Rua do Açúcar - (2013) (Foto gentilmente cedida por Ricardo Moreira) (Um troço da "Rua do Açúcar" onde podemos observar o portal e o suporte onde deveria estar colocada a "Pedra de Armas" da "Quinta do Betencourt") in ARQUIVO/APS
Rua do Açúcar- (2013) (Foto gentilmente cedida por Ricardo Moreira) (Fachada da residência do proprietário da "Quinta do Betencourt", na "Rua do Açúcar") inARQUIVO/APS
Rua do Açúcar - (2013) (Foto gentilmente cedida por Ricardo Moreira) (Um troço da "Rua do Açúcar" frente à residência da "Quinta do Betencourt") in ARQUIVO/APS
Rua do Açúcar - (2013) (Foto gentilmente cedida por Ricardo Pereira) (Sensivelmente neste sítio existia uma fábrica de Açúcar refinado do industrial "Christian Smith", que veio dar o nome a esta artéria) in ARQUIVO/APS
Rua do Açúcar (2013) (Pormenor do portal onde se encontrava a pedra de Armas de "Pedro de Almeida Betencourt", hoje desaparecida) in GOOGLE EARTH
Rua do Açúcar - (2013) (Foto gentilmente cedida por Ricardo Moreira) (Na "Rua do Açúcar" uma parte da casa nobre da "Quinta do Betencourt") inARQUIVO/APS
(CONTINUAÇÃO) - RUA DO AÇÚCAR [ XIX ]
«A QUINTA DO BETENCOURT ( 1 )»
A propriedade integrou o vínculo instituído por "LÁZARO LOPES DE ALMEIDA" e sua mulher, "D. FRANCISCA DIAS" (1634), com Capela na antiga Igreja do "CONVENTO DE S.FRANCISCO DE XABREGAS", em cujo cruzeiro foram sepultados, segundo disposição testamental ( 1 ). Este casal, sem geração "morador no POÇO DO BISPO na sua quinta de Xabregas sita junto do Convento de S. Bento, aforada ao Conde de "Figueiró", em 24.03.1645 apadrinhou "JOSÉ" ( 2 ),filho de "PEDRO DE ALMEIDA BETENCOURT", cuja família ficaria ficaria com a administração do Morgado de "LÁZARO LOPES".
"PEDRO BETENCOURT", que pouco anos decorridos estava na posse da "QUINTA DEMARVILA" (1669) servira, como seu pai, a CASA DE BRAGANÇA em VILA VIÇOSA de onde passara a LISBOA na companhia de«D. JOÃO IV».
Guarda-roupa do "PAÇO" acumulou o cargo de escrivão da fazenda do "CONSELHO DARAINHA", mantendo-se o cargo na família durante os reinados de "D. PEDRO V" e "D. JOÃO V".
«JOSÉ DE ALMEIDA BETENCOURT» e seu filho "PEDRO", ali baptizado em vida do avô (1676), mantiveram a sua residência na Quinta. Em 1763 a propriedade foi avaliada em 7 000 cruzados, sendo composta por quinta, casas nobres e mais sete moradias de casas pertencentes à dita quinta.
Era arrendatário, e morador, "CHRESTIANO ESMITE" ou "CHRISTIANO SMITH", "homem de negócios de grosso trato, que pagava 300 000 réis, mantendo-se até 1782". Depois de um período em que esteve devoluta, passou a conhecer a rotatividade entre os arrendatários: "JOÃO LISBOA" (1785) em parte das casas altas, estando o resto devoluto; "ANTÓNIO REBELO"(1786-89) e já no século XIX "ANA MAURÍCIA REBELO"(1814).
A adaptação a diferentes funções esquartejou por completo o seu interior. Transformado em vila operário ("o pátio Beirão") depois em Escola, mais tarde retomou a sua função primitiva, como habitação.
Assim, esta propriedade, parte integrante da grande "QUINTA DE MARVILA", a quem pagavam foro ( com o número 18 conforme se indica no mapa), era constituída por uma faixa rectangular de terreno entre a "RUA DIREITA DE MARVILA" e a "ESTRADA DOPOÇO DO BISPO", com acesso inicial pelas duas vias, confrontando a Norte com o "CONVENTO DE MARVILA" e a Sul com os terrenos que em 1752 constituíam uma courela ainda adstrita à "CASA DE VILA NOVA" (ABRANTES).
( 1 ) - IAN/TT, RGT, Lº. 11 fls. 34v-36v
( 2 ) - INA/TT, RP Nª. Senhora dos Olivais, Baptismos cx. 1, Lº. 4
SIGLAS
INA-Instituto de Arquivos Nacionais/Torre do Tombo
RGT - Registo Geral de Testamentos
RP - Registos Paroquiais
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DO AÇÚCAR [ XX ] -A QUINTA DO BETENCOURT ( 2 )»