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Channel: RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA
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RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS-3.ª SÉRIE [ VIII ]

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«RUA BRITO ARANHA»
 Rua Brito Aranha ( 2015) - (um pormenor da "RUA BRITO ARANHA" no BAIRRO DO ARCO DO CEGO e o edifício da Segurança Social a "olhar" para esta Rua) in GOOGLE EARTH
 Rua Brito Aranha - (2015) - (Um troço da RUA BRITO ARANHA no Bairro do Arco do Cego, actual freguesia do AREEIRO)  in  GOOGLE EARTH
 Rua Brito Aranha - (2015) - (A RUA BRITO ARANHA no antigo Bairro Social do Arco do Cego, ao fundo o belíssimo edifício da Segurança Social) in  GOOGLE EARTH 
 Rua Brito Aranha - (2015) - (Panorama do "BAIRRO DO ARCO DO CEGO" onde se insere a "RUA BRITO ARANHA" actual freguesia do AREEIRO. O Edifício que se apresenta de cor azul escuro e formando um rectângulo, são as instalações da C.G.D. no AREEIRO) in GOOGLE EARTH 
 Rua Brito Aranha - (década de 60 do século XX) Foto de Artur Goulart - (Em construção o edifício junto do "BAIRRO DO ARCO DO CEGO" vista da Rua Brito Aranha)  in  AML 
Rua Brito Aranha - (1964) - Foto de Artur Goulart - ( O edifício   para o antigo  Ministério do Emprego em construção, perto da RUA BRITO ARANHA, hoje "TORRE DA SEGURANÇA SOCIAL")  in AML 

(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ VIII ]

«RUA BRITO ARANHA»

A «RUA BRITO ARANHA» pertencia à antiga freguesia de "SÃO JOÃO DE DEUS", pertence hoje à freguesia do «AREEIRO». Pela REFORMA ADMINISTRATIVA DE 2012, esta nova freguesia passou a incorporar as freguesias de "SÃO JOÃO DE DEUS"e "ALTO DO PINA".
O Edital camarário de 18 de Julho de 1933, determinou que a "RUA Nº. 1" do BAIRRO SOCIAL DO ARCO DO CEGO, tivesse o nome deste Jornalista.
Este BAIRRO DO ARCO DO CEGOé um projecto da I REPÚBLICA possivelmente no ano de 1919. A sua construção foi iniciada no princípio da década de 30 do século XX, tendo a última edificação ficado concluída no ano de 1935.
A "RUA BRITO ARANHA" começa na"RUA REIS GOMES" no número 10, e termina na "RUA BRÁS PACHECO" no número 19.
«PEDRO VENCESLAU DA SILVA ARANHA» era lisboeta, nascido em 28 de Junho de 1833, faleceu também em LISBOA em 8 de Setembro de 1914.
Jornalista. bibliógrafo e Tipógrafo, trabalhou toda a sua vida em Jornais. Começou como tipógrafo aprendiz aos 16 anos e foi singrando na profissão até ser admitido no quadro do pessoal artístico da "IMPRENSA NACIONAL".
Fazia da leitura e da conversação com gente culta os seus principais passatempos, tentando assim compensar a sua falta de estudos.
Estreou-se a escrever num jornal de nome comprido: o "JORNAL DO CENTRO PROMOTOR DOS MELHORAMENTOS DAS CLASSES LABORIOSAS". Colaborou depois na "TRIBUNA DO OPERÁRIO". O êxito dos seus escritos levou-o a trocar a tipografia pela redacção, passando a trabalhar para várias publicações.
E breve trecho, estava a colaborar no célebre "ARQUIVO PITORESCO", tendo mesmo dirigido os últimos volumes desta revista.
Foi depois o continuador de "INOCÊNCIO FRANCISCO DA SILVA" tendo ficado ligado ao "DICIONÁRIO BIBLIOGRÁFICO PORTUGUÊS" do qual completou 4 volumes. 

Boa parte da sua carreira foi, porém, dedicada ao "DIÁRIO DE NOTÍCIAS", jornal de que se tornou redactor principal desde a morte do fundador, "EDUARDO COELHO". Entretanto, foi ajudando a fundar a "SOCIEDADE DE GEOGRAFIA", o"ALBERGUE DOS INVÁLIDOS DO TRABALHO", a"ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES E JORNALISTAS", a"ASSOCIAÇÃO TIPOGRÁFICA LISBONENSE E ARTES DECORATIVAS"e o"GRÉMIO ARTÍSTICO". Do conjunto das suas obras são de destacar, "MEMÓRIAS HISTÓRICAS-ESTATÍSTICAS DE ALGUMAS VILAS E POVOAÇÕES DE PORTUGAL (1871). "SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO JORNALISMO NAS PROVÍNCIAS ULTRAMARINAS"(1885). A"IMPRENSA DE PORTUGAL NOS SÉCULOS XV E XVI"(1898).
Foi galardoado com a medalha de prata de serviços humanitários da CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA. e a"ORDEM DE TORRE E ESPADA"enquanto vogal da"ASSOCIAÇÃO TIPOGRÁFICA" durante a epidemia da febre amarela de 1857.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS- 3.ª SÉRIE [ IX ]-RUA BRITO CAMACHO ( 1 )»

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ IX ]

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«RUA BRITO CAMACHO ( 1 )»
 Rua Brito Camacho - (2015) - (A "RUA BRITO CAMACHO" vista no seu início de Sul para Norte) in GOOGLE EARTH
 Rua Brito Camacho - (2015) - (Panorama de parte da Freguesia do "LUMIAR" onde se insere a "RUA BRITO CAMACHO")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Brito Camacho - (2015) - A "RUA BRITO CAMACHO" ainda no seu prolongamento para Norte) in  GOOGLE EARTH
 Rua Brito Camacho - (2015) - (A "RUA BRITO CAMACHO" na freguesia do «LUMIAR») in  GOOGLE EARTH 
Rua Brito Camacho - (1911) - Foto de Joshua Benoliel - (A figura de Brito Camacho publicada na "Ilustração Portuguesa", jornalista e lutador político, fundador  do jornal "A LUTA")  in  WIKIPÉDIA 

(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE

«RUA BRITO CAMACHO ( 1 )»

A «RUA BRITO CAMACHO» pertence à freguesia do « L U M I A R ». Esta RUA tem o início fechado e liga a Norte com a "RUA ABEL SALAZAR" ao "ALTO DA FAIA".
«BRITO CAMACHO» não teve o seu nome numa rua de LISBOA durante o ESTADONOVO. Depois  andou esquecido durante anos.
Mas um EDITAL Camarário de 30 de Outubro de 1997, veio consagrar o seu nome na freguesia do LUMIAR, mais exactamente no  "ALTO DA FAIA".
Este Alentejano (natural de ALJUSTREL, onde nasceu a 12 de Fevereiro de 1862, veio a falecer em LISBOA em 19 de Setembro de 1934).
"BRITO CAMACHO" era médico militar (formado em LISBOA), embora as suas duas grandes paixões fossem sempre o jornalismo e a política.
 Na verdade, foi desde muito jovem um ardoroso militante republicano. E para servir esse seu ideal, fundou e dirigiu dois jornais e colaborou em vários.
Notabilizou-se em diversas facetas, pelos seus ditos e pelos seus feitos, no que respeita à transmissão para a posteridade. 
Conta-se que um dia "BRITO CAMACHO" foi ao Parlamento (chamado Câmara dos Deputados no tempo da "I REPÚBLICA"), ostentando na cabeça um chapéu de palha que já tinha conhecido melhores dias. Posto de lado, trémulo, quase sem forma, o "palhinhas" mais parecia peça de ferro-velho do que cobertura de cabeça de um homem que foi jornalista, deputado, chefe de partido, ministro...  Alguém fez notar, delicadamente a "CAMACHO" a  provecta idade do chapéu. Resposta imediata do "tribuno": "Se fosse de palha nova, já os meus opositores mo tinham comido...".
Na galeria de iluminados que têm sempre resposta pronta, mesmo na ponta da língua, e que disparam o comentário incisivo e ácido a tempo, «BRITO CAMACHO» teria lugar de honra.
«MANUEL BRITO CAMACHO» despertou para a política com o"ULTIMATO BRITÂNICO" de 1890. 
Começou a conviver com republicanos e em breve pronunciava em LISBOA, num "CENTRO SOCIALISTA" que existia nas AMOREIRAS, uma conferencia a que deu o titulo "A COROA SUBSTITUÍDA PELO CHAPÉU ALTO".

Destacado como militar para VISEU, lá fundou o jornal "INTRANSIGENTE", onde começou a afirmar as suas qualidades de propagandista da REPÚBLICA e de polemista.

Pode dizer-se sem receio de desmentido, que "A LUTA" foi um dos mais poderosos veículos das novas ideias e que muito trabalhou para a queda da "MONARQUIA".



(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS-3.ª SÉRIE[ X ]-RUA BRITO CAMACHO ( 2 )».

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ X ]

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«RUA BRITO CAMACHO ( 2 )»
 Rua Brito Camacho - (2015) -  (Uma vista do início da "RUA BRITO CAMACHO" na parte SUL) in GOOGLE EARTH
 Rua Brito Camacho - (2015) - (Panorama mais aproximado do sítio onde se encontra a "RUA BRITO CAMACHO" na freguesia do "LUMIAR") in GOOGLE EARTH 
 Rua Brito Camacho - (2015) - (Um troço da "RUA BRITO CAMACHO" vista de Norte para Sul)  in GOOGLE EARTH
 Rua Brito Camacho - (2015)- (Aspecto de "RUA BRITO CAMACHO" na freguesia do "LUMIAR") inGOOGLE EARTH
Rua Brito Camacho - (2015) - ( A parte Norte da "RUA BRITO CAMACHO") in GOOGLE EARTH 


(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ X ]

«RUA BRITO CAMACHO ( 2 )»

«BRITO CAMACHO» assinava os editoriais e era ainda geralmente o autor das secções "AO DE LEVE"e"ECOS", feitas de pequenas notas que, pela sua ironia e vivacidade, depressa se transformaram em leituras obrigatórias.
Tinha colaboradores de grande envergadura, como "BASÍLIO TELES", "AUGUSTO DE VASCONCELOS", " DUARTE  LEITE"e outros.
Entretanto, o jornalista foi eleito deputado pelo circulo de BEJA. Ele e o jornal "A LUTA" travaram combate em múltiplas campanhas, como o caso dos adiantamentos à CASA REAL, a questão dos TABACOS e o problema dos AÇUCARES.
Claro que, sendo como era, "A LUTA" e"CAMACHO" tiveram inimigos. Conta-se, por exemplo, que um movimento de jovens se reuniu numa agremiação que tinha a sua sede num prédio de uma rua próxima do CHIADO e se evidenciou como ferozmente "ANTI-CAMACHISTA". Em artigos na imprensa ou em comunicados, tentavam apoucar o jornalista e político. Acontecia, porém, que, no prédio onde o referido grupo se reunia, existia, num andar mais alto, um bordel mais ou menos reconhecido. Assim, ao fazerem notar a "CAMACHO" que "os garotos se andavam a meter com ele", logo a resposta explodiu: "Andam, andam... Ainda me obrigam a subir a escada e a fazer queixa às mãezinhas deles...".  

Proclamada a REPÚBLICA, "BRITO CAMACHO" fez parte do GOVERNO PROVISÓRIO", com a pasta do"FOMENTO" ( 1 ).
Fundou seguidamente o "PARTIDO REPUBLICANO UNIONISTA". Mais tarde, já nos anos vinte, foi alto-Comissário em Moçambique, ocasião em que deixou a Direcção efectiva do diário "A LUTA".
 Durante a primeira "GRANDE GUERRA" (1914-1918), manteve-se um tanto afastado do "GOVERNO DE UNIÃO SAGRADA", já que defendia que a intervenção de PORTUGAL no conflito deveria processar-se somente nas COLÓNIAS e não em FRANÇA ( 2 ).

Nos últimos anos de vida era frequentador do "CAFÉ CHIADO", aberto no local onde fora o "MARRARE" na "RUA GARRETT. Já então privado de tribuna parlamentar e jornalista, lá distribuía os seus ditos de espírito.

- ( 1 ) -"BRITO CAMACHO" como membro do Governo foi um dos mentores, conjuntamente com "JOAQUIM TEÓFILO DE BRAGA", "ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA", "AFONSO COSTA", "JOSÉ RELVAS", "ANTÓNIO XAVIER CORREIA BARRETO", "AMARO DE AZEVEDO GOMES" e "BERNARDINO MACHADO", que subscreveram  a "LEI DA SEPARAÇÃO DA IGREJA DO ESTADO", em 20 de Abril de 1911.
- (  ) - Na sequência da "REVOLUÇÃO DE 28 de Maio de 1926", "BRITO CAMACHO" foi obrigado a abandonar a actividade política, retirando-se para a vida privada.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS-3ª.SÉRIE [ XI ] - RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO».


RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS-3.ª SÉRIE [ XI ]

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«RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO»
 Rua Cândido de Figueiredo - (2015) - (Início da "RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO" vista da " RUA PADRE FRANCISCO ÁLVARES") in  GOOGLE EARTH
 Rua Cândido de Figueiredo - (2015) - (Panorâmica da "Freguesia de S. Domingos de Benfica" onde esta inserida a "RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO") inGOOGLE EARTH 
 Rua Cândido de Figueiredo - (2015) - (Um troço da "RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO"in GOOGLE EARTH
 Rua Cândido de Figueiredo - (2015) - (Mais um troço da "RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO" na freguesia de "S. DOMINGOS DE BENFICA") inGOOGLE EARTH
 Rua Cândido de Figueiredo - (2015) - ( A "RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO" no sentido de Poente para Nascente)  in  GOOGLE EARTH
 Rua Cândido de Figueiredo - (1961) Foto de Artur Inácio Bastos - (A "RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO" na freguesia de "SÃO DOMINGOS DE BENFICA") (Abre em tamanho grande)  inAML 
 Rua Cândido de Figueiredo - (1965) Foto de Artur Goulart - (A "RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO" na década de sessenta do século vinte) in AML 

Rua Cândido de Figueiredo - (1965) - Foto de Artur Goulart (A "RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO" e o "EXTERNATO S. JORGE DE BENFICA" na freguesia de "SÃO DOMINGOS DE BENFICA") in  AML


(CONTINUAÇÃO)- RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XI ]

« RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO»

A «RUA CÂNDIDO DE FIGUEIREDO» pertence à freguesia de «SÃO DOMINGOS DEBENFICA». Inicia no"LARGO MONSENHOR DELGADO"no número 10 e finaliza na "RUA PADRE FRANCISCO ÁLVARES. (Uma chamada de atenção para esta RUA que tem início com a numeração de POENTE para NASCENTE, o que não é muito habitual. Também para o facto de que em determinada altura a RUA sofreu uma alteração para nascente. Em tempos terminava na "RUA GONÇALVES VIANA" no número 13, agora com o seu prolongamento termina na "RUA PADRE FRANCISCO ÁLVARES").
O "ALTO DO MOINHO" desde 1959 pertence à freguesia de "SÃO DOMINGOS DE BENFICA"é uma zona célebre e remonta ao século XVIII.
Por um EDITAL Camarário de 29 de Janeiro de 1932, foi determinado que passasse a ostentar o nome do Dicionarista e jornalista «CÂNDIDO DE FIGUEIREDO» na antiga RUA-"B"ao"ALTO DOS MOINHOS".

«ANTÓNIO CÂNDIDO DE FIGUEIREDO» nasceu em "LOBÃO DA BEIRA" uma freguesia do Concelho de TONDELA, em 19 de Setembro de 1846 e faleceu em LISBOA a 26 de Novembro de 1926, este mestre da língua portuguesa, que foi poeta e jornalista mas ficaria para a posteridade como lexicólogo, autor de um dos mais reputados dicionários da língua portuguesa. (Nos anos cinquenta e sessenta do século XX, quando na minha fase de CHARADISTA adoptei sempre para os trabalhos de produção e decifração, o "PEQUENO DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA"de"CÂNDIDO DE FIGUEIREDO" - 10.ª Edição).
"CÂNDIDO DE FIGUEIREDO" estudou em VISEU, onde frequentou até ao termo do curso o seminário local. Não seguiu, porém, a vida eclesiástica e preferiu seguir para COIMBRA onde se formou em DIREITO. Correu várias terras do país no exercício de cargo  diversos, até se fixar em LISBOA, primeiro como professor de LICEU e depois como funcionário do MINISTÉRIO DA JUSTIÇA.
Estreando-se nas letras como poeta ("QUADROS CAMBIANTES" foi o seu primeiro livro) acabaria por acumular os seus trabalhos no funcionalismo uma intensa prática em jornais e revistas. A enumeração , não exaustiva, das publicações em que trabalhou, dá uma ideia desse labor: "PANORAMA", "ALJUBARROTA", "LUSITANO", "PROGRESSO", "BEM PÚBLICO", "VOZ FEMININA", "REV. DOS MONUMENTOS SEPULCRAIS", "DIÁRIO POPULAR", "PAÍS", "TRIBUTO POPULAR", "GAZETA SETUBALENSE", "O CENÁCULO", JORNAL DO NORTE", "JORNAL DO COMÉRCIO", no BRASIL... Foi ainda director do "DIÁRIO DE PORTUGAL" e, em 1886 fundou uma REVISTA contemporânea dos sucessos políticos; económicos, sociais e literários, chamada "A CAPITAL". Saía esta aos Domingos. Depois, foi ainda publicada uma segunda série, cujo dia de saída era à quinta.feira. Em 1887 terá acabado.
«CÂNDIDO DE FIGUEIREDO» lançou-se em novas iniciativas com o diário "O GLOBO". E, mais tarde, fixou-se como colaborador do "DIÁRIO DE NOTÍCIAS", praticamente até ao fim da sua vida. Foi um dos fundadores da "SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA".
No entanto, a obra que o celebrizou foi, contudo, o "DICIONÁRIO", com quatro edições em vida do autor. Conta-se que teve uma incursão teatral, a pedido de seu amigo "CASTILHO". Este teria prometido a uma actriz do "GINÁSIO", "EMÍLIA DOS ANJOS", uma peça traduzida de propósito para a sua festa ( o seu "benefício", como se dizia na época). Mas o poeta não teve tempo e pediu ao seu jovem e circunspecto colega "CÂNDIDO DE FIGUEIREDO"que traduzisse as"DUAS VIÚVAS". E que remédio havia se não fazer a vontade ao seu amigo e mestre.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS-3.ª SÉRIE [ XII ]-RUA EDUARDO COELHO».

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XII ]

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«RUA EDUARDO COELHO  ( 1 )
 Rua Eduardo Coelho - (2015) - (A "RUA EDUARDO COELHO" quase no seu  final, na nova freguesias da "MISERICÓRDIA" in GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Coelho - (2015) - (Um troço da "RUA EDUARDO COELHO" no sentido Norte)  in GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Coelho - (2015) - (A "RUA EDUARDO COELHO" no sentido para Norte)  in  GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Coelho - (2011) - Foto de autor não identificado - (Busto de "EDUARDO COELHO" fundador do "DIÁRIO DE NOTÍCIAS", no Jardim ANTÓNIO NOBRE em "SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA". Monumento da autoria do Arquitecto Álvaro Machado, escultura de António Costa Motta (tio).  (Abre em tamanho grande) in PERCURSOS DA NATUREZA
 Rua Eduardo Coelho - (1959) Foto de Fernando Manuel de Jesus Martins - (Um prédio em construção na "RUA EDUARDO COELHO")  in  AML
 Rua Eduardo Coelho - (1968) Foto de João H. Goulart - (A "RUA EDUARDO COELHO" na antiga freguesia das "MERCÊS")  in AML 
Rua Eduardo Coelho - (1977)  Foto de Vasques - (Um posto de Limpeza da C.M.L. na "RUA EDUARDO COELHO)  in  AML 

(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XII ]

«RUA EDUARDO COELHO ( 1 )»

A «RUA EDUARDO COELHO» pertencia à antiga freguesia das "MERCÊS". Hoje pela REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012, passou a pertencer à freguesia da «M I S E R I C Ó R D I A», agrupando com as freguesias de: "SANTA CATARINA", "ENCARNAÇÃO" e "SÃO PAULO".
A «RUA EDUARDO COELHO» começa na "RUA DO SÉCULO" no número 166 e finaliza na "RUA DA CRUZ DOS POIAIS" no número 113. 
Um EDITAL Camarário de 1893 mandou que a  "RUA DOS CARDAIS DE JESUS" passasse a chamar-se de "RUA EDUARDO COELHO". Este jornalista tem também uma "ALAMEDA" com seu nome e um busto na antiga freguesia da "ENCARNAÇÃO", hoje denominada da "MISERICÓRDIA" no "JARDIM ANTÓNIO NOBRE"na"RUA DE S. PEDRO DE ALCÂNTARA".

Que estranho sortilégio teria uma loja de ferragens na"RUA DOS FANQUEIROS", antiga "RUA NOVA DA PRINCESA" (Decreto de NOVEMBRO de 1761), para nela terem florescido nada menos de dois homens de letras embora em alturas diferentes.  Poderá pensar-se, legitimamente, que das dobradiças como dos parafusos, dos martelos e formões, se libertavam fluídos que mais convidavam a seguir o calor das laudas e das musas do que o frio do aço e do ferro. Mas a verdade é que nesse estabelecimento, situado no lado dos números pares da dita RUA, no quarteirão que logo se segue à "RUADE ALFANDEGA", trabalhavam nada menos do que "EDUARDO COELHO"e"CESÁRIOVERDE". Aí esteve instalada durante umas dezenas de anos a loja de ferragens de "JOSÉ ANASTÁCIO VERDE" (pai de "CESÁRIO VERDE).

Mas falemos de «EDUARDO COELHO» que veio de COIMBRA, onde nasceu em 23 de Abril de 1835, sendo filho de um Construtor Civil que morreu cedo, deixando o moço "JOSÉEDUARDO" impossibilitado de continuar os seus estudos. Tendo de fazer pela vida, o jovem conseguiu trabalho no COMÉRCIO, no ramo das ferragens, primeiro numa loja da então "RUA DOS CAPELISTAS" (hoje RUA DA CONCEIÇÃO) e depois no já referido estabelecimento do pai de "CESÁRIO" na"RUA DOS FANQUEIROS".
O seu gosto ia, porém, para a leitura, a escrita, a poesia. Foi o perfeito autodidacta, lendo e estudando tudo quanto lhe aparecia ao seu alcance.
Não espanta, por isso que tivesse, a breve trecho, publicado "O LIVRINHO DO CAIXEIRO", obra que tendo a particularidade de ser em verso, protestava contra as opressões de que a classe era vítima. Poesia social, em suma.
Não foram necessários mais que dois anos para abandonar a vida comercial. Para conseguir subsistir, tornou-se professor de francês, mestre de crianças e ajudava adultos, sobretudo analfabetos, escrevendo as cartas e documentos de que estes necessitassem.


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS-3.ª SÉRIE [ XIII ]-A RUA EDUARDO COELHO ( 2 )».

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XIII ]

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«RUA EDUARDO COELHO ( 2 )»
 Rua Eduardo Coelho - (20015) - (A "RUA EDUARDO COELHO" na recente freguesia da "MISERICÓRDIA" com ligação à "RUA DO SÉCULO")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Coelho - (2015) - (Final da "RUA EDUARDO COELHO" na "RUA DO SÉCULO" no número 166 próximo do "Alto do Lombo")  in GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Coelho - (2015) - (A "RUA EDUARDO COELHO" no sentido Sul) in  GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Coelho - (Post. a 1904) Foto de Fernando Martinez Pozal - (Monumento a EDUARDO COELHO no JARDIM de S. PEDRO DE ALCÂNTARA, uma obra da autoria do Arquitecto ÁLVARO MACHADO e escultura do mestre COSTA MOTTA(tio) - (Abre em tamanho grande) in AML
 Rua Eduardo Coelho ( 1964) Foto de Arnaldo Madureira - (A "RUA EDUARDO COELHO na antiga freguesia das Mercês)  in AML 
Rua Eduardo Coelho - (1967) - Foto de João H. Goulart - (A "RUA EDUARDO COELHO" na actual freguesia da "MISERICÓRDIA")  in  AML 


(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XIII ]»

«A RUA EDUARDO COELHO ( 2 )»

«EDUARDO COELHO» estreou-se nos jornais escrevendo para um semanário denominado "JARDIM LITERÁRIO", onde publicou um pequeno romance "O PASTOR DA FLORESTA". Mas quis viver este mundo por dentro, indo então para tipógrafo, tendo trabalhado em várias oficinas até ingressar na "IMPRENSA NACIONAL" na "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA".


Decidiu depois correr o risco de viver do que escrevia: foi correspondente de um jornal do PORTO, "O NACIONAL", redactor da "CRÓNICA DOS TEATROS", colaborador de "O CONSERVADOR"e da"REVOLUÇÃO DE SETEMBRO".
Entretanto escrevia peças de Teatro, Romances e fazia traduções.
Na "TIPOGRAFIA UNIVERSAL" era impresso "O CONSERVADOR", jornal onde, trabalhava "EDUARDO COELHO". Veio daí o conhecimento entre ele e  "QUINTINO" e a intimidade suficiente para que o primeiro propusesse ao segundo a concretização de um sonho: a fundação de um jornal de características diferentes.
Assim apareceu o grande jornal "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" periódico de características populares, a preço baixo, com noticiário dado o mais possível em cima do acontecimento. Foi apresentado em 29 de Dezembro de 1864, saindo o primeiro exemplar formal no dia 1 de Janeiro de 1965.
Criou assim, um novo conceito de informação, apoiado pela publicidade e distribuído na RUA, por vendedores os chamados ( ARDINAS).

[Com versos de JORGE RUA DE CARVALHO (ao qual lhe prestamos aqui a nossa homenagem) do seu livro "LISBOA SAUDADE"-Pregões e Figuras Típicas de Lisboa, anos 20-40 -  Universitária Editora - 1999 - LISBOA - página 91].
                                              O ARDINA
                                                   Olha oSÉCULO ... EO NOTÍCIAS!...
                         Um dos pregões matinais
                         que fazia as delícias
                         de quem lia os jornais.

                                                   Ainda mal rompia o dia
                         Do BAIRRO ALTO p'ra BAIXA
                         VinhaO ARDINAem correria
                         Pé descalço ou de chinelos de borracha.

O dinamismo de "EDUARDO COELHO" ficou aí bem patente . Não só "viciou" o público na compra diária do jornal, como se soube rodear dos melhores colaboradores.
O êxito foi de tal ordem que até a CÂMARA decidiu mudar o nome dos velhos "CALAFATES" passando a RUA a chamar-se quando o jornal fez 20 anos, "RUA DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS", e ainda por lá se circula em pleno BAIRRO ALTO, embora o jornal já não tenha ali a sua residência.
Foi, evidentemente a obra da sua vida. Mas "COELHO" não se ficou por ali fez parte da "COMISSÃO DO CENTENÁRIO DE CAMÕES (1880), foi co-fundador de uma "ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS E ESCRITORES PORTUGUESES", presidente da "ASSOCIAÇÃO TIPOGRÁFICA", sócio de mérito de numerosas agremiações de todo o País.
Dirigiu o «DIÁRIO DE NOTÍCIAS» até à morte, ocorrida em 14 de Março de 1889.
«EDUARDO COELHO» (1835 - 1889), tem um busto e estátua (do ardina) de bronze, com pedestal em pedra. A obra é da autoria do escultor "ANTÓNIO AUGUSTO DA COSTA MOTTA (tio) e do ARQUITECTO ÁLVARO MACHADO (Pedestal). O Monumento foi erigido por subscrição pública promovida pelo "DIÁRIO DE NOTÍCIAS". Está localizado no "JARDIM" (hoje ANTÓNIO NOBRE) em SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA, inaugurado em 1904, mostrando à posteridade o busto do fundador do "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" e um ardina que parece apregoar o jornal.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS-3.ª SÉRIE [XIX]-A RUA SCHWALBACH».

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XIV ]

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«RUA EDUARDO SCHWALBACH ( 1 )»
 Rua Eduardo Schwalbach - (2015) - (Entrada da "Rua Eduardo Schwalbach" na parte Nascente, junto da "Rua da Casquinha")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Schwalbach - (2015) - ( A "Rua Eduardo Schwalbach" no "BAIRRO DE SANTA CRUZ" em BENFICA)  in GOOGLE EARTH
 

Rua Eduardo Schwalbach - (1970) - Foto de Arnaldo Madureira     ("BAIRRO DE SANTA CRUZ", moradia na esquina da "Rua Eduardo Schwalbach")  in   AML 
 Rua Eduardo Schwalbach - (1961) Foto de Artur Inácio Bastos - (A antiga "RUA - 9" do "BAIRRO DE SANTA CRUZ" que em 1969 viria a ostentar o nome do jornalista "EDUARDO SCHWALBACH"in  AML 
 Rua Eduardo Schwalbach - (Março de 1917) - (Rosto da edição gráfica de um dos números musicais da revista de "Eduardo Schwalbach""O DIA DE JUÍZO", com música de ALVES COELHO "Pai"). inHISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL 
Rua Eduardo Schwalbach - (1944) - (Foto do Jornalista "EDUARDO SCHWALBACH" inserida no seu livro de memórias "À LAREIRA DO PASSADO")  in  LIVREIRO MONASTICON

(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XIV ]

«RUA EDUARDO SCHWALBACH ( 1 )»

A «RUA EDUARDO SCHWALBACH» pertence à freguesia de «BENFICA».  Começa na "RUA DA CASQUILHA" no número 53 e finaliza na "RUA COMANDANTE AUGUSTO CARDOSO"no número 76 no "BAIRRO DE SANTA CRUZ".  São convergentes para esta rua a "RUA CORONEL CAMPOS GONZAGA"a"RUA IRENE LISBOA"e a"RUA ALFREDO PIMENTA"(também ele jornalista).
Lisboa, deu o nome da RUA ao jornalista, 23 anos após sua morte.
Por EDITAL de 10 de Abril de 1969 foi transformada a "RUA-9" do então recente "BAIRRO DE SANTA CRUZ"na"RUA EDUARDO SCHWALBACH".
Tanto a Política como o Teatro eram, Geralmente, os outros amores dos jornalistas de gerações passadas. Ao que parece, a primeira terá ganho a batalha, já que, nos tempos que correm, mais frequente é ver a gente das redacções a ser mordida pelo micróbio político-partidário do que a deixar-se contagiar pelo gosto daquela a que era uso chamar-se a nobre " ARTE DE TALMA".
Com "EDUARDO SCHWALBACH" não se sabe, ainda hoje, como classificar: se foi um homem de teatro e também jornalista, ou foi um jornalista que também escrevia para o Teatro. Possivelmente,  nem ele sabia... Entre o "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"e o"TEATRO NACIONAL", fosse alguém capaz de escolher a sua segunda casa.
"EDUARDO FREDERICO SCHWALBACH" nasceu em LISBOA, na antiga "RUAFORMOSA" (hoje Rua de "O SÉCULO") em 18 de Maio de 1860, tendo falecido em 08 de Novembro de 1946 também em LISBOA. A sua mãe faleceu quando ele mal completara oito dias, acabou depois por viver com uma avó, na "TRAVESSA DO COLÉGIO" (antiga freguesia da PENA, hoje "ARROIOS").Fez os seus primeiros estudos em escolas que ao tempo funcionavam no PALÁCIO ALMADA ( ou da INDEPENDÊNCIA) e na"RUA DO OURO", no sítio onde veio a ter lugar o GRANDELLA.
À semelhança de seu avô, ingressou na carreira militar e chegou mesmo ao posto de Alferes.
Apesar do seu apelido Alemão, este homem de letras era lisboeta de nascimento, e neto do "GENERAL JOÃO SCHWALBACH", um militar de origem germânica que viera para PORTUGAL com o exército inglês, para dar uma ajuda contra as invasões francesas, e se batera nas batalhas de ROLIÇA e do BUÇACO. Acabando por se naturalizar português e combatendo pelos liberais, o general fora mais tarde feito VISCONDE DE SETÚBAL.

"EDUARDO SCHWALBACH" queria bastante mais que a carreira militar. Foi seu amigo "GERVÁSIO LOBATO" que o introduziu nos meios literários e jornalísticos. Estava lançada a sua nova vida, tendo visto os seus primeiros escritos publicados no "DIÁRIO DAMANHÃ". Lançou-se em seguida na aventura do lançamento de um vespertino chamado " A TARDE". Em 1902 era Director da "REVISTA DO CONSERVATÓRIO REAL DELISBOA". Mas, em 1924, tendo "AUGUSTO DE CASTRO" sido chamado a desempenhar funções diplomáticas, acabou por ser convidado para a direcção do "DIÁRIO DENOTÍCIAS", função que desempenhou durante toda a permanência do jornalista-embaixador lá por fora.
Assim, esteve naquele matutino ( que então era feito no BAIRRO ALTO) até 1930 e depois em novo período, bastante mais curto, nos anos 40.


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS-3.ª SÉRIE [ XV ]-RUA EDUARDO SCHWALBACH (2 )» 

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XV ]

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«RUA EDUARDO SCHWALBACH ( 2 )»
Rua Eduardo Schwalbach - (2015) - (A "RUA EDUARDO SCHWALBACH" no BAIRRO DE SANTA CRUZ, na freguesia de "BENFICA") inGOOGLE EARTH  
 Rua Eduardo Schwalbach - (1925) Desenho de AMARELHE - (Uma caricatura de "EDUARDO Schwalbach vista por AMARELHE)  in HISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL
 Rua Eduardo Schwalbach - (2015) -(A "RUA EDUARDO SCHWALBACH" ao fundo a "RUA DA CASQUILHA")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Schwalbach - (2015) - (A Rua Eduardo Schwalbach no sentido poente, à sua esquerda a Rua Alberto Pimenta, também um grande Jornalista)  in  GOOGLE EARTH
 Rua Eduardo Schwalbach - (1944) - (O livro "À LAREIRA DO PASSADO"-memórias de Eduardo Schwalback, primeira edição)  in LIVROS ANTIGOS 
Rua Eduardo Schwalback - (1897) Desenho de Rafael Bordalo Pinheiro (Revista "O REINO DA BÔLHA" de Eduardo Schwalbach, com música de F. Gazul e Del Negro, estreado no Teatro Condes) inHISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL


(CONTINUAÇÃO)-RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ XV ]

«A RUA EDUARDO SCHWALBACH ( 2 )»

O Teatro foi sempre uma constante na sua vida. Depois de estrear, ano após ano, seis revistas entre 1896 e 1901, que lhe garantiram o direito de sucessão ao "trono" até então ocupado por "SOUSA BASTOS", "EDUARDO SCHWALBACH regressou em 1910 com a "SÁTIRA ARREVISTADA" - ou revista satírica - "A FEIRA DO DIABO", estreada no "TEATRO D. AMÉLIA", alguns meses antes da implantação da REPÚBLICA. Este "TEATRO D. AMÉLIA" depois de 1910 passou a chamar-se "TEATRO DA REPÚBLICA" e em 1921 foi-lhe dado o nome de "TEATRO SÃO LUÍS", em homenagem ao seu antigo empresário, o VISCONDE DE SÃO LUÍS DE BRAGA.
Um dos seus grandes êxitos foi "O ÍNTIMO", levado à cena no TEATRO D. MARIA II.
A peça mais conhecida será, no entanto "A BISBILHOTEIRA". 
Só para um apontamento algumas obras deste autor: (1914) - "TANGO CORDEL" texto de sua autoria, musica de ALVES COELHO (Pai), estreado no TEATRO REPÚBLICA; (1915) - "O DIA DE JUÍZO" com música de DEL NEGRO e ALVES COELHO (Pai), estreado no TEATRO TRINDADE;  (1916) - "CASTELOS NO AR" uma parceria com A.DE PAIVA, música de DEL NEGRO e ALVES COELHO (Pai), estreado no TEATRO TRINDADE; a 31.05.1917, "O OVO DE COLOMBO", música de DEL NEGRO e ALVES COELHO (Pai), estreado no TEATRO TRINDADE;  (1918) - "AO DEUS DARÁ" com igual elenco e lugar de estreia.  Em (1919) - "AUTO DA BARRICA" com música de DEL NEGRO e ALVESCOELHO (Pai), estreado no TEATRO DA REPÚBLICA. No termo de grande labor, veio a despedir-se com "AS DUAS MÁSCARAS". Pelo meio, ficaram peças infantis, dramas, operetas e revistas.
Era quase lendária a sua sensibilidade. A demonstrá-lo está a história da admissão da actriz «MARIA MATOS» (que as novas gerações conhecem do filme "O COSTA DO CASTELO") no CONSERVATÓRIO.
A candidata chegara tímida, nervosa e, consequentemente, esquecida. No Júri de admissão estavam SCHWALBACH e D. JOÃO DA CÂMARA. Convidaram-na a que dissesse uns versos. "MARIA MATOS" não se lembrava. Que recitasse um trecho em prosa. Não sabia... O júri pediu-lhe que, pelo menos, rezasse uma AVÉ MARIA. A jovem rezou. Com tal sentido o fez que os dois examinadores aprovaram por unanimidade...  
O humor era outra das suas facetas. Assim, de outra ocasião foi abordado, como sucedia frequentemente, por um colega com pretensões a literato, que não largava SCHWALBACH com perguntas insistentes sobre todos os assuntos.
O pertinaz perguntador queria, nessa nova incursão, saber que obra tinha o mestre em preparação. O Escritor-Jornalista respondeu candidamente: "obras em preparação? Tenho, realmente. Tenho um fato a fazer no alfaiate e já deve estar em prova".
Conta-se também que SCHWALBACH foi consultar um médico, daqueles que marcam determinada hora para o atendimento e entram no consultório horas depois.
Pontual, o Jornalista chegou no tempo exacto. Esperou, leu, conversou para o lado. O médico chegara entretanto, mas nunca mais o chamava, Ás tantas, o doente (mas nãopaciente) levantou-se e dirigiu-se à empregada, avisando-a:"Diga ao senhor Doutor que se não me atender dentro de um quarto de hora, passo a considerar-me irremediavelmente curado".

Escreveu "EDUARDO SCHWALBACH", nos seus últimos anos, um livro de memórias «ÁLAREIRA DO PASSADO», que é um verdadeiro tesouro de factos e histórias passadas com enumeras personalidades da sua época, que com ele se foram cruzando ao longo de uma vida de 86 anos: JÚLIO CÉSAR MACHADO, BULHÃO PATO, GERVÁSIO LOBATO, RAFAEL BORDALO, JOSÉ LUCIANO DE CASTRO, El-REI D. CARLOS, JOÃO FRANCO, HINTZE RIBEIRO, ARRIAGA, AFONSO COSTA, ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA e outros.
[ FINAL ]

BIBLIOGRAFIA

- ACTAS DA COMISSÃO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA DE LISBOA - 1943-1974-CML - 2000 - LISBOA.
- "ALFACINHAS" OS LISBOETAS DO PASSADO E DO PRESENTE-Plano de Ilustração de "ALBERTO SOUSA"-Edição de FERNANDO SOUSA - 1964 - LISBOA.
- CARVALHO, Jorge Rua de, - eMÁRIO DIAS(Ilustrador)- LISBOA SAUDADE - Pregões e Figuras Típicas de Lisboa (anos 20-40) - ED. Universidade Editora - 1999 - LISBOA.
- DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE LISBOA- Direcção de Francisco Santana e Eduardo Sucena - 1994 - LISBOA.
- HISTÓRIA DA LITERATURA PORTUGUESA - A. J. SARAIVA e OSCAR LOPES - Porto Editora - 17.ª Ed. - 1996 - PORTO.
- "HISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL" de Luiz Francisco Rebello- 1.º e 2.º Volumes - Ed. DOM QUIXOTE - 1984-1985 - LISBOA.
- OLHAR DE PEDRA- ESTÁTUAS PORTUGUESAS - Global Notícias - 2004 - LISBOA.
- PLANO DE URBANIZAÇÃO DE CHELAS - CML - Gabinete Técnico da Habitação - Agosto de 1965 - LISBOA.

INTERNET

-WIKIPÉDIA
- CASAL DAS LETRAS


(PRÓXIMO)-«RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ I ] -A RUA DE S. JOÃO DA PRAÇA E SEU ENQUADRAMENTO».

RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ I ]

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«RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA E SEU ENQUADRAMENTO»
Rua São João da Praça - (antes de 1755 e 1899) - Lanço da Cerca de LISBOA ao longo do TEJO, onde incluímos só a parte da "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA". O traçado a preto mais carregado representa a planta actual. O traçado mais desvanecido (que devia ser vermelho) representa a parte antes de 1755. O tracejado oblíquo na muralha representa a parte da "CERCA MOURA" já demolida. LEGENDA - 1) Igreja de São João da Praça; - 2)Prédio reabilitado; - 3)Travessa São João da Praça (antigo BECO DA MOSCA).  in A CERCA MOURA DE LISBOA
Rua São João da Praça - (1950) Foto de Eduardo Portugal - (A "RUA S. JOÃO DA PRAÇA" no sentido nascente, parte da CERCA MOURA e TORRE na época ainda visível) (Abre em tamanho grande)  in  AML 
Rua São João da Praça - (1901) Foto de autor não identificado (A "RUA S. JOÃO DA PRAÇA" no sentido poente, à nossa esquerda 4 portas de um "talhante", no início do século XX) (Abre em tamanho grande)  in AML 
Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - ( Placa toponímica Tipo I, final do "ARCO DE JESUS", esquina com a "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA")  in  ARQUIVO/APS
Rua São João da Praça - (2009) Foto de APS - (A "TRAVESSA S. JOÃO DA PRAÇA" antigo "BECO DAS MOSCAS" ou "BECO DA MOSCA" e seu aspecto "Medieval").  in  ARQUIVO/APS
Rua São João da Praça - (2009) Foto de APS - (Passagem do antigo "Postigo do chafariz de el-REI" hoje chamado de "TRAVESSA S. JOÃO DA PRAÇA" que liga a "RUA DO CAIS DE SANTARÉM"à "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA")  in  ARQUIVO/APS


(INICIAL) - RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA  [ I ]

«A RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA E SEU ENQUADRAMENTO»

A «RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA» pertencia às freguesias de "SÃO MIGUEL" e"SÉ", que pela "REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012", passou a pertencer à freguesia de "SANTA MARIA MAIOR".
A "RUA" tem início na "RUA DA ADIÇA" e finaliza na "RUA CRUZES DA SÉ".
A "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" não tinha a extensão actual, ganhou o espaço para nascente da antiga artéria que existia chamada "RUA DE TENTELA (ou tem-te-lá)". [SUMÁRIO 1551].
São convergentes a esta RUA, as seguintes artérias no lado direito; "BECO DO GUEDES" e "RUA DO BARÃO".  No seu lado esquerdo; a "TRAVESSA CHAFARIZ DE  EL-REI"; "TRAVESSA SÃO JOÃO DA PRAÇA"(antigo "BECO DAS MOSCAS"), "ARCO DEJESUS"(Norte) e "LARGO MARQUÊS DO LAVRADIO".
Em "LISBOA de 1551-Sumário de Cristóvão Rodrigues Oliveira" esta parte da rua era chamada de "RUA DIREITA DE SÃO JOÃO". Mais tarde seria alongada, embora o nome se relacione com o templo ali existente que remonta ao tempo "MEDIEVAL". O "BECODAS MOSCAS" passou para "TRAVESSA SÃO JOÃO DA PRAÇA", pelo EDITAL do Governo Civil de LISBOA de 17 de Outubro de 1863.

Na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" o seu monumento de maior relevo será, possivelmente a "IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA". A parte Norte do antigo PALÁCIO dos"VILA FLOR" (depois DUQUES DA TERCEIRA) como uma grande parte da sua propriedade virada para esta RUA. Existe nesta artéria uma TRAVESSA EM ESCADARIA de EL-REI, chamado em tempos antigos "BECO DA SILVA", que fazia a ligação com o "CAIS DE SANTARÉM".
Igualmente na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" fica a saída do "ARCO DE JESUS" ou BECO DO MENINO JESUS"( é a mais antiga "PORTA DO MAR" aberta na "CERCAMOURA" do lado do RIO). Mais para poente e perto da "SÉ" mas ainda nesta artéria, abre-se o "LARGO MARQUÊS DO LAVRADIO" que igualmente ligava com o RIO, agora "CAMPO DAS CEBOLAS", dando assim, mais uma entrada para o "BAIRRO DE ALFAMA".
Ainda nesta RUA, existe uma TRAVESSA muito pitoresca na sua arquitectura, trata-se da "TRAVESSA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA" (antigo BECO DAS MOSCAS) este enfiamento que vai ligar à "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" passando pela travessa e comunica em forma arqueada o antigo "POSTIGO DO CHAFARIZ DE EL-REI", era considerada a última porta na "MURALHA MOURA" que abria também para o "CAIS DE SANTARÉM". Sob os passadiços que antigamente ligavam os dois corpos do velho PALÁCIO dos"VILA FLOR", têm um aspecto medieval, com arranjos e enxertos do século XX. O teto do passadiço, sobre arcos de alvenaria e madeira, dá-nos uma perspectiva do enfiamento, ganhando ainda como ilusão de uma "ALFAMA"Quinhentista.
A "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" deste local até à "SÉ" tem o aspecto urbano característico de meados do século XIX, prédios sólidos de transição pombalina para o feitio trivial novecentista da construção.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA S. JOÃO DA PRAÇA [ II ]-A RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA»

RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ II ]

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«RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA»
 Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - (Um troço da "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", lateral esquerda da IGREJA e à direita a entrada para a "TRAVESSA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA", antigo "BECO DAS MOSCAS")  in ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2009) -  Foto de APS - (O "ARCO DE JESUS" a parte de escadaria que liga à "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", com seus frades de pedra, no topo da escadaria).  in  ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2013) - Foto de Artur Matos - ( A "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", nome adquirido por ter sido a morada medieval da "IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA")  inTOPONÍMIA DE LISBOA
 Rua São João da Praça - (2014) - Foto de autor não identificado - Lateral do prédio virado para a escadaria do "ARCO DE JESUS", um prédio na época, em reabilitação)  in  REABILITA
 Rua São João da Praça - (2014) Foto de autor não identificado - (Lado poente do prédio em reabilitação, na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" número 77)  in REABILITA
Rua São João da Praça - ( 1901-5) Foto de autor não identificado - (A "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" próximo da IGREJA do mesmo nome. Ao fundo, no final depois do marco do correio, o edifício com um portão dissimulado, provavelmente fazia parte do Palácio do velho "CONDE DE VILA FLOR") ( Abre em tamanho grande)  in  AML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ II ]

«A RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA»

Diz-nos o mestre "NORBERTO DE ARAÚJO" nas suas "PEREGRINAÇÕES EM LISBOA" quando dedicou algumas páginas à "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA". "A entrada principal do velho "PALÁCIO VILA-FLOR" fazia-se por esta porta com o número 19, no pequeno Largo que a Calçada desenha, já perto de "São João da Praça".
Estas reentrâncias ou pátios, sem nome no Roteiro, e a que chamaram da «VISCONDESSA», constituía o vestíbulo das cocheiras da casa".

Seguindo para poente na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" o prédio revestido a azulejo de cor azul, defronte da face lateral da IGREJA, notando-se uma elegante fachada, com varandas de com tipo no primeiro andar, destaca-se de entre a banalidade dos edifícios circundantes.
Em 2014 este edifício foi submetido a uma reestruturação interna, conforme descrevemos parcialmente o seu caderno de encargos da firma REABILITA.
Descrição do imóvel: Um edifício importante revestido a azulejos (azul forte), datado da primeira metade do século XIX, composto por onze habitações distribuídas por seis pisos. As zonas, comuns deste edifício estão em estado próximo ao original, os apartamentos foram usados para diversos fins, o que lhes confere diferentes configurações actuais. A vista é de 180º  para o RIO TEJO.
Âmbito de intervenção: Substituição integral da cobertura, reposição de azulejos danificados nas fachadas, substituição das prumadas de esgotos, substituição das colunas eléctricas e água.  Substituição dos caixilhos de madeira por caixilhos em pvc. Inserção  de elevador no edifício.
Para venda encontrava-se naquela altura, apenas o apartamento do r/c Dt.º com a área bruta de 128 m2 e cujo valor de venda era estimado em 300.000,00 €. Todos os restantes pisos já tinham sido comercializados.
Este prédio tem a sua frente principal virada para a "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" e faz esquina com a ESCADARIA que dá acesso ao "ARCO DE JESUS" (a mais antiga "PORTA DO MAR" aberta na "CERCA MOURA"), tendo no topo das escadas "três frades" de pedra para protecção. Descendo até ao segundo lance das escadas (separadamente por um corrimão de tubo de ferro), virando para o lado esquerdo, vamos encontrar o "BECODOS ARMAZÉNS DO LINHO" (representando também as traseiras do referido prédio. Antes do Terramoto de 1755 este "BECO DOS ARMAZÉNS DO LINHO" era chamado "RUA DOS ARMAZÉNS". Consta que no século XVI seria esta a "RUA DO CONDE DE LINHARES, onde teriam existido dois séculos antes, os «PAÇOS DO MESTRE».

Ainda na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" podemos encontrar a "LEITARIA SÃO JOÃO DAPRAÇA" no número 48, pastelaria, "Snacks", de bom aspecto e com um horário muito flexível das 7,00h às 24,00h. O "LUSITANO CLUBE" no número 81 r/c, fundado em 1 de Dezembro de 1905, com o lema "INSTRUIR PARA CONSTRUIR". Tendo acabado de fazer no passado mês de Dezembro de 2015, 110 anos de existência.


(CONTINUA) - (PRÓXIMO) «RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ III ] -INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NA RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA( 1 )».

RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ III ]

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«INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NA "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA ( 1 )»
 Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - (Placa Toponímica tipo I da "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" na actual freguesia de "SANTA MARIA MAIOR" in ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2005) - Foto de autor não identificado (Intervenção Arqueológica na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", resultados publicados na "REVISTA PORTUGUESA DE ARQUEOLOGIA", Nº 8 de 2005 pág. 313-334) inREVISTA PORTUGUESA DE ARQUELOGIA
 Rua São João da Praça - (2005) - Foto de autor não identificado - (Intervenção Arqueológica de  emergência, pelo "SERVIÇO DE ARQUEOLOGIA DO MUSEU DA CIDADE" na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA")  in  MUSEU TEATRO ROMANO 
Rua São João da Praça - (2014) - (Fachada principal do prédio em reabilitação na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", número 77)  in REABILITA


(CONTINUAÇÃO)-RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ III ]

«INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NA "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" ( 1 )»

Publicado na "REVISTA PORTUGUESA DE ARQUEOLOGIA" em 2005 por "JOÃOPIMENTA", "MARCO CALADO"e"MANUELA LEITÃO", deram-nos a conhecer dados sobre a ocupação pré-Romana em LISBOA, nomeadamente na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA".


No ano de 2001 intervenções realizadas na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", decorrendo de 30 de Julho a 4 de Outubro, na sequência do projecto de substituição e remodelação de esgotos e outros equipamentos urbanos, paralelamente foi assumida uma intervenção da "DIVISÃO DE MUSEUS E PALÁCIOS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA. A área de intervenção compreendeu a "RUA S. JOÃO DA PRAÇA" até ao "LARGO DE SÃO RAFAEL" e o troço inicial da "RUADA ADIÇA", bem como à área de implantação da PORTA DE ALFAMA (ou SÃO PEDRO) inserida na designada "CERCA VELHA"( 1 ).
Baseados na análise do topónimo pré-romano, desde cedo se vislumbrou uma forte ligação ao mundo mediterrânico, procurando-se uma hipotética origem etimológica no mundo fenício. No entanto foi preciso esperar pelas escavações arqueológicas dos anos noventa (AMARO, 1993; ARRUDA, 2000), para clarificar essa ligação com o mundo meridional, demonstrada nos vestígios arqueológicos, onde o espólio apresenta claras influências orientais.
Essa ligação com o mundo mediterrânico e o sul peninsular irá marcar durante todo o primeiro milénio antes de CRISTO as relações comerciais, não se verificando nenhuma ruptura clara até à chegada dos primeiros exércitos romanos.
Apesar de todos os problemas inerentes a uma escavação de emergência em meio urbano numa das ruas mais movimentadas do bairro histórico de ALFAMA, o desenrolar desta intervenção permitiu identificar e escavar contextos preservados associados a estruturas positivas. A sondagem Nº 2 visava obter uma leitura da estratigrafia interna ao troço de muralha romana descoberto durante a abertura das valas de remoção do sistema de esgotos desta artéria.
Apesar da exiguidade da área escavada, foi possível efectuar o registo de uma ampla diacronia de ocupação, desde meados do século III a.C. até ao século XX, que se materializa numa enorme potência estratigráfica de mais de 4 metros, não tendo sido possível atingir os níveis de base, por questões de segurança.
Sob o alicerce da muralha romana, foi possível identificar quatro unidades estratigráficas correspondentes a três momentos distintos de ocupação.
Entre os materiais identificados, destacam-se, pelo seu número e estado de conservação, as ânforas, que nos permitem reconstituir e identificar diversos tipos morfológicos e ensaiar uma primeira análise para a dinâmica comercial do povoado da Colina do Castelo, num momento crucial de transição com os primeiros contactos com o mundo itálico.
Os três exemplares de "SÃO JOÃO DA PRAÇA" foram todos exumados em contexto de deposição secundária. A análise macroscópica das pastas permite caracterizar um único grupo de fabrico, que identificámos hipoteticamente como produções do "GRUPOVILLARICOS", definido por "RAMON TORRES"(1995).

( 1 ) - Para uma análise mais exaustiva da ocupação deste espaço desde a época Medieval ver a obra de VIEIRA DA SILVA, 1987, páginas 162-166.


(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ IV ]-INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NA "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA ( 2 )».

RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ IV ]

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«INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NA "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA ( 2 )»
 Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - (Primeiro e segundo lance de escadaria do "ARCO DE JESUS" que nos leva à "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", no lado direito o início do "BECO DOS ARMAZÉNS DO LINHO")  in  ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - ( 2009) - Foto de APS - (Saída do "ARCO DE JESUS" para o "CAMPO DAS CEBOLAS", quem desce a escadaria vindo da "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA")  in  ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2001) - Foto de autor não identificado - (Intervenção arqueológica na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", com os resultados publicados na "REVISTA PORTUGUESA DE ARQUEOLOGIA" número 8 de 2005 páginas 313-334)  inREVISTA PORTUGUESA DE ARQUEOLOGIA
Rua São João da Praça - ( 1907-7) Foto de autor não identificado - (A "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" na primeira década do século XX. No 1º andar existia uma placa anunciando a ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS-PERSEVERANÇA" fundado em 12 de Julho de 18__)  (Abre em tamanho grande)  in AML 

(CONTINUAÇÃO)- RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ IV ]

«INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NA " RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA (2)»

As típicas ânforas destinadas à exportação do vinho produzido nas grandes "VILLAE" republicanas de ROMA antiga,  zona da "ETRÚCIA", "CAMPÂNIA"e"LACIO" (Tchernia,1986) encontram-se bem documentadas na cidade de LISBOA    ( PIMENTA 2003 e 2004) ( 1 ). Estes modelos correspondem a uma das formas mais bem conhecidas e difundidas do mundo romano, encontrando-se a sua difusão normalmente conotada com os avanços militares itálicos.
Na cidade de LISBOA, o início da sua importação encontra-se bem datado, no terceiro quartel do século II a. C., sendo a sua cronologia compatível com a primeira grande campanha militar romana no Extremo Ocidental da Península Ibérica desencadeada em 138 a. C.pelo novo GOVERNADOR da ulterior, o procônsul DÉCIMO JÚNIO BRUTO.

CONSIDERAÇÕES FINAIS


Os novos dados que as intervenções na COLINA DO CASTELO, nomeadamente esta na "RUA  SÃO JOÃO DA PRAÇA", têm revelado, assim como a sondagem aqui em estudo permitem começar a antever a real dimensão do povoado pré-Romano e a sua importância no contexto da fachada atlântica.
Ainda que os dados disponíveis não permitam esclarecer qual o tipo de ocupação dado a este sector do "oppidum"( 2 ), a sua implantação junto ao RIO perto de um ancoradouro com abundantes nascentes, poderão corroborar a hipótese de estarmos perante uma área de cariz portuário, onde os armazéns e as actividades industriais deviam pautar o enquadramento urbano. Efectivamente, a concentração de contentores de armazenamento assim como a abundância de ânforas em todas as unidades estratigráficas, poderá sustentar esta interpretação.
Por último, a importância dos dados agora apresentados sugerem a hipótese da produção local ou regional de contentores ibero-púnicos do tipo (PELLICER-D) e subgrupo (MANÁ-PASCUAL) desde a época pré.romana até inícios do século I a. C..  Não obstante, esta questão só poderá ser confirmada ou infirmada com a realização de estudos arqueométricos.

- ( 1 ) - Encontra-se publicado um bordo de "greco-itálica", dois bordos e um fundo de "DRESSEL 1" exumados em níveis de aterro no TEATRO ROMANO (DIOGO, 2000; DIOGO e TRINDADE, 1999), uma ânfora "DRESSEL 1" de pasta «CAMPANIENSE» da CASA DOS BICOS ( AMARO, 2002), um fragmento de fundo de "DRESSEL 1" do Núcleo. Arqueológico da "RUA DOS CORREEIROS" (BUGALHÃO e SABROSA, 1995) e mais de duas centenas de ânforas provimentos do CASTELO DE SÃO JORGE (PIMENTA, 2004).

- ( 2 ) - OPPIDUM - Termo genérico em LATIM que significa um lugar alto, uma colina, etc..

LINK: - Que permite a consulta completa do artigo  em PDF: - http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/revistaportuguesadearqueologia/8_2/5/12.p.313-334.pdf

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ V ]-A IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA».

RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ V ]

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«A IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA»
 Rua São João da Praça - ( 2009 )- Foto de APS - (Fachada da "IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA", coroada por um frontão com óculo de tímpano e fogaréus no cimo das prumadas)  inARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2010) - Foto de autor não identificado - (Interior da "IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA" no século XXI, em ALFAMA)  in  GUIA DA CIDADE
 Rua São João da Praça - (2009) Foto de APS - ( A "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" no sentido poente, vendo-se no final ao nosso lado direito, o início da "SÉ PATRIARCAL DE LISBOA"in ARQUIVO/APS
Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - ( A antiga porta do "CHAFARIZ DE EL-REI"é hoje, apenas, um corredor entre a "RUA DO CAIS DE SANTARÉM" e a "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA", com passagem pelas "TRAVESSA SÃO JOÃO DA PRAÇA" ou "TRAVESSA CHAFARIZ DE EL-REI")  in  ARQUIVO/APS


(CONTINUAÇÃO) - RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ V ]

«A IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA»

O lugar da edificação da actual «IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA"é o mesmo que a tradição atribui à ERMIDA (nada restando dela) consagrada pelo pai de "SANTOANTÓNIO"a"SÃO JOÃO DEGOLADO", em acção de graças pela comprovação da sua inocência.
A IGREJA data do princípio do século XIV, pelo menos, e teve por orago "SÃO JOÃODEGOLADO", ou seja"SÃO JOÃO BAPTISTA"; existiram ainda padroeiros de nomeação real, o último dos quais foi "D. PEDRO ANTÓNIO DE NORONHA DE ALBUQUERQUE", 1.º MARQUÊS DE ANGEJA (Século XVII), 2.º CONDE DE VILA VERDE (1661-1731).

O templo, que tinha sido alterado no reinado de D. DINIS, não resistiu ao Terramoto de 1755 que o destruíra por completo. Esta IGREJA era relativamente pequena e pobre, no entanto foi reconstruida  no 3.º quartel do século XVIII, ficando concluída no ano de 1789. Depois de ser construída em pleno reinado de "DONA MARIA I (1734-1777-1816), encontra-se hoje de pé, embora também tenha ardido em parte, sofrendo grande ruína, em 3 de Maio de 1896, aquando do incêndio da "FÁBRICA A VAPOR ALLIANÇA"de"JOÃO LUÍS DE SOUSA & FILHO, na"RUA DO BARÃO", 7 a 19.
Fez-se então sob o patrocínio da "RAINHA D. AMÉLIA DE ORLEAN" (1865-1951) e do "CARDEAL PATRIARCA DE LISBOA", "D. JOSÉ NETO (1841-1920), uma subscrição pública para reedificação e restauro da "IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA" .

A sua parte exterior não torna notável o edifício, apresentando uma certa sobriedade no seu conjunto. A fachada é coroada por um frontão com óculo no tímpano e fogaréus na prumada da "pseudapilastra". O portal, de frontão semicircular é interrompido por um medalhão com relevo do "AGNUS DEI".
O interior é de uma só nave oitavada, altares sob tribunas,coro-alto e capela-mor rectangular. é de salientar a decoração de dois altares rococó do cruzeiro, num dos quais, o do lado da "EPISTOLA", pode ver-se a "VIRGEM DA MÃO" da autoria do escultor "MACHADO DE CASTRO".
Nos altares do lado da "EPISTOLA" estão quatro imagens barrocas de grande qualidade, entre as quais o "SÃO JOÃO BAPTISTA"e o"SÃO SEBASTIÃO", do altar de "N. S. dosDONS". Das três imagens do lado do "EVANGELHO"é especialmente louvável o "SÃOJOSÉ COM O MENINO", no altar de"SÃO RAFAEL".
 na Capela-mor, duas imagens concorrem com o "SÃO JOÃO BAPTISTA" do altar; a "VIRGEM COM O MENINO"e o"SÃO JOÃO EVANGELISTA".
São ainda de mencionar a alizar rococó de azulejos policromos  da Sacristia, com coroamentos recortados e as duas credências seiscentista, de embrechados, proveniente da desaparecida "IGREJA DO LARGO DE SÃO RAFAEL".

Diz-nos "NORBERTO DE ARAÚJO" nas suas "PEREGRINAÇÕES EM LISBOA" que: "na Sacristia guardam-se algumas pedras expressivas que faziam parte da pequenina Ermida de Nossa Senhora do Rosário, sobre o Arco deste nome na "RUA DA JUDIARIA".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«EUA SÃO JOÃO DA PRAÇA[ VI ]NOTÍCIAS HISTÓRICAS DA FREGUESIA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA»

RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ VI ]

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«NOTÍCIAS HISTÓRICAS DA FREGUESIA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA»
 Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS  (Fachada de um edifício muito bem conservado com janelas encimadas por frontão triangular no primeiro andar, na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA") in  ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2009) Foto de APS - (Edifício na "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" de cinco pisos tendo no primeiro andar as janelas encimadas por frontão)  in  ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - ( O "BECO DOS ARMAZÉNS DO LINHO" com entrada pelo "ARCO DE JESUS", provavelmente no século XVI seria esta a "RUA DO CONDE DE LINHARES")  in  ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2010) Foto de autor não identificado ( A "IGREJA SÃO JOÃO DA PRAÇA" na rua com o mesmo nome, no Bairro de ALFAMA )  in  GUIA DA CIDADE 
Rua São João da Praça - (entre 1898 e 1908) Foto de autor não identificado - (A "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" no sentido para Nascente, junto do "PÁTIO DO MARQUÊS DO LAVRADIO" que liga a "RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA" ao "CAMPO DAS CEBOLAS) ( Abre em tamanho grande)  in AML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ VI ]

«NOTÍCIAS HISTÓRICAS DA FREGUESIA DE "SÃO JOÃO DA PRAÇA»

FREGUESIA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA 

SÃO JOÃO BAPTISTA  -  SÃO JOÃO DEGOLADO


A Igreja de "SÃO JOÃO" já aparece mencionada no documento do "EPISCOPADO", o que mostra a sua existência no reinado de "D. AFONSO II"ou de"D. SANCHO II" (1209 ou 1229);  um documento cita-a no ano de 1317, e consta que foi reedificada depois do ano de 1442.

O seu orago é "SÃO JOÃO BAPTISTA"ou"SÃO JOÃO DEGOLADO", mas popular  e oficialmente é designada por "SÃO JOÃO DA PRAÇA".

Ficou arruinada e queimada por ocasião do Terramoto de 1755. Passou então a freguesia para a "ERMIDA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO", pertencente à Irmandadeda mesma denominação, situada na "RUA DA VERÓNICA"número 31, mesmo fronteira à "TRAVESSA DO ROSÁRIO"a "SANTA CLARA", e onde se encontrava instalada uma "FÁBRICA DE MALAS", enquanto se fazia no «CAIS DE SANTARÉM» (em 1763) uma barraca para a sua melhor acomodação.

Reconstruída a antiga paroquial no mesmo sítio, foi para lá transferida a freguesia em Julho de 1774; a IGREJA estava ainda inacabada, e as obras só se concluíram em 1787.

A freguesia foi anexada à de "SANTA MARIA DA SÉ PATRIARCAL", para efeitos eclesiásticos, por Decreto de 24 de Dezembro de 1885; e aí foi instituído canonicamente o pároco em 26 de Junho de 1886.

O último registo que aparece nos livros da freguesia de "SÃO JOÃO DA PRAÇA"é o de "um óbito, efectuado em 8 de Julho de 1886"; em 11 desse mês já os registos foram lavrados nos livros da " SÉ".

O Cartório da freguesia foi transferido para a"SÉ", e considerou-se extinta a freguesia de "SÃO JOÃO DA PRAÇA", cujo título desapareceu dos livros de registo paroquiais.

Continuou, porém, o exercício do culto nesta IGREJA, que em Novembro de 1934 estava servindo de paróquia da freguesia da "SÉ", "por motivos das obras de restauro que se estavam efectuando neste templo principal" .

Em 3 de Maio de 1896 foi destruída a Capela-Mor e o tecto da IGREJA de "SÃO JOÃO DA PRAÇA", pelo incêndio de uma fábrica de moagem que ficava na "RUA DO BARÃO". Foi a reedificação subsidiada pelo ESTADO, e a IGREJA novamente aberta ao culto em 10 de Junho de 1898.

Por Decreto de 3 de Maio de 1906 recebeu o título de "REAL CAPELA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA".  

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA[ VII ] -A COLEGIADA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA DE LISBOA».

RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ VII ]

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«A COLEGIADA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA DE LISBOA»
 Rua São João da Praça - ( 2009) - Foto de APS - ( Encontra-se dissimulado na parede, o que nos parece ser uma antiga porta do Palácio do velho "Conde de Vila Verde" cuja propriedade começava na "RUA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA")   in   ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - ( 2009 )- Foto de APS  - (Mais aproximado a presumível dissimulação  da porta que "virou" janela, e possivelmente aproveitado mais um piso, nas possíveis instalações da antiga propriedade do velho "Conde de Vila Verde")  in  ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - (Junto do caminho em escadaria do "ARCO DE JESUS", à direita temos o "BECO DOS ARMAZÉNS DO LINHO" antiga "RUA DOS ARMAZÉNS" (Como era citado).  in ARQUIVO/APS
 Rua São João da Praça - (2009) - Foto de APS - (Placa Toponímica "Tipo I" da "TRAVESSA SÃO JOÃO DA PRAÇA" junto da sua entrada a sul na "RUA DO CAIS DE SANTARÉM")  in ARQUIVO/APS
Rua São João da Praça - (entre 1890 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia  (A "IGREJA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA" sua fachada principal, possivelmente na década de 20 do século XX) (ABRE EM TAMANHO GRANDE)  in AML 

(CONTINUAÇÃO)- RUA SÃO JOÃO DA PRAÇA [ VII ]

«A COLEGIADA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA DE LISBOA»

A "IGREJA  DA COLEGIADA DE SÃO JOÃO DA PRAÇA" pertenceu ao distrito eclesiástico de LISBOA e sucessivamente, ao BISPADO, ARCEBISPADO e PATRIARCADO DE LISBOA.
A existência da IGREJA remonta aos reinados de D. AFONSO II ou de D. SANCHO II. Em 1317, "D. FREI ESTEVÃO II", bispo de LISBOA consagrou o padroeiro da IGREJA dedicada a "SÃO JOÃO DEGOLADO". É provável que tenha sido reedificada no ano de 1442.
Posteriormente, recebeu a invocação de "SÃO JOÃO DA PRAÇA", por ser esse o local onde os condenados iam cumprir as sentenças.

Atingida pelo Terramoto de 1755 e pelo incêndio subsequente, a freguesia passou para a ERMIDA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO em 1768, enquanto se fazia no «CAIS DESANTARÉM», uma barraca para a sua acomodação.
Em 1774, já estava reedificada  a antiga IGREJA  PAROQUIAL e a freguesia voltou ao local de origem.
Por Decreto de 24 de Dezembro de 1885, para efeitos eclesiásticos a freguesia foi anexada à de "SANTA MARIA MAIOR DA SÉ PATRIARCAL", e recebeu um pároco instituído canonicamente.
Em 1886, os REGISTOS PAROQUIAIS já eram lavrados nos livros da "SÉ".

HISTÓRIA CUSTODIAL E ARQUIVISTA

No ano de  1848 pela LEI de 16 de Junho, e Instrução de 17 de Setembro, os bens e rendimentos da COLEGIADA foram aplicados para manutenção do SEMINÁRIO PATRIARCAL DE SANTARÉM. Pela LEI de 27 de Dezembro de 1849, Artigo 10.º. os documentos foram guardados no CARTÓRIO DO SEMINÁRIO DE SANTARÉM.
Em 1862, os documentos anteriores a 1600, depositados no SEMINÁRIO DE SANTARÉM, foram mandados transferir e incorporar no ARQUIVO DA TORRE DO TOMBO, peloDecreto de 2 de Outubro, ARTIGO 2.ª REPARTIÇÃO DA DIRECÇÃO GERAL DOS NEGÓCIOS ECLESIÁSTICOS DO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ECLESIÁSTICOS E DE JUSTIÇA,  e pela Portaria do MINISTÉRIO DO REINO de 29 de Janeiro de 1864, sendo nomeado o oficial diplomático daquele Arquivo, "ROBERTO AUGUSTO DA COSTA CAMPOS", para os coligir e receber.
Estando os documentos misturados com os das restantes COLEGIADAS, procedeu à  sua ordenação e inventariação, coadjuvado por "RAFAEL EDUARDO DE AZEVEDO BASTO", amanuense da "TORRE DO TOMBO". A entrega feita pelo SECRETÁRIO DO SEMINÁRIOPATRIARCAL, "CARLOS JOAQUIM MARTINHO CALDERON", e a incorporação ocorreram a 5 de Outubro de 1864, conforme atesta a relação assinada por "CARLOS JOAQUIM MARTINHO CALDERON"e outros dignitários.

No final da década de 1990, foi abandonada a arrumação geográfica por nomes das localidades onde se situava a instituição eclesiástica, para adoptar a agregação dos fundos por diocese. [BASE DE DADOS DE DESCRIÇÃO ARQUIVISTA]-ANTT, 2000 - Disponível no sítio WEB e na Sala de Referência da TORRE DO TOMBO, em actualização permanente. [ FINAL ]

BIBLIOGRAFIA
- A CERCA MOURA DE LISBOA - A. VIEIRA DA SILVA - ALFAMA -Pub. Cul. da Câmara Municipal de Lisboa - 1987 - LISBOA.
- AS FREGUESIAS DE LISBOA - de Augusto Vieira da Silva - Publicações Culturais da C.M.L. - 1943 - LISBOA.
- DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE LISBOA - Direcção de Francisco Santana e Eduardo Sucena - Carlos Quintas & Associados Consultores - 1994 - LISBOA.
- DISPERSOS de Augusto Vieira da Silva - Biblioteca de Estudos Olisiponenses - Volume I - Publicações Culturais da C.M.L. - 1968 - LISBOA.
- FARINHAS, MOINHOS E MOAGENS - Jaime Alberto do Couto Ferreira - Âncora Editora - 1999 - LISBOA.
- LISBOA - COMPILAÇÃO E ESTUDO de ALFREDO MESQUITA - Perspectiva & Realidades - 1987 - LISBOA.
- LISBOA em 1551 - SUMÁRIO - de CRISTÓVÃO RODRIGUES DE OLIVEIRA - Livros Horizonte - 1987 - LISBOA.
- LISBOA EM 1758 - Memórias Paroquiais de LISBOA de FERNANDO PORTUGAL e ALFREDO DE MATOS - Publicacões Culturais da C.M.L. - 1974 - LISBOA.
- LISBOA GUIA URBANO - Forum Ibérica - 1994 - LISBOA.
- PEREGRINAÇÕES EM LISBOA - de NORBERTO  DE ARAÚJO - Vega - Livro X - 2ª Ed. - 1993 - LISBOA.
- REIS DE PORTUGAL de LUÍS DE OLIVEIRA RAMOS - D. MARIA I  - Círc. dos Leitores - 2007 - RIO DE MOURO.
- REIS E RAINHAS DE PORTUGAL - de MANUEL DE SOUSA - SporPress - 2000 - MEM-MARTINS.

(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES[ I ]-RUA ACTRIZ MARIA MATOS (1)».

RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ I ]

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«RUA ACTRIZ MARIA MATOS ( 1 )»
 Rua Actriz Maria Matos - ( 2015 ) - (Panorama do "BAIRRO CHARQUINHO" onde se insere a "RUA ACTRIZ MARIA MATOS" in GOOGLE EARTH
 Rua Actriz Maria Matos - (2015) - (Imagem da "RUA ACTRIZ MARIA MATOS" no sentido Norte, entrada pela "Rua da Quinta do Charquinho")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Actriz Maria Matos - ( 2015 ) - ( A "RUA ACTRIZ MARIA MATOS" vista de Norte para Sul)  in  GOOGLE EARTH
 Rua Actriz Maria Matos - (1947) - ("MARIA MATOS" e "ANTÓNIO SILVA" no filme "COSTA DO CASTELO! do realizador ARTUR DUARTE)  in  HISTÓRIAS DO CINEMA
Rua Actriz Maria Matos - (1925) - Desenho de Amarelhe - (Caricatura de MARIA MATOS e seu marido o actor Mendonça de Carvalho)  in   ARQUIVO DIGITAL 


(INÍCIO) - RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ I ]

«RUA ACTRIZ MARIA MATOS ( 1 )

A «RUA ACTRIZ MARIA MATOS» pertence à freguesia de «BENFICA». Começa na "RUA QUINTA DO CHARQUINHO"e finaliza na"ESTRADA DO POÇO DO CHÃO".
Foi-lhe atribuída uma artéria denominada "RUA - F" ao "BAIRRO QUINTA DO CHARQUINHO",  após catorze anos do seu falecimento.
"MARIA MATOS"é consagrada na Toponímia de BENFICA, pelo EDITAL de 10 de Novembro de 1966, na sequência de uma sugestão publicada no Jornal " O SÉCULO" de 31 de Outubro de 1962.

"MARIA DA CONCEIÇÃO DE MATOS FERREIRA DA SILVA" nasceu em LISBOA, a 29 de Setembro de 1890, tendo falecido igualmente em LISBOA a 18.09.1952. Teve uma carreira notável enquanto actriz, professora e escritora dramática.
Cedo se viu na necessidade de trabalhar; seu pai ficara inválido e o dinheiro não abundava na família. A família e os amigos insistiam para que seguisse uma certa e "decente" carreira de professora, mas "MARIA DA CONCEIÇÃO" contrapunha-lhes o seu desejo de seguir uma carreira artística, se bem que não soubesse exactamente qual a área a que se dedicaria.
Acabou por vencer as oposições e foi estudar PIANO, CANTO e ARTE DRAMÁTICA no "REAL CONSERVATÓRIO DE LISBOA".  Muito esforçada na sua aprendizagem, obteve notáveis e excelentes notas nas disciplinas de MESTRES exigentes como "D. JOÃO DA CÂMARA" e"AUGUSTO DE MELO".
No ano de 1907, concluía o curso, fazendo exame final com a peça "ROSAS DE TODO O ANO" escrita especialmente para ela, por "JÚLIO DANTAS", concluindo assim o seu curso de TEATRO com o 1.º Prémio de ARTE DE REPRESENTAR.
Como profissional, estreou-se no "TEATRO NACIONAL D. MARIA II", na peça  "JUDAS"(1907), num poema dramático de AUGUSTO LACERDA e no ano seguinte tornou-se «SECRETÁRIA» daquele palco com EDUARDO BRAZÃO, FERREIRA DA SILVA e ADELINA ABRANCHES.
Em 1912, mudou-se para a Companhia de "LUCINDA SIMÕES", no"TEATRO GINÁSIO" e entra na comédia.
Casou-se em 1913 (aos 23 anos) com o actor "MENDONÇA DE CARVALHO" com quem fundou a "EMPRESA TEATRAL MARIA MATOS - MENDONÇA DE CARVALHO",  Companhia que obteve considerável prestígio e que se instalou no "TEATRO GINÁSIO".

Desse casamento resultou uma filha "MARIA HELENA MATOS", que também viria a abraçar a vida de TEATRO. Uma actriz dos palcos portugueses, com uma vida inteira dedicada ao TEATRO, nomeadamente à encenação, a filha de "MARIA MATOS" viria a falecer em 19 de Setembro de 2002, com 91 anos de idade.

A "COMPANHIA DE MARIA MATOS-MENDONÇA DE CARVALHO" durante as temporadas em que se mantiveram no "TEATRO GINÁSIO" obtiveram sucessos e gozavam de bastante popularidade, interpretando centenas de peças, especialmente do género farsa, e assim se tornou ídolo das plateias.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES[ II ]-A RUA ACTRIZ MARIA MATOS (2)»

RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ II ]

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«A RUA ACTRIZ MARIA MATOS ( 2 )»
 Rua Actriz Maria Matos - ( 2015 ) - ( Um troço da "RUA ACTRIZ MARIA MATOS" no "BAIRRO DO CHARQUINHO" na freguesia de «BENFICA»)  in  GOOGLE EARTH
 Rua Actriz Maria Matos - ( 2015 ) - A "RUA ACTRIZ MARIA MATOS" na última curva do seu percurso)   in  GOOGLE EARTH
 Rua Actriz Maria Matos - (1931) Desenho de Amarelhe - (Um quadro na Revista "VIVA O JAZZ" no Teatro Maria Vitória,  reunia nomes da Revista e da cena declamada com: MARIA MATOS, ANTÓNIO SILVA e COSTINHA)  inHISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL
 Rua Actriz Maria Matos - (1943) Autor do Cartaz PACHECO - (Cartaz do filme "O COSTA DO CASTELO" de Artur Duarte, segundo a peça do mesmo nome de João Bastos. No elenco MARIA MATOS, António Silva, Milú, Fernando  Ribeiro e Teresa Casal ) InRESTOS DE COLEÇÃO
Rua Actriz Maria Matos - ( 1943 ) - ( MARIA MATOS numa cena do filme "O COSTA DO CASTELO" de ARTUR DUARTE estreado no Cinema S. LUIZ) in TOPONÍMIA DE LISBOA 


(CONTINUAÇÃO) - RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ II ]

«A RUA ACTRIZ MARIA MATOS ( 2 )»

Mais tarde a «COMPANHIA DE MARIA MATOS-MENDONÇA DE CARVALHO», muda-se para o TEATRO AVENIDA, onde" MARIA MATOS " teve a oportunidade de mostrar o seu talento como actriz dramática em "A INIMIGA"de "NICCODEMI".  Este espectáculo veio a transformar-se num dos seus maiores sucessos. Para além do TEATRO AVENIDA, "MARIA MATOS" realizou digressões pelo país e BRASIL, tendo também subido aos palcos alfacinhas do TEATRO VARIEDADES, POLITEAMA e TRINDADE.
MARIA MATOS, mulher do TEATRO, sentiu necessidade de ser ela a escrever as próprias peças e levar à cena como: "DIZERES DE AMOR E SAUDADE"(1935); "A TIA ENGRÁCIA"(1936); "ESCOLA DE MULHERES"(1937) e ainda"DIREITOS DO CORAÇÃO"também de 1937.
Esta actriz da cena declamada, emprestou o seu génio cómico à revista, fazendo algumas incursões na REVISTA à PORTUGUESA: "CHARIVARI"(1929) no TEATRO POLITEAMA; "VIVA O JAZZ"(1931) no Teatro MARIA VITÓRIA; "O ESTALADINHO"e"A NAU CATRINETA"de (1931); "LUA CHEIA"(1934) na qual foi encenadora e representada no TEATRO DA TRINDADE; "ROSMANINHO"(1938), montada no TEATRO AVENIDA com a sua "COMPANHIA DE COMÉDIA E FARSAS". O seu talento evidenciou-se na farsa e na comédia, géneros em que se consagrou. 

Em 1940, é nomeada professora do «CONSERVATÓRIO NACIONAL DE TEATRO", onde regeu as cadeiras de "ESTÉTICA TEATRAL"e de"ARTE DE DIZER". Demitiu-se em 1945, pois sentia-se marginalizada tanto na escola como no panorama Teatral.
Em 1947 ingressa na "COMPANHIA AMÉLIA REY COLAÇO-ROBLES MONTEIRO" onde teve um trabalho de destaque em "A CASA DE BERNARDA ALBA" (escrita em 1936 pelo escritor espanhol "FREDERICO GARCIA LORCA" que nesse mesmo ano era assassinado).

No CINEMA participou em películas de sucesso como: "AS PUPILAS DO SENHOR REITOR"(1935) (DRAMA-ROMANCE) de LEITÃO DE BARROS - "O COSTA DO CASTELO"(1943) (COMÉDIA) de ARTUR DUARTE - "UM HOMEM ÀS DIREITAS(1944) (DRAMA) de JORGE BRUM DO CANTO - "A MENINA DA RÁDIO"(1944) (COMÉDIA) de ARTUR DUARTE - "NÃO HÁ RAPAZES MAUS"(1948) (DRAMA-BIOGRAFIA) de EDUARDO GARCIA MAROTO - "HERÓIS DO MAR"(1949) (DRAMA) de FERNANDO GARCIA - "A MORGADINHA DOS CANAVIAIS"(1949) (DRAMA-ROMANCE) de CAETANO BONUCCI e AMADEU FERRARI.

Após a sua morte, foram editadas "AS MEMÓRIAS DA ACTRIZ MARIA MATOS", em 1955 e em 22 de Outubro de 1969, o seu nome foi atribuído a um novo conceituado TEATRO de LISBOA "O TEATRO MARIA MATOS", propriedade da Câmara Municipal de LISBOA, desde 24 de Setembro de 1982, na AVENIDA FREI MIGUEL CONTREIRAS, 52 freguesia de ALVALADE.
Foi ainda agraciada com um louvor publicado no "DIÁRIO DO GOVERNO", pelos serviços prestados ao TEATRO  (1915) e o "HABITO DE SANTIAGO DA ESPADA(1934).

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES[ III ]-A RUA LAURA ALVES ( 1 )».

RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ III ]

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«A RUA LAURA ALVES ( 1 )»
 Rua Laura Alves - (2015) - (Panorâmica de uma parte da freguesia das "AVENIDAS NOVAS" onde está inserida a "RUA LAURA ALVES")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Laura Alves - (2015) - (O final da "RUA LAURA ALVES" vista da "AVENIDA BERNA" in GOOGLE EARTH 
 Rua Laura Alves - (2015) - (A "RUA LAURA ALVES" na parte de trás do edifício da "CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES"à direita da foto)  in  GOOGLE EARTH
 Rua Laura Alves - (09.03.1964) - (Retrato de promoção e publicitário de "LAURA ALVES"/"VASCO MORGADO" que nos anos sessenta do século vinte eram oferecidos, recomendando  o "TEATRO MONUMENTAL" e  aconselhando os espectadores a ver "A IDIOTA".  Na cidade do PORTO,  "O GATO" no "TEATRO SÁ DA BANDEIRA" com Henrique Santana)  in   ARQUIVO/APS
Rua Laura Alves - (1952) - Foto de autor não identificado - (A Actriz "LAURA ALVES" desfilando pela "AVENIDA DA LIBERDADE" por ocasião dos Santos Populares de LISBOA) in   DIAS QUE VOAM

(CONTINUAÇÃO) - RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ III ]

«A RUA LAURA ALVES ( 1 )»

A "RUA LAURA ALVES" pertencia à freguesia de "NOSSA SENHORA DE FÁTIMA", com a "REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012", passou a pertencer à freguesia das «AVENIDAS NOVAS».  Tem o seu início na "AVENIDA CINCO DE OUTUBRO", 197 (antiga)"AVENIDA ANTÓNIO MARIA AVELAR"), e finaliza na  "AVENIDA DE BERNA", 24-B.
Tem como convergente no seu lado direito a "RUA IVONE SILVA" (Também ela uma grande actriz).
Na acta nº. 1/88 de 27.02.1988 reuniu a "COMISSÃO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA" numa das salas dos "PAÇOS DO CONCELHO", sob a presidência do Exmo. Vereador Comandante Manuel Maria de Menezes Pinto Machado.
Segundo a deliberação tomada em 16.06.1986, foi dado o nome de "LAURA ALVES" a um arruamento citadino. Resultando o parecer de que existiam em LISBOA dois topónimos, ambos perpectuando a memória do "MARQUÊS DE SÁ DA BANDEIRA" e que não se justifica essa duplicação, até pelos inconvenientes que daí resulta para a localização dos respectivos arruamentos, a COMISSÃOé de parecer que a actual  "TRAVESSA DO MARQUÊS DE SÁ DA BANDEIRA", na (antiga) freguesia de"NOSSA SENHORA DE FÁTIMA", passe a denominar-se:«RUA LAURA ALVES - ACTRIZ - (1921-1986), evocando assim, a memória da popular actriz Nacional.
Igualmente é confirmado pela C.M.L. a consagração da artéria à artista "LAURA ALVES" pelo EDITAL nº.21/1988 de 29 de Fevereiro de 1988.

«LAURA ALVES MAGNO» nasceu em LISBOA, na"RUA DE SÃO BENTO", 638 no dia 8 de Setembro de 1921 (confirmado) e faleceu igualmente em LISBOA a 6 de MAIO de 1986 no ano em que fazia 65 anos. Cursou na "ESCOLA INDUSTRIAL DE MACHADO DE CASTRO" e frequentou o curso de DANÇA do CONSERVATÓRIO NACIONAL.
Começa a fazer teatro na sua adolescência (1935), na peça "AS DUAS GAROTAS DE PARIS", de Eduardo Schwalbach, em adaptação ao romance de LOUIS FEUILLADE e CARTROUX, encenado por ALVES DA CUNHA, no TEATRO POLITEAMA, enquanto frequentava a "ESCOLA MACHADO CASTRO". Faz alguns pequenos papeis ainda nos anos 30, época em que chega a pisar, por duas vezes o palco do "TEATRO NACIONAL DE ALMEIDA GARRETT"(antes da primeira República era chamado de "TEATRO NACIONAL" e mais tarde"TEATRO NACIONAL D. MARIA II). No ano de 1936 faz parte do elenco de MARIA MIGALHA, de VIRGÍNIA LOPES DE MENDONÇA e LAURA CHAVES, em 1939, com "RIQUEZAS DA SUA AVÓ" de Luís VARGAS. Em 1941, na opereta "LISBOA 1900" (Texto de FRANCISCO RIBEIRO, ARMANDO VIEIRA PINTO e ALBERTO REIS, Música de RAUL PORTELA e FERNANDO DE CARVALHO, estreado no TEATRO VARIEDADES), revelando o seu talento passo a passo. Neste mesmo ano estreia-se no cinema no filme "O PAI TIRANO"-(1941) de ANTÓNIO LOPES RIBEIRO, e a sua carreira até ao primeiro plano dos cartazes teatrais é célere. E é sobretudo em revistas e operetas que vai inicialmente firmar-se: 1941 - "BOA VAI ELA", no TEATRO MARIA VITÓRIA; 1942 - "O SENHOR DA PEDRA" de ANTÓNIO PORTO (ASCENSÃO BARBOSA), ANÍBAL NAZARÉ e F. ÁVILA, Música de JORGE MENDES e FERNANDO DE CARVALHO tendo sido estreado no TEATRO MARIA VITORIA;  1943 - "O DIA DA ESPIGA"de ASCENÇÃO BARBOSA, ANÍBAL NAZARÉ e F. ÁVILA, ABREU E SOUSA e A. PERRY, música de JORGE MENDES e F. CARVALHO, estreado no TEATRO MARIA VITORIA. "A PEROLA DA CHINA" (fantasia), no TEATRO TRINDADE e no COLISEU DOS RECREIOS, "A FREIRA"de FERNANDO SANTOS, A. AMARAL e L. RODRIGUES, música de JAIME MENDES e JOSÉ NOBRE e"MARGARIDA VAI À FONTE"de M. MARQUES, E. BRAGA e AMADEU DO VALE, música de BELO MARQUES, RAUL FERRÃO, FREDERICO VALÉRIO e ISABEL MANSO, ambas no TEATRO AVENIDA.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES[ IV]-A RUA LAURA ALVES ( 2 )».

RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ IV ]

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«A RUA LAURA ALVES ( 2 )»
 Rua Laura Alves - (2015) - (Panorâmica mais aproximada da "RUA LAURA ALVES" na freguesia das "AVENIDAS NOVAS")  in   GOOGLE EARTH 
 Rua Laura Alves - ( 2015) - (Um troço da "RUA LAURA ALVES" na freguesia das "AVENIDAS NOVAS" e próximo de um  "HOTEL")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Laura Alves - (1963) - Foto de autor não identificado - (Apresentação dos intervenientes do filme de Perdigão Queiroga - "O PARQUE DAS ILUSÕES", com LAURA ALVES, AMÉRICO COIMBRA, EUGÉNIO SALVADOR, HUMBERTO MADEIRA, argumento de "AFONSO BOTELHO", publicado na REVISTA PLATEIA)  in   DIAS QUE VOAM
Rua Laura Alves - (1958) - Foto de autor não identificado - ("LAURA ALVES" encontrou na representação da peça "A RAINHA DO FERRO VELHO", a personagem que lhe permitiu expandir todos os seus dotes de grande actriz)  in  JANGADA DA TIJUCA


(CONTINUAÇÃO)-RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ IV ]

«A RUA LAURA ALVES ( 2 )»

«LAURA ALVES» representa ainda na revista, no ano de 1944 - "O ZÉ DO TELHADO" (Opereta), "O JOGO DO DIABO" e"FESTA RIJA" (Revistas) todas estreadas no TEATRO AVENIDA; 1945 - "A FIDALGA DA RUA"(Opereta), "DE FORA DOS EIXOS" (Revista), "A CHAVE DO PARAÍSO"(Fantasia) e"A PATUSCADA" (Revista), sempre no TEATRO AVENIDA;  1946 - "ESTÁS NA LUA"(Revista) e"AS LAVADEIRAS", no TEATRO APOLO; 1947 - "TÁ BEM OU NÃO TÁ" (Revista) no TEATRO AVENIDA.


«LAURA ALVES» casa entretanto ( a 27 de Agosto de 1946) com VASCO MORGADO que, em breve, se vai transformar no maior empresário português e sobre ela basear o seu império. É já com "MORGADO" como empresário que entra em 1950 - "ENQUANTO HOUVER SANTO ANTÓNIO"e1951 - "AGUENTA-TE ZÉ"ambas no TEATRO APOLO.
Entretanto deslocando-se episodicamente da sua imagem de marca, "LAURA ALVES" tem duas experiências particulares no cinema "ODEON", a primeira fazendo um espectáculo a solo encenado por "ANTÓNIO PEDRO" e escrito especialmente para ela por um conjunto de autores -  (ALICE OGANDO, GUILHERME PEDROSA, REDONDO JÚNIOR, GUSTAVO DE MATOS SEQUEIRA e JOÃO FRANÇA) - "LAURA ALVES E OS SEUS FANTOCHES"; a segunda participando no 16.º espectáculo essencialista do TEATRO-ESTÚDIO DO SALITRE, dirigido por"GINO SAVIOTTI", onde interpreta"O MENINO DOS OLHOS VERDES" de ALVES REDOL. "É MELHOR NÃO EXPERIMENTAR", de GINO SAVIOTTI, e "A SOGRA DE LUÍS XIV", de GEORGES FEYDEAU". É a primeira vez que a actriz sai do círculo do TEATRO musicado ou da baixa Comédia onde também trabalhou nos anos 40.

Com a inauguração do "CINEMA-TEATRO MONUMENTAL" em 8 de Novembro de 1951, localizado na PRAÇA DUQUE DE SALDANHA em LISBOA, "LAURA ALVES" encontra a «CASA» onde vai construir praticamente quase todo o resto da sua vida. Ela está na inauguração com a opereta "AS TRÊS VALSAS", na primeira grande revista ali montada ("LISBOA NOVA", em 1952). E tenta diversificar o tipo de espectáculos em que entra. Na década de 50  ainda vamos encontrá-la em peças de índole muito variada ( como "O HOMEM QUE VEIO PARA JANTAR", de MOSS HART e GEORGE KAUFMAN,  "ASEREIADO MAR E DA TERRA", de ALEJANDRO CASONA, "A FERA AMANSADA", de WILLIAM SHAKESPEARE, "ELA NÃO GOSTA DO PATRÃO", de GUGLIELMO GIANNINI, "A MENINA FEIA", de MANUEL FREDERICO PRESSLER - onde se estreiacomo encenadora, em1954 - "É PROIBIDO SUICIDAR-SE NA PRIMAVERA", de ALEJANDRO CASONA, "CRIME PERFEITO", de FREDERICK KNOTT, "PERDEU-SEUM MARIDO", de MANUEL FREDERICO PRESSIER, "SUA ALTEZA"de RAMADA CURTO, uma aguarela Sevilhana"TOUROS DE MORTE", de LIÑARES RIVAS ( onde oToureiro DIAMANTINO VIZEU se estreou como actor), "ATRÁS DA PORTA", de COSTA FERREIRA, "O CARDEAL"de LOUIS N. PARKER, - 1958"RAINHA DO FERRO-VELHO" de GARSON KANIN e RUTH GORDON, "O BAILE", de EDEGAR NEVILLE ou"GATAEM TELHADO DE ZINCO QUENTE",de TENNESS WILLIAMS; também fez teatro infantil; "E NESSA NOITE OS ANIMAIS FALARAM"de ADOLFO SIMÕES MÜLLER, "AVENTURA NA LOJA DOS BRINQUEDOS"de ADOLFO MÜLLER, "NÃO VALE A PENA SER MAU", de ANIBAL NAZARÉ, e"E A LUA VIU TUDO", de MANUEL DE LIMA e FRANCISCO ESTEVES, tudo no"TEATRO MONUMENTAL". 

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ V ]A RUA LAURA ALVES ( 3 )».

RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ V ]

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«A RUA LAURA ALVES ( 3 )»
 Rua Laura Alves - (2015) - ( A "RUA LAURA ALVES", antiga "TRAVESSA DO MARQUÊS SÁ DA BANDEIRA" na actual Freguesia das "AVENIDAS NOVAS")  in GOOGLE EARTH
 Rua Laura Alves - (2015) - (Início da "RUA LAURA ALVES" no lado esquerdo o edifício da "CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES" com frente para a "AVENIDA CINCO DE OUTUBRO") in  GOOGLE EARTH  
 Rua Laura Alves - (1953) - Foto de Bourdain de Macedo ("LAURA ALVES" no interpretação de "CHARLOT" na revista "VIVA O LUXO" de AMADEU DO VALE. Música de FERNANDO DE CARVALHO e TAVARES BELO estreado no TEATRO MONUMENTAL) in  HISTÓRIA DO TEATRO DE REVISTA EM PORTUGAL
 Rua Laura Alves - (1958) - Foto de autor não identificado - ("LAURA ALVES" contracenando com "ARTUR SEMEDO" na revista "A RAINHA DO FERRO-VELHO" estreado no desaparecido "TEATRO MONUMENTAL")  inARTISTAS DE OUTROS TEMPOS...
Rua Laura Alves - (1960) - (A Comédia Musical "BOA NOITE, BETINA!" um espectáculo de "VASCO MORGADO" no TEATRO MONUMENTAL" com: "LAURA ALVES", RUY DE CARVALHO", "MARIA PAULA", "ROGÉRIO PAULO", "PAULO RENATO", "ARMANDO CORTES", "YOLA", "BAPTISTA FERNANDES" e outros...) in    PROGRAMA DE TEATRO

(CONTINUAÇÃO) - RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES [ V ]

«A RUA LAURA ALVES ( 3 )»

"LAURA ALVES" representou no ano de 1958 condignamente a peça; «A RAINHA DO FERRO-VELHO» uma adaptação para TEATRO do filme americano "BORN YESTERDAY" que passou em PORTUGAL com o título português "A MULHER QUE NASCEU ONTEM", ficando a peça, em finais dos anos cinquenta, famosa pela interpretação de "LAURA ALVES".
Foi apresentada no "TEATRO MONUMENTAL" uma comédia deliciosa, oportuna, com graça e com nível de interpretação credora dos melhores elogios.
"A RAINHA DO FERRO-VELHO" estreou-se em 19 de Julho de 1958, em pleno Verão, onde "LAURA ALVES" encontrou a personagem que lhe permitiu expandir todos os seus dotes de grande actriz, numa interpretação inesquecível, compondo, com a sua figura de mulher pequena e bonita, uma picante loira platinada, no encanto dos seus 35 anos, dando todos os cambiantes dessa sua tão pessoal e espertalhona mas ingénua, frívola mas vulnerável, atemorizada mas corajosa, modulando a sua voz com perícia, fazendo rir muito público mas, na altura certa, emocionando com força dramática.  E a peça era bastante ousada para a época, pois embora fossem muitos os cortes da censura vigente, nela se ouvia chamar "fascista" a um malandro.

Diz-nos "URBANO TAVARES RODRIGUES" na sua apreciação à representação de "LAURA ALVES" em 20.07.1958."Comédia forte e humorística ao mesmo tempo, azeda e plena de chama, de cândidos ideais teve a servi-la antes de mais o talento, bem patente, de dois grandes artistas: "LAURA ALVES" e "ASSIS PACHECO" ( ... ) passando e regressando sem esforço, constantemente ( e sem afectar o equilíbrio psicológico da figura, o que era deveras difícil), do ridículo ao odioso, "LAURAALVES" foi magnífica, sempre criadora como aliás e seu estilo, nos papeis que lhe convêm, e conseguindo em absoluto fazer aceitar ao público uma evolução de atitude tão natural nas suas calinadas  grotescas, no seu papel de "animal de estimação", como depois na revelação do amor e da dignidade na resistência".

Em 2004 a peça de "GARSON KANIN" - "BORN YESTERDAY" que em português foi chamada de "RAINHA DO FERRO-VELHO", foi encenada e adaptada por "FILIPE LAFÉRIA" para ser representada no "TEATRO POLITEAMA", durante longo tempo, tendo no seu elenco " MARIA JOÃO ABREU"e JOSÉ RAPOSO" entre outros.

"LAURA ALVES" pensa abandonar a revista, embora nos anos 50 ainda tivesse feito; "VIVA O LUXO" em 1953, no TEATRO MONUMENTAL, "MULHERES HÁ MUITAS", em 1954, no TEATRO DA TRINDADE, "MELODIAS DE LISBOA", em 1955, no TEATROMONUMENTAL e "MUSICA, MULHERES E FANTASIA", em 1957, no TEATRO MONUMENTAL. E em 1960, com o enorme êxito que foi "BOA NOITE, BETINA", representada no TEATRO MONUMENTAL.

Na sua FILMOGRAFIA entra em 1941 no "O PAI TIRANO" de ANTÓNIO LOPES RIBEIRO; ainda em 1941 no "PÁTIO DAS CANTIGAS"de FRANCISCO RIBEIRO; no ano de 1947"O LEÃO DA ESTRELA" de ARTUR DUARTE; em 1951"SONHAR É FÁCIL" de PERDIGÃO QUEIROGA; no ano de 1952"UM MARIDO SOLTEIRO"de FERNANDO GARCIA; e 1954"O COSTA D'ÁFRICA"de JOÃO MENDES; em 1956"PERDEU-SE UM MARIDO"de HENRIQUE CAMPOS.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES[ VI]-A RUA LAURA ALVES ( 4 ).
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