Rua da Junqueira - (1930?) Foto de Eduardo Portugal (Gradeamento com torres nas extremidades da "Quinta e Palácio das Águias", virada para a "Rua da Junqueira") inAFML
Rua da Junqueira - (Provavelmente anos 50 séc. XX) Foto de autor não identificado (Portão principal da "Quinta das Águias", encimada com as águias nos pilares das ombreiras do portão) in SKYSCRAPERCITY
Rua da Junqueira - (Possivelmente nos anos 50 do séc. XX) (Palácio e jardim da "Quinta das Águias") in SKYSCRAPERCITY
Rua da Junqueira - (ant. 2006) Foto de autor não identificado (Silhar de azulejos com figuras diversas na parte da escada de acesso ao primeiro andar) in SKYSCRAPERCITY
(CONTINUAÇÃO) - RUA DA JUNQUEIRA [ XVII ]
«O PALÁCIO E QUINTA DAS ÁGUIAS ( 2 )»
A sua mãe era "D. TERESA DE BOURBON", filha do "2º CONDE DE "AVINTES" e irmã do Patriarca "D. TOMÉ DE ALMEIDA". Parece que "DIOGO DE MENDONÇA" tivera intenção de fazer testamento em favor da sobrinha "MARIA FRANCISCA", mas, por os pais desta lhe terem delapidado os bens, ao ponto de ter passado necessidade em "MAZAGÃO", anulou a intenção e fez em favor dos pobres doentes do "HOSPITAL REAL DE TODOS-OS-SANTOS".
Em 1764, os descendentes de "JOÃO PEDRO DE MENDONÇA" não se conformando com aquelas disposições testamentárias, moveram uma acção judicial que durou até 1838.
Por fim, a Mesa da "Santa Casa da Misericórdia", representando a entidade detentora do legado, após setenta e três anos e tendo gasto uma fortuna ganhou a demanda e colocou a Quinta à venda, devido ao seu estado de ruína.
Foi à praça nove vezes e só na última (1841) se encontrou comprador: "JOSÉ DIAS LEITE SAMPAIO", feito barão em 1843 e "VISCONDE DA JUNQUEIRA" em 1856, contratador do Tabaco e do Sabão, e dono de fábricas de Óleo em "ALCÂNTARA" e da "QUINTA DOVALE DE NABAIS", em ALMEIRIM (passando a ser conhecida por QUINTA DE ALORNA por ter pertencido a um descendente desta família).
O "VISCONDE DA JUNQUEIRA" viveu na sua casa de LISBOA até 1878. Sua filha, "EMÍLIA MONTEIRO SAMPAIO", que vivia muito mais na "QUINTA DE ALORNA", e pouco vinha à casa da JUNQUEIRA, tendo morrido em 1913 sem descendência directa, deixou a propriedade da JUNQUEIRA aos seus seis primos, que em 1915, constituíram a «SOCIEDADE AGRÍCOLA ALORNA».
Em 1914 foi a casa de LISBOA arrendada a "JOSÉ MORALES DE LOS RIOS".
Por sucessivas cedências de quotas, os novos proprietários moveram uma acção de despejo ao arrendatário. No princípio do século, em construções feitas na propriedade da JUNQUEIRA, que arderam em 1924, estiveram instaladas as cocheiras da "EMPRESA DE VIAÇÃO EDUARDO JORGE", depois mudadas para a "QUINTA DO ALMARGEM".
Após o falecimento do meio-irmão e da cunhada de "DIOGO DE MENDONÇA CORTE-REAL", a casa e quinta foram alugadas aos "CONDES DE AVEIRAS" e "MARQUESES DE VAGOS". Entretanto, a filha de "JOÃO DE MENDONÇA", "MARIA FRANCISCA", julgando-se com direitos à propriedade e não conseguindo arrendá-la, foi viver para a casa com os seus filhos.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA JUNQUEIRA [ XVIII ]-O PALÁCIO E QUINTA DAS ÁGUIAS ( 3 )»