«A IMPRENSA NACIONAL ( 1 )»
(CONTINUA) - RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ XXIV ]
«A IMPRENSA NACIONAL ( 1 )»
Rua da Escola Politécnica - ( 1993) Foto de FOTOVOO - ( A "IMPRENSA NACIONAL" no antigo espaço dos "NORONHAS") in SÉTIMA COLINA
Rua da Escola Politécnica - ( c. de 1913 ) Foto de Joshua Benoliel ( A Imprensa Nacional em finais dos seus acabamentos no edifício) ( abre em tamanho grande) in AML
Rua da Escola Politécnica - (Século XIX) Foto de autor não identificado - ( O "SOLAR DOS NORONHAS" edificado nos séculos XVII e XVIII, tinha a entrada principal principal pela então chamada "TRAVESSA DO POMBAL", hoje "RUA DA IMPRENSA NACIONAL". O novo projecto coloca a entrada principal pela "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA") in A SÉTIMA COLINA
Rua da Escola Politécnica - ( do século XIV) - (As armas dos "NORONHAS" são: Esquartelado; o primeiro e o quarto de prata com cinco escudetes de azul em cruz, cada escudete carregado de cinco besantes do campo, bordadura de vermelho, carregada de sete castelos de ouro e por diferença um filete de negro sobreposto em banda; o segundo e o terceiro com um castelo de ouro, aberto, iluminado e lavrado de azul, mantelado de prata, com dois leões afrontados de púrpura, armados e lampassados de vermelho, bordadura composta de ouro e de veios, de dezoito peças) in MONTE OLIVETE
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«A IMPRENSA NACIONAL ( 1 )»
Uma residência fora de portas, cujos primórdios datam do século XVI, numa propriedade à «COTOVIA», tinha além de casa de habitação, pomar, vinha, terras de semeadura e olival, estendendo-se entre a "RUA DA IMPRENSA NACIONAL" (antiga TRAVESSA DOPOMBAL) o"RATO"e ainda para"SÃO BENTO". Ali foi erguido o "SOLAR"de"ANDRÉSOARES" que instituiu o "MORGADO", depois de ter sido feitor na FLANDRES.
Nomeado secretário das mercês ( do REI D.JOÃO III), cargo de alta confiança que justificou o facto de o filho "MANUEL", que esteve e se resgatou em ALCÁCER-QUIBIR, ter sido escrivão da fazenda de "D. SEBASTIÃO" e lhe deram, possivelmente, seguimento a toda a sua fortuna, o filho, já chamado, pelo casamento dos pais, "SOARES DESEQUEIRA", dito«O DA COTOVIA" por renome lisboeta, pôde casar com uma filha de um "D. ANTÓNIO DE ALMEIDA"da casa de AVINTES.
Dos muitos filhos que teve, o primogénito casou com a filha de um "D. PEDRO COUTINHO", senhor de "ALMOUROL". Nestas terras de sucessivas doações, mas que permitiu ao filho chamar-se «SOARES DE NORONHA COUTINHO», mesmo que por via materna.
A única filha havida, à sua vez casou, em 1735 com "D. RODRIGO ANTÓNIO NORONHA", filho do célebre "MARQUÊS DE MARIALVA" e irmão do "CONDE" consorte dos ARCOS, morto na tourada de SALVATERRA. E de SOARES por varonia "NORONHA", como ficaram a ser conhecidos na "COTOVIA", em cujo solar chegaram a ser servidos, então, por um conjunto de 83 criados.
"D. RODRIGO" viveu à grande, explorou e gastou a propriedade, dando o seu nome às «TERRAS DE D. RODRIGO» e a uma "RUA DO NORONHA" e "TRAVESSA DONORONHA", deixando ao morrer em 1774, a viúva "SOARES" com a fazenda «em confusão e deplorável estado», necessitando de Administradores Judiciais. A filha, herdeira final, mas só em 1798, após um intermédio e complicado de descendência, casou com um "MELO"de"DOM"da"CASA DE MURÇA", e pedra de armas. Os "MELOS" terão ainda eventualmente habitado o palácio parcialmente, embora um dos seus descendentes tivesse vendido ao ESTADO em 1816.
"D. RODRIGO DE NORONHA" em 1769 terá já alugado a casa, para a instalação da "REAL OFICINA TIPOGRÁFICA", fundada por POMBAL.
Em 1816 a propriedade já não tinha "terra"à sua volta, e a nova instituição, em 1895 o velho edifício , considerado inadequado para as necessidades de um estabelecimento fabril em contínuo desenvolvimento, foi começado a demolir para dar lugar ao actual. A obra decorreu por fases, ficou concluída em 1913.
Ainda do velho Palácio, melhorado nos finais de Seiscentos e provavelmente no século XVIII, que tinha frente para a "RUA"dita"DO POMBAL", sendo do lado da hoje "RUA DAESCOLA POLITÉCNICA" fachada lateral e muros da QUINTA até ao RATO, ainda em princípios de 1700.
Trata-se de uma planta em "U" de fachada principal de sete vãos, assaz simples, com sua porta de padieira quinhentista com pedra de armas ilegível (nas fotos) e muito certamente posterior; uma maqueta em madeira conservada na "IMPRENSA NACIONAL" informa como era a casa, já com a instalação fabril POMBALINA, com o novo nome recebido em 1820 e outra vez em 1833, à vitória liberal.
Criada por ALVARÁ de 24 de Dezembro de 1769, a "IMPRESSÃO RÉGIA", também chamada "RÉGIA OFICINA TIPOGRÁFICA", só a partir de 1833 passou a ser definitivamente conhecida pela designação de "IMPRENSA NACIONAL".
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