016) - (Panorâmica da RUA DA PALMA estando o HOTEL MUNDIAL em grande destaque)   in GOOGLE EARTH
 Rua da Palma - (post. 1940) - (C.M.L. Planta) - (Plano de remodelação da BAIXA, obras do prolongamento da RUA DA PALMA)    in    AML 
 Rua da Palma - (1945-03) Foto de autor não identificado- (Panorâmica sobre a RUA DA PALMA) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in  AML 
 Rua da Palma (ant. 1947) Foto de Paulo Guedes - Panorâmica da encosta do Castelo a partir da RUA DA PALMA, que nesta altura ainda existia o TEATRO APOLO) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 
 Rua da Palma - (195_) Foto de Judah Benoliel- ( A RUA DA PALMA e MARTIM MONIZ depois das demolições nessa década) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in AML 
Rua da Palma - (195_) - Foto de Eduardo Portugal- (Panorâmica da PRAÇA MARTIM MONIZ e RUA DA PALMA aquando das demolições)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in AML 


(CONTINUAÇÃO) - RUA DA PALMA [ II ]

«A RUA DA PALMA ( 1 )»

Qualquer cidadão que passe hoje na "RUA DA PALMA" não suspeita sequer do espaço que ali existiu. De facto, acima do PALÁCIO FOLGOSA (onde se encontrava alguns serviços públicos da C.M.L.), e até à CALÇADA DO DESTERRO, germinavam com rapidez as lojas; Sapatarias, Vendas de Loiça e Vidros, Pastelarias etc.. Existiu ainda o CINEMA REX (depois transformado no TEATRO LAURA ALVES, para logo voltar à primeira forma). Do "PARAÍSO DE LISBOA" nem vestígios. No entanto, tudo aquilo era, como se disse, um espaço aberto, jardins e terrenos ligados ao PALÁCIO FOLGOSA.
Esta "RUA DA PALMA" tem, aliás, longa história: era a "RUA DO SENHOR DA PALMA", devendo o nome ao facto de ter por ali ficado a sepultura um CRUZADO ALEMÃO de BONA, que ajudara as tropas de DOM AFONSO HENRIQUES quando da conquista de LISBOA aos MOUROS em 1147. Uma "palma" ficou sempre na sepultura do antigo combatente, dando nome ao local.

 No século XVII, dela nos conta "D. FERNANDO MANUEL DE MELO", dizendo que a RUA DA PALMA era "longa, estreita e sem travessias". Depois,  na transição entre os séculos XIX e XX, o seu tamanho aumentou; a partir da "IGREJA DO SOCORRO" (demolida no ano de 1949), prolongou-se esta via até às traseiras da IGREJA DE SÃO DOMINGOS", sacrificando para tanto a  "HORTA DO CATAVENTO", onde se jogava o "CHINQUILHO" e à BOLA (lembrada na TOPONÍMIA DE LISBOA) e se podia merendar em amenos caramanchões.

A "RUA DA PALMA" passou a ser uma rua "da Moda", nomeadamente por ali existirem casas de espectáculos que, de algum modo, por ali abundavam; em baixo, no "SOCORRO", onde hoje está a estação do METRO, crismada de "MARTIM MONIZ", existia muito perto o "TEATRO APOLO" (primeiro chamado de PRÍNCIPE REAL"), que no ano de 1957 o seu recheio foi vendido em LEILÃO, e o edifício demolido.
Mais para o final da "RUA DA PALMA" ali junto do "HOSPITAL DO DESTERRO", estava o já referido "REAL COLISEU DE LISBOA" onde pela primeira vez se viu cinema em LISBOA (no ano de 1896); este, no entanto cedo começou a perder a popularidade, "esmagado" que foi pelo "COLISEU DOS RECREIOS" ( das Portas de Santo Antão).
A abertura do "PARAÍSO DE LISBOA" mais gente trouxe à RUA DA PALMA, ávida do modernismo que o novo recinto prometia.

Recuando uns anos a trás, há quem se lembre de ter ouvido falar no prolongamento da AVENIDA ALMIRANTE REIS e da RUA DA PALMA até ao ROSSIO, alargando a "garganta" da parte antiga da RUA para melhor escoamento do transito. O Arquitecto "FARIA DA COSTA" apresentou o seu plano de Remodelação da BAIXA DE LISBOA. O plano foi bem acolhido em 1948, no entanto já se procedia a algumas demolições.
O primeiro a desaparecer nesta saga de demolições com ou sem plano definido, foi em 1946 o "PALÁCIO DO MARQUÊS DO ALEGRETE", depois, quarteirão por quarteirão lá os foram demolindo. A "IGREJA DO SOCORRO"  demolida em 1949, seguindo-se os prédios vizinhos de várias RUAS

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA PALMA [ III ] A RUA DA PALMA ( 2 )»   

RUA DA PALMA [ III ]

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«A RUA DA PALMA ( 2 ) »
 Rua da Palma - (1987) - A. Vieira da Silva - Mapa- (Das Portas da Mouraria ao Postigo da Graça - MAPA II - Podemos observar a existência do início da RUA DA PALMA - junto da Porta da Rua da Palma - a artéria continuava com a RUA NOVA DA PALMA que, para tal, foi demolida a "ERMIDA DE Nª. Sª. DA GUIA. Sendo considerado este o primeiro troço da "RUA DA PALMA").  inA CERCA FERNANDINA DE LISBOA - VOLUME I
 Rua da Palma - (2016)- (Panorama da "RUA DA PALMA" no cruzamento da "RUA DE SÃO LÁZARO" e a "RUA FERNANDES DA FONSECA" antigo "SOCORRO") in GOOGLE EARTH
 Rua da Palma -(19--) Foto de Alberto Carlos Lino- (Armazém Chinês Estabelecimento de "J. J. da Cunha" na RUA DA PALMA)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)   in   AML 
 Rua da Palma - (191-) Foto de Joshua Benoile- (A "Ourivesaria de ABEL MARTINS & Cª.", antiga "CASA MOURÃO" na RUA DA PALMA)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 
 Rua da Palma - (c. de 1946) Foto de Judah Benoliel- (A MOURARIA antes da demolição: 1ª transversal, RUA DA MOURARIA; 2ª. transversal, RUA DA PALMA; 3ª. transversal, RUA DAS  ATAFONAS; 4ª. transversal, RUA DO SOCORRO, ao fundo, a CALÇADA DO JOGO DA PÉLA) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML 
Rua da Palma (195-) - Foto de Judh Benoliel- (A "RUA DA PALMA" na época das sapatarias e ourivesarias construídas em madeira pela firma "Sociedade de Construções Amadeu Gaudêncio,Lda) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in   AML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA DA PALMA [ III ]

«A RUA DA PALMA ( 2 ) »

Em meados do século XVI foi aberta uma porta no troço da MURALHA DA CERCA FERNANDINA, a que deram o nome de"PORTA DA RUA DA PALMA"ou POSTIGOà "RUA NOVA DA PALMA, que se abriu ao"JOGO DA PÉLA", ou POSTIGO NOVO. (VER MAPA II - DAS PORTAS DA MOURARIA AO POSTIGO DO ARCO DA GRAÇA).
Ficava situado no ponto onde sensivelmente existe a "RUA DA PALMA e se cruza com a "TRAVESSA DA PALMA". Foi aberto pelo motivo de se ter rasgado, pela mesma ocasião, a "RUA NOVA DA PALMA", do lado intramuros, e estabelecida a comunicação desta com o sítio do "JOGO DA PÉLA", extramuros. Pensa-se que serviu uma simples abertura na MURALHA, em que se colocaram portas de madeira, com a indicação por cima, em 1712 e em 1750,"uma aceada capela de invocação a Nossa Senhora do Rosário".  Está representada na revista OLISSIPPO de THEATRUM URBIUM, de JORGE BRÁUNIO (1596); foi demolida depois do Terramoto de 1755 e dela não restam vestígios.

No século XVI possuía o "CONVENTO DE SÃO VICENTE DE FORA" uma grande horta intramuros; "com assentamento de casas, poço, nora e chão de sequeiro, dentro dos muros debaixo da porta de "SÃO VICENTE", junto ao MOSTEIRO DE SÃO DOMINGOS", no sítio da "RUA DOS CANOS" e"RUA DA PALMA", onde existiam 18 moradas de casas, que o CONVENTO aforou em 28 de Novembro de 1524 a um FERNÃO DIAS e sua mulher, avós de FRANCISCA COELHA, casada com um "JOÃO PALMA", Cavaleiro fidalgo da CASA DE EL-REI, que em 1554 estavam senhores da horta.
O MOSTEIRO DE SÃO VICENTE, querendo tirar maior rendimento da horta, e fazer nela mais trinta casas, modificou em 10 de Outubro de 1554 o seu contrato com o "enfiteuta" (foreiro), modificação também aceite pela mulher em 30 do mesmo mês, pelo que estes ficaram obrigados, sob certas condições, a fazer "uma rua pelo meio da horta com 15 palmos (3,3 metros) de largura, desde o MOSTEIRO DE SÃO DOMINGOS até à rua que passava entre o muro da cidade e as casas que eles tinham"( 1 ), rua representada actualmente (1948) pelo começo inferior da "TRAVESSA DA PALMA".

Foi pois nos terrenos dessa horta do MOSTEIRO que em meados do século XVI se rasgou, paralelamente à "RUA DOS CANOS", intramuros, a RUA de que é representante a "RUA DA PALMA", entre as traseiras da IGREJA DE SÃO DOMINGOS e o actual LARGO MARTIM MONIZ. Outras denominações existiram para a RUA DA PALMA. Quando se construiu a RUA , e simultaneamente se abriu o postigo no seu topo, que defrontava então a MURALHA DA CERCA, a RUA começou por não ter nome, e para referência designavam-na simplesmente por "RUA DA PORTA NOVA". Mas esta denominação, ou designação da RUA , deve ter durado muito pouco tempo, talvez mesmo apenas uns meses, porque como nela tinha casa sua, onde morava, o Cavaleiro JOÃO PALMA, ao lado de outra também sua valiosa propriedade que alugara, assim como os terrenos da horta em que a RUA havia sido rasgada, passaram a apelidar à Nova RUA o nome desse importante proprietário; mas, por ser ela de nome feminino, o povo mudou para "RUA NOVA DA PALMA".
- ( 1 ) - MOSTEIRO DE SÃO VICENTE, Livro B, arm. 48, Nº 37, fls. 15 a 23V.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA PALMA [ IV ] A RUA DA PALMA ( 3 ) »    

RUA DA PALMA [ IV ]

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«A RUA DA PALMA ( 3 )
 Rua da Palma  - (2016)- (A "RUA DA PALMA" no início do 2.º troço de alargamento para Norte, até ao HOSPITAL DO DESTERRO)  in GOOGLE EARTH
 Rua da Palma - (2016)- (A "RUA DA PALMA" já no seu final, sentido Norte. À nossa esquerda podemos ver um edifício comprido, era neste espaço o "REAL COLISEU DE LISBOA (1887-1926), hoje a "GARAGEM  LIZ", possivelmente amanhã um Centro Comercial)  inGOOGLE EARTH
 Rua da Palma - (2016)-  (A "RUA DA PALMA" junto da "CALÇADA DO JOGO DA PÉLA" agora melhorada e com novos edifícios no seu percurso)  in GOOGLE EARTH
 Rua da Palma - (1911) Foto de Joshua Benoliel- (Final da "RUA DA PALMA" anexos do HOSTIPAL DO DESTERRO que nessa época obrigavam o transito a passar pelo "LARGO DO INTENDENTE". O edifício na esquina de gaveto recebeu o prémio VALMOR) (ABREEM TAMANHO GRANDE)  in WIKIPÉDIA
 Rua da Palma - (195-) Foto de Judah Benoliel- ( A "RUA DA PALMA" e Praça Martim Moniz, depois das demolições)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in AML 
Rua da Palma - (1951) Foto de Eduardo Portugal - ( Panorama da Praça Martim Moniz e RUA DA PALMA aquando das demolições)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML 


(CONTINUAÇÃO) - RUA DA PALMA [ IV ]

«A RUA DA PALMA ( 3 ) »

O segundo troço da "RUA DA PALMA" prolongou-se até ao INTENDENTE.
O primitivo troço desta RUA que não se rasgou, ia desde as traseiras da capela-Mor (Abside) da "IGREJA DE SÃO DOMINGOS" até à MURALHA DA CERCA FERNANDINA, abrindo para o terreiro que se chamava "JOGO DA PÉLA".

Este novo troço de RUA, aberto em 1858/1859, recebeu o nome de "RUA DA IMPRENSA", mas esta denominação durou apenas um ano, pois que, pelo EDITAL de 1 de Setembro de 1859, foi trocada em "RUA NOVA DA PALMA" e incorporada a nova artéria no primitivo troço da rua quinhentista que já tinha esse nome ( 1 ).
Em 1880 passou esta via pública, do extremo a chamar-se "RUA DA PALMA"( 2 ).
Um dos edifícios que foi necessário demolir para a abertura do novo troço da RUA foi a ERMIDA DE NOSSA SENHORA DA GUIA, que durou apenas 100 anos.
Dava a "PORTA DA RUA DA RUA DA PALMA" saída para o sítio do "JOGO DA PÉLA", que, como se vê, é de denominação muito antiga, e de significação intuitiva.
A "CALÇADA DO JOGO DA PÉLA"é um alargamento da "RUA DA PALMA", no prolongamento do "LARGO DO MARTIM MONIZ para Oeste, subindo, em  escadaria até à RUA DO ARCO DA GRAÇA.
No Postigo da RUA DA PALMA começava a MURALHA DA CERCA a subir a encosta do "MONTE DE SANT'ANA" e prosseguia para poente, segundo um lanço rectilíneo, ao longo da actual "TRAVESSA DA PALMA"( 3 ), antiga "RUA DAS PARREIRAS" ou da "PARREIRA", formando a Muralha, cuja directriz ainda se pode distinguir nitidamente, o lado Norte desta via pública. Neste lanço da Muralha estavam pegadas duas Torres. Felizmente que a nova intenção urbanística desse local deixou-nos visível uma parte desse conjunto de MURALHA). Chamava-se 1.º CUBELO DA MURALHA - o cubelo inferior ficava um pouco abaixo do ponto onde a actual "TRAVESSA DO ARCO DA GRAÇA" vai entroncar na "TRAVESSA DA PALMA".

Em meados do século XIX, com o grande aumento da população lisboeta, reconheceu-se a necessidade de abrir uma nova artéria no seguimento da "RUA NOVA DA PALMA",  o que se fez através de hortas do vale, desde o sítio do "JOGO DA PÉLA" até ao    "LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE

-( 1 ) -LISBOA de Lés-a-Lés, de Luís Pastor de Macedo, Volume III pag. 199.
- ( 2 ) - Deliberação Camarária de 18 de Maio e Edital de 8 de Junho de 1889.
- ( 3 ) - EDITAL de 8 de Junho de 1889.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA PALMA [V] O CRUZADO HENRIQUE DE BONA (1 )»

RUA DA PALMA [ V ]

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«O CRUZADO HENRIQUE DE BONA ( 1 )»
 Rua da Palma - (1917) - Aguarela de Alfredo ROQUE GAMEIRO representando a tomada de Lisboa em 25.10.1147)-  ( A Conquista de LISBOA aos Mouros só foi possível com a ajuda dos Cruzados do Norte da Europa)  in PORTUGAL GLORIOSO 
 Rua da Palma -(Os Cruzados amigos que ajudaram DOM AFONSO HENRIQUES na conquista de LISBOA aos MOUROS em 1147)   in AFONSO HENRIQUES
 Rua da Palma - (2010) - Foto de João Paulo Dias- (Visita à sepultura do Cruzado Cavaleiro Henrique, originário de BONA, que morreu na conquista de LISBOA aos MOUROS,  e está sepultado na IGREJA DE SÃO VICENTE DE FORA) in PADRE JOSÉ CORREIA CUNHA
 Rua da Palma - ( 2011)-  (Panorâmica da Baixa de LISBOA nocturna. Cristo Rei na outra banda, a Ponte 25 de Abril,  Centro Comercial Mouraria, Hotel Mundial e o enquadramento do MARTIM MONIZ e RUA DA PALMA)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  WORDPRESS
Rua da Palma - (195_) Foto de Judah Benoliel- (Panorâmica da RUA DA PALMA junto do MARTIM MONIZ na década de cinquenta)  (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in  AML

(CONTINUAÇÃO)-RUA DA PALMA [ V ]

«O CRUZADO HENRIQUE DE BONA ( 1 )»

A chamada pitoresca e não menos expressiva de característica bizarra dos primitivos bairros da lendária cidade, é a «VELHA RUA DA PALMA» que abraçava a MOURARIA. Este arruamento, que em épocas transactas se apresentava muito desmantelado, ainda conserva muito de primitivo. 
Tem os seus pergaminhos numa PALMEIRA"milagrosa" na campa de um cruzado, (que dera a sua vida por LISBOA, é venerado como Mártir, foi tal como seus companheiros germanos, sepultado em cemitérios improvisados durante o cerco)nesta "velha"«RUA DA PALMA», com a designação cuja origem remonta aos tempos da fundação da nacionalidade e da "CONQUISTA DE LISBOA AOS MOUROS" em 1147.  Na qual, como se sabe, os CRUZADOS do NORTE DA EUROPA em viagem para a PALESTINA deram uma ajuda decisiva a DOM AFONSO HENRIQUES.
Um deles, paradigma do valor dos companheiros do exército alemão que, pela PORTA DO MAR, diante do CAIS DE SANTARÉM, invadiu o burgo, é aquele guerreiro, Cavaleiro alemão «HENRIQUE DE BONA», de quem tanto CAMÕES celebrou a sua lenda no CANTO VIII, da oitava 18:

                         "NÃO VÊS UM AJUNTAMENTO, DE ESTRANGEIRO
                           TRAJO, SAIR DA GRANDE ARMADA NOVA
                           QUE AJUDA A COMBATER O REI PRIMEIRO
                           LISBOA, DE SI DANDO SANTA PROVA?
                           OLHA HENRIQUE, FAMOSO CAVALEIRO,
                           A PALMA QUE LHE NASCEU JUNTO À COVA.
                           POR ELES MOSTRA DEUS MILAGRE VISTO:
                           GERMANOS SÃO OS MÁRTIRES DE CRISTO".

E já o épico aponta a palmeira que lhe brotou da sepultura, como atributo dos prodígios operados por morte do célebre CRUZADO, cuja memória simbolicamente se evoca na designação da movimentada "RUA DA PALMA" vizinha da "MOURARIA" e por onde desfila a procissão da SENHORA DA SAÚDE celebrada por inspirados poetas populares.

O famoso CAVALEIRO DA PALMA, natural de BONA (ALEMANHA), morreu aureolado do prestígio dos heróis quase lendários e da santidade exaltada poética e sentimentalmente enraizada na alma do povo lisboeta, crente nos milagres com a mesma fé, ardente e inabalável, do REI DOM AFONSO HENRIQUES.

Os milagres que se atribuem às cinzas do heróico batalhador, guardadas na CAPELA DE SANTO ANTÓNIO do MOSTEIRO DE SÃO VICENTE DE FORA, e a palma "que lhe nasceu na sepultura e sarava as doenças",  foram descritos no «INDICULUM», na célebre crónica do CRUZADO "OSBERNO" e na narrativa de "ARNULFO", na «HISTÓRIAECLESIÁSTICA», de DOM RODRIGO DA CUNHA; na biografia do PAPA  EUGÉNIO III, do CARDEAL DE ARAGÃO, Etc..
DUARTE GALVÃO,  quando foi à ALEMANHA, como embaixador, visitou em BONA os lugares onde decorreu a mocidade do insigne CAVALEIRO GERMÂNICO, assinala na «CRÓNICA DE EL-REI DOM AFONSO HENRIQUES» o favor da fé de toda a gente na benta palmeira nascida na campa do Cruzado.

(CONTINUA)-(PRÓXIMA)«RUA DA PALMA [VI]-O CRUZADO HENRIQUE DE BONA (2)

RUA DA PALMA [ VI ]

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«O CRUZADO HENRIQUE DE BONA ( 2 )»
 Rua da Palma - (século XI)- (Algumas das várias Ordens Religiosas-Militares que se investiram nas CRUZADAS. E foi com a ajuda de uma expedição de Cruzados que se dirigiam para a PALESTINA, que DOM AFONSO HENRIQUES, conseguiu conquistar LISBOA aos MOUROS. Considerada a CRUZADA DO OCIDENTE) (ABRE EM TAMANHOGRANDE)  in OS LUSON@UTAS
 Rua da Palma - (2011) (Desenho de autor não identificado)- (Fardamento de Cavaleiro das Cruzadas que ajudaram DOM AFONSO HENRIQUES na Conquista de LISBOA em 1147)  in MEMÓRIAS-HISTÓRIAS
 Rua da Palma - (2010) Foto de João Paulo Dias - (Homenagem prestada na "IGREJA DE SÃO VICENTE DE FORA" frente ao ossário do Cruzado Cavaleiro Henrique de Bona)  in PADRE JOSÉ CORREIA CUNHA
 Rua da Palma- (Placa tumular do Cavaleiro "HENRIQUE ALEMÃO", um cruzado que auxiliou à Conquista de LISBOA, encontra-se na IGREJA DE SÃO VICENTE DE FORA,  escrita em português arcaico)  in  HISTÓRIA DE PORTUGAL (Dirc. de JOSÉ HERMANO SARAIVA)
 Rua da Palma - (2006) Foto de Luís Pavão- ("RUA DA PALMA" com o CASTELO DE SÃO JORGE no lado esquerdo em cima)   in    AML
Rua da Palma - (2016)- (Uma vista da "RUA DA PALMA" no lado Sul, à esquerda os novos edifícios à direita a "PRAÇA MARTIM MONIZ")   in   GOOGLE EARTH  

(CONTINUAÇÃO) - RUA DA PALMA [ VI ]

«O CRUZADO HENRIQUE DE BONA ( 2 )»

As pessoas que ali iam rezar, quando tomadas por algum «perturbação de doença», logo se sentiam mais aliviadas. O corpo do Guerreiro em "suspeita de santidade" foi exumado pelos cónegos regentes que o transladaram para o «MOSTEIRO DE SÃO VICENTE DE FORA».
As relíquias do "CAVALEIRO HENRIQUE DE BONA" foram metidas num caixão de cedro forrado a veludo e foi levado para a sacristia, onde esteve muitos anos em lugar alto, na parede defronte da porta. No cofre foi gravada uma longa inscrição em LATIM, que rezava assim: «AQUI JAZ O ANIMOSO E VALENTE CAVALEIRO HENRIQUE; DERRAMOU O SEU SANGUE E DESBARATOU AS HOSTES INIMIGAS. DILIGENTE, CHEGOU OUTRORA A ESTAS PRAIAS OCIDENTAIS; TOMOU GUIADO PELA DIVINDADE O SEU DESCONHECIDO CAMINHO. APRESENTOU-SE ANTE ESTA CIDADE NA OCASIÃO EM QUE EL-REI DOM AFONSO HENRIQUES MOVIA AS SUAS ARMAS CONTRA OS MOUROS; E PRODIGALIZOU A SUA VIDA».

A RUA ONDE OS ALEMÃES MORAVAM

Os sucessos maravilhosos ligados à morte do CAVALEIRO HENRIQUE e os aspectos mareantes das remotas tradições e das singulares características  da popular artéria citadina, são descritos pela admirável evocação da «LISBOA ANTIGA», que assim celebra o passado histórico e os títulos valiosos da "velha"«RUA DA PALMA».
E "JÚLIO DE CASTILHO" alude ao sinal que surgiu na campa do chorado CAVALEIRO HENRIQUE e foi tornado pela crença popular como auspicioso de grandes milagres. No tempo de "FREI NICOLAU DE SANTA MARIA", isto é, pelo meio do século XVII, no "Sacrário" das relíquias do MOSTEIRO DE SÃO VICENTE DE FORA, num relicário de Prata, parte de um ramo e cacho, que a tradição dizia arrancados pelas mãos do próprio REI e doados ao MOSTEIRO.
Narra ainda o cronista dos cónegos regentes que, em terrenos do MOSTEIRO se abriu uma RUA em 1554, toda foreira a ele; que nesta RUA se domiciliavam de preferência os Alemães estabelecidos em LISBOA, todos devotos do seu glorioso patrício HENRIQUE, e romeiros habituais da sua palma, que por devoção, veio a chamar-se "RUA DA PALMA".

Encontra-se num túmulo na CAPELA DE SANTO ANTÓNIO do"MOSTEIRO DE SÃO VICENTE DE FORA", os ossos do CRUZADO HENRIQUE DE BONA, cuja lápide em português arcaico reza assim: «OSSOS DO CAVALEIRO HENRIQUE ALEMÃO. QUE MORREU AJUDANDO A TOMAR ESTA CIDADE AOS MOUROS: EM CUJA SEPULTURA NASCEU UMA PALMEIRA, QUE DE UM CACHO DA PALMA, SE VALIAM MUITOS ENFERMOS E SARAVAM. O CACHO ESTÁ NO SANTUÁRIO DESTE MOSTEIRO» ( Tradução possível).

(CONTINUA)-(PRÓXIMA)«RUA DA PALMA [ VII ] A IGREJA DO SOCORRO»  

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