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Channel: RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA
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RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ XIV ]

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«O PALÁCIO CRUZ ALAGOA ( 2 )»
 Rua da Escola Politécnica - (2002 ) - Foto de Teresa Vale - (Fachada principal do "PALÁCIO CRUZ ALAGOA" vista geral de Norte, na Rua da Escola Politécnica)  in  MONUMENTOS - SIPA
 Rua da Escola Politécnica - (2001) - Foto de Pedro Soares - ( A antiga Capela do "PALÁCIO CRUZ ALAGOA" virado para a "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA"- Diz-nos Matos Sequeira; que ainda pôde apreciar em 1918, a CAPELA de NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO com seus elementos decorativos, e com missa aos Sábados.  Está desafectada e degradada, tendo recebido, como propositada crítica ao conjunto, no programa "7.ª COLINA" em 1994. Na fachada foi colocado um reboco, no entanto revela abandono)  in  MONTE OLIVETE
Rua da Escola Politécnica - (2009) - (O "PALÁCIO CRUZ ALAGOA" na Rua da Escola Politécnica esquina para a antiga "RUA DA PENHA DE FRANÇA", no início do século XX, hoje consagrada ao "MAESTRO PEDRO DE FREITAS BRANCO" 1896-1963) inGOOGLE EARTH


(CONTINUAÇÃO) - RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ XIV ]

«O PALÁCIO CRUZ ALAGOA ( 2 )»

Todos os irmãos viveram ao mesmo tempo no casarão e só em 1788 o «SOBRAL» construiu casa nova, ao "COMBRO""PALÁCIO SOBRAL" que, dois anos depois passaria ao "CRUZ III".
Na "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA" (que nesta época tinha outro nome), em 1773 reunia 35 criados ao serviço, juntamente com familiares e empregados de contabilidade e balcão, de todos os seus negócios; existiam ainda oficinas, lojas e comércio, por alugueres vários, para além dos investimentos próprios.
A viúva do "CRUZ I" ( ALAGOA) teve dissabores de herança e veio a casar com um negociante "STREET", raiz dos "CONDES DE CARNIDE" de 1890, já Viscondes em 1871.
Após 1778, a "CASA ALAGOA" andou de aluguer e, de 1781 a 1788, habitaram-na os 6.ºs "CONDES DE VALE DOS REIS" ( e também os de "AZAMBUJA" por ramo familiar) que em breve seriam acrescentados de marqueses de "LOULÉ", e que, com o terramoto, tinham perdido o seu Palácio da "GRAÇA"e para ali transportaram uma larga vida "familiar" de consideráveis bens, chegando a ter, na altura nobreza. 
Conta-nos "MATOS SEQUEIRA" na sua consulta do  "ROL DOS CONFESSADOS"; 92 pessoas habitaram "portas a dentro".  Depois foram inquilinos, de 1788 a 1804, os "ENGEITADOS E AS AMAS DA REAL CASA DOS EXPOSTOS", e os 2.ºs e 3.ºs CONDES DA LOUSÃ, durante dez anos, de 1824 a 1834, no ano seguinte veio a MARQUESA DO LOURIÇAL, os CONDES DE RESENDE, possivelmente até 1853, ainda, depois de 1843, viveu neste Palácio o VISCONDE DE TELHEIRAS, alto funcionário, a célebre MARQUESA DE ALORNA com suas filhas, tudo inquilinos que notabilizaram este casarão, que foi à praça em 1853, para partilhas complicadas. 

Foi adquirido pelo "DR. JOSÉ VAZ MONTEIRO" que depois subdividido em duas partes: dos números 177 a 197, comprou-o o "DR. MAGALHÃES DE BARROS"e, a partir de 1918, o VISCONDE DE SACAVÉM; e dos números 167 a 175 o "DR. CARLOS CHAMPALIMAUD.
Muito dificilmente este edifício se chamaria PALÁCIO, com características habitacionais e comerciais, e um ar meio rústico nesta "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA" que começava a definir-se entre "SOARES"e os"SEIAS", já os PALMELAS defronte, e a FÁBRICA DAS SEDAS, no seguimento para o LARGO DO RATO
A sua descrição arquitectónica é ao mesmo tempo simples em categoria e complexa pela multiplicação de aposentos e lojas, cocheiras e pátios; e só uma capela, na extremidade, impunha desejada solenidade.
Ao longo do primeiro andar de janelas de sacadas com grades de barrinha forjada, como nos correntes imóveis da BAIXA POMBALINA, encimado por um segundo piso de simples janelas de peito, uma cornija pouco moldurada e pilastras só às extremidades, dois portões abrindo um para um átrio em túnel ( e daí para um pátio que foi conhecido pelo "PÁTIO DO CONDE DA LOUSÃ") e outro para a entrada da casa, não são, elementos de molde a categoria do imóvel que meia dúzia de janelas de águas furtadas dispostas ao acaso e em situações várias. Na parte de cima, com um projecto há muito discutido ( e duvidosamente informado pela Câmara), de um andar de mansarda corrida, sobre a metade poente do edifício, por iniciativa suspensa do seu parcelar proprietário.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ XV ]O PALÁCIO CRUZ ALAGOA ( 3 )».


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