«HABITAÇÕES OPERÁRIAS ( 2 )»
(CONTINUAÇÃO) - VILA FLAMIANO [ II ]
«HABITAÇÕES OPERÁRIAS DA COMP. DO FABRICO DE ALGODÃO DE XABREGAS ( 2 )»
Vila Flamiano - ( 2011) Foto de APS - (A chamada RUA DO MEIO da "VILA FLAMIANO" já com as árvores num tamanho maior e carros em cima do empedrado) in ARQUIVO/APS
Vila Flamiano - (2009) - (Na "VILA FLAMIANO" a chamada "Rua do Sol" vista da "RUA GALDIM PAIS. No local onde está a sair um triciclo motorizado é uma das entradas da Vila parte Norte, existia um formoso portão em ferro forjado, no lado direito ao fundo o Viaduto de Xabregas) - in GOOGLE EARTH
Vila Flamiano - ( 2005 ) - Foto de APS - (A "VILA FLAMIANO" no primeiro andar "pintadinho de branco" habitou com seus pais, o meu amigo "HÉLIO N. VIEIRA" e por baixo na casa com anexo, viveu os pais da "Cibele") inARQUIVO/APS
Vila Flamiano - (1997) Foto de António Sachetti - (Planta AEROFOTOGRAMÉTRICA 4/7 Escala: 1:2000. Maio de 1963, actualizada em 1987. A área cor rosa representa o espaço onde está inserida a VILA FLAMIANO) inCAMINHO DO ORIENTE - GUIA INDUSTRIAL
Vila Flamiano - (anterior a 1984) Foto de APS ( Numa das minhas visitas à "VILA FLAMIANO" tirei uma foto a minha mãe, apanhando a roupa no novo estendal, junto das janelas) in ARQUIVO/APS
Vila Flamiano - (1967) Foto de João H. Goulart - (O prédio da "Padaria" do senhor "RIBEIRO" e a entrada em arco abatido para a "VILA FLAMIANO" - Já desaparecido - no "LARGO MARQUÊS DE NISA. No primeiro andar do prédio, nos anos 60 do século passado, era habitado por familiares do Farmacêutico "PINTO") in AML
VILA FLAMIANO - (1887-88) Foto de António Sachetti - (Planta alçado e corte da "Vila Flamiano" no Arquivo de Obras da C.M.L.. Podemos ainda observar na planta que a "RUA GUALDIM PAIS" não existia , estava só projectada e a demolição do prédio que vai rasgar o "LARGO MARQUÊS DE NISA", para dar continuação à Rua. A entrada do "BECO DA HORTA DAS CANAS" fazia-se junto do "ASILO MARIA PIA") in CAMINHO DO ORIENTE - PATRIMÓNIO INDUSTRIAL
(CONTINUAÇÃO) - VILA FLAMIANO [ II ]
«HABITAÇÕES OPERÁRIAS DA COMP. DO FABRICO DE ALGODÃO DE XABREGAS ( 2 )»
Exteriormente as soluções encontradas para a uniformização das diferentes assoalhadas prendem-se com a utilização repetida de elementos funcionais como as janelas e as portas.
O edifício TIPO Nº.1, no rés-do-chão, alterna uma janela com uma porta e o TIPO Nº 2, duas janelas com uma porta.
Em relação ao piso superior a fenestração marca o ritmo da construção. A solução encontrada poderá ser multiplicada infinitamente sem muitos custos, visto que a repetição é feita através de elementos funcionais e não pelas aplicações de motivos decorativos, como o tijolo, o ferro forjado ou apontamentos azulejados.
Os materiais da VILA limitaram-se à cal, à areia, ao cimento, aos tubos de grés, à madeira de Casquinha e à telha tipo de MARSELHA.
Esta VILA reúne duas características da habitação operária que, na maioria das vezes, se encontram individualizadas.
Por um lado, organiza-se fora da circulação viária (como era uso na época).
Por outro lado, a organização interna das habitações desenvolvia um sistema de pátio e de comunicação que permitia à vizinhança a coabitação social, características inerentes a alguns dos bairros para operários.
Quando em 1931, a VILA era já propriedade da "SOCIEDADE TÊXTIL DO SUL" reconstruiu-se o muro da delimitação do BAIRRO de acordo com as seguintes características: "a parte da "VILA FLAMIANO" com uma cortina de pouca altura e gradeamento de ferro, ficando nesta um portão de ferro em pilares de tijolo, para serventia da VILA, mais amplo do que o existente".
Esta intervenção de delimitar a «VILA FLAMIANO» a poente, prende-se com a abertura da "RUA GUALDIM PAIS" em terrenos da "QUINTA DA AMOROSA" e pelo Edital de 19 de Junho de 1993, que se constituirá a entrada natural ( ou saída) para o "VALE DE CHELAS".
A inauguração do conjunto habitacional ocorreu no dia 22 de Outubro de 1888, e o seu nome deveu-se a um dos fundadores da Companhia. No discurso inaugural, desta VILA de cariz particular, refere-se um dos seus dirigentes: "o modesto bairro operário (...) foi construído não só com o fim de satisfazer a uma necessidade da Companhia que administramos, como também, e talvez muito particularmente, para satisfazer a não menos imperiosa necessidade de fornecer habitação barata, confortável e higiénica aos que tem por única fortuna o produto do seu trabalho quotidiano" (Catálogo da Exposição... 1889).
Na inauguração da "VILA FLAMIANO" outro convidado, um jornalista do "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"discursava e enaltecia o facto de tão meritório empreendimento.
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